quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Outros Planos


Já passava das 22h quando tocou o telefone. Era minha irmã, que havia sabido por “mami” as ultimas novidades e queria saber como eu estava. Comentei rapidamente sobre o assunto, sobre esse recomeço profissional e ela me disse que se quisesse poderia tentar algo em São Paulo e que estaria me esperando caso precisasse de qualquer coisa.

Na verdade não esperava que ligasse para conversar sobre esta mudança da minha vida e, confesso fiquei sem reação e com a voz um pouco embargada, bastante comovida pelo afeto e sentindo pelo outro lado da linha uma voz ecoando doce como se quisesse me levar junto ao seu peito num forte abraço. Me senti acolhida.

Soube também que ela conseguiu e fará em 2010 o Mestrado que tanto queria e pelo qual tinha tentado já em outro ano. Fiquei muito feliz por ela e torcendo para tudo dar certo. Nos despedimos uma da outra desejando sorte para nós. Senti um conforto enorme com esse telefonema, apesar de ele acabar trazendo um pouco de lágrima aos meus olhos já tão doloridos.

As 23h33min recebi então uma mensagem no celular que dizia:

“Fiquei triste com a noticia e imagino como te sentes. Mas pensa que o sonho foi apenas adiado. Por mais que doa, força, pois mais cedo ou mais tarde vais conseguir. E não esquece: mesmo longe, eu to perto pra te ajudar no que for preciso. Beijão”. (Neila Baldi)

Desabei feito criança, pois senti um turbilhão de emoção querendo saltar de dentro do peito, meus olhos até então ardendo de lágrimas contidas embaçaram de tão tristes por enfim pensar realmente em tudo o que se passa. Foi preciso este telefonema seguido de uma linda mensagem para me dar conta e perceber as coisas ao meu redor. Foi então que a ficha caiu.
Já cantava LS Jack “amanhã, talvez longe, em outro lugar tudo vai passar quando eu disse adeus”. E muitas vezes a falta de um “adeus” nos deixa muito tempo presos a coisas que já passaram. É preciso virar a página e começar de novo.

“Não há nada que no dê mais segurança emocional do que não “precisar” dos outros, e sim “contar” com os outros para aquilo em que eles são insubstituíveis: companhia, sexo, amizade, conforto”. (Martha Medeiros – Coisas da Vida)

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