segunda-feira, 25 de junho de 2012

A magia da poesia de cara limpa...


Eis o Teatro Mágico de cara limpa.
Fernando Anitelli, o cara e grande responsável pela magia da trupe que encanta os olhos, acaricia a alma daqueles que, assim como eu, permitem que sua doce poesia invada e inunde o coração com toda delicadeza do mundo.
Desde o último sábado ando como quem flutua em lindas nuvens de paz e alegria, numa espécie de anestesia total da mente. Tudo por conta do melhor show que assisti até hoje.
Melhor até mesmo que Pato Fu, ano passado.

Neste ano e na minha total ingenuidade, pensei que após assistir ao espetacular show de Marisa Monte, de qualidade visual e musical indiscutível, nada mais me entusiasmaria e me encharcaria a alma com igual emoção.
Nem mesmo o romântico e especial show de Claus e Vanessa em plena noite dos namorados teria tamanha pretensão de superar.

Entretanto, me deparei totalmente encantada com o espetáculo apresentado pelo Teatro Mágico, comandado por este iluminado e querido, Fernando Anitelli.
Um show carregado de magia, não apenas no nome mas, principalmente nas canções, nos malabarismos que encheram meus olhos de alegria e encantamento.  Um misto fantástico de teatro, circo, música e poesia.

Show maravilhoso que deu ainda mais cor aos meus dias, iluminou tudo ao redor.
Um verdadeiro deleite para o coração.

Um grupo com a energia mais bacana e a alegria mais sincera estampada nos olhos, no carinho e cuidado de se fazer aquilo que se gosta, capaz de fazer o entusiasmo florir em canções simples, mas com letras e melodias que nos aproximam de nós mesmos, que carregam o sentimento bem nítido.

É a liberdade da entrega, de sentir o amor e saber expressá-lo. Algo diferente, realmente mágico.

De repente, de onde surgiu toda essa paz que diminuiu por completo o barulho aqui dentro e que despertou tanto entusiasmo?

Vem de Fernando Anitelli e sua trupe mágica que nos desarma com o jeito mais doce e surpreendente de se fazer poesia. Trazendo uma paz macia aos olhos, ouvidos e coração.
A preciosidade de quem tem o dom do olhar diferente de nos fazer feliz sem roteiros planejados.

Estou apaixonada por este fascinante mundo de Anitelli e seu Teatro Mágico.
Com toda linda pintura teatral ou de cara limpa, tanto faz, afinal "a poesia prevalece".

;)


Pra falar verdade, às vezes minto

Tentando ser metade do inteiro que eu sinto
Pra dizer as vezes que às vezes não digo
Sou capaz de fazer da minha briga meu abrigo

Tanto faz não satisfaz o que preciso
Além do mais, quem busca nunca é indeciso
Eu busquei quem sou;
Você, pra mim, mostrou
Que eu não sou sozinho nesse mundo.

Cuida de mim enquanto não esqueço de você
Cuida de mim enquanto finjo que sou quem eu queria ser.
Cuida de mim enquanto não me esqueço de você
Cuida de mim enquanto finjo, enquanto finjo, enquanto fujo.

Basta as penas que eu mesmo sinto de mim
Junto todas, crio asas, viro querubim
Sou da cor, do tom, sabor e som que quiser ouvir
Sou calor, clarão e escuridão que te faz dormir

Quero mais, quero a paz que me prometeu
Volto atrás, se voltar atrás assim como eu.
Busquei quem sou
Você, pra mim, mostrou
Que eu não sou sozinho nesse mundo.

Cuida de mim enquanto não me esqueço de você
Cuida de mim enquanto finjo que sou quem eu queria ser.
Cuida de mim enquanto não me esqueço de você
Cuida de mim enquanto finjo, enquanto fujo, enquanto finjo

domingo, 24 de junho de 2012

Doce Inferno Astral

“No seu lugar”, do Kid Abelha é o nome da música que mais gosto. Desde sempre e sem razão nenhuma. Por ninguém e nenhum motivo especial. Não lembro a primeira vez que a escutei, mas com certeza foi na época da adolescência, na casa da Mário Totta, vasculhando uns discos de meu irmão número dois. Paulinha Toller com seus três “abóboras selvagens”, morena de cabelos bem curtos e no auge dos seus vinte aninhos.

Sem dúvida é a minha música de todos os tempos. Não sei explicar por que. Sei que ela que me faz sentir os pés flutuarem, me trás uma paz infinita e uma vontade imensa de ouvir em volume bem alto. Sempre digo que existem músicas que precisam de ar e esta, indiscutivelmente é uma delas. É a trilha sonora dos meus dias.

Na época de faculdade, lembro que ela havia sido minha primeira opção para a formatura. Mas aí a dúvida surgiu porque tinha Pato Fu com a que também amo de paixão, “Depois” e acabei balançando. E, para não ser injusta com nenhuma das minhas bandas preferidas, encontrei uma terceira música. Adriana Calcanhotto e a sua “Medo de Amar nº 3” foi a vencedora ao final de tudo.

A música desde cedo me acompanha. Hoje em quase tudo, talvez para, quem sabe, buscar através delas um olhar mais generoso dos sentimentos. Se estou lendo, escrevendo, estudando ou trabalhando, tem alguma música de fundo me acompanhando, sempre. E gosto de quase todo tipo de música na mesma proporção em que ouço muita gente e bandas diferentes também. Acredito que, excetuando hip hop, funk e rap, ouço de tudo. Ou como alguns comentam, existem apenas dois tipos de músicas: a música boa e a música ruim. Eu fico com a primeira alternativa, claro!

E este mês de junho tem sido bastante musical e especial, ainda que simbolize aos que (diferente de mim) acreditam nisso, ao “Inferno Astral” da pessoa aqui. Nunca acreditei nestas “lendas” de que o tempo que anteceda de 30 dias da data do seu aniversário corresponda a um período de turbulências, uma espécie de acontecimentos negativos, ansiedades, irritabilidade ou momentos difíceis cercados de obstáculos pela frente. Como se tivessem o poder de subtrair por completo o lado bom das coisas nestes 30 dias.
Sempre fui muito cética em relação a horóscopo e coisas deste tipo.

Se fosse de fato acreditar e seguir à risca tudo o que falam sobre o tal “inferno astral”, se ele pudesse de alguma maneira despentear por completo minha tão arrumadinha certeza e surgisse encharcado de negatividade, optaria por tirar férias sempre nesta época do ano para evitar que surpresas indesejadas chegassem até mim. E ainda assim não seria garantia alguma de paz absoluta e total tranqüilidade nas férias se isso fosse mesmo tão verdade.

A gente consegue não enxergar o óbvio, mas costuma sempre acreditar em muita coisa sem sentido. Coisas que, por vezes, nos preenchem de medo, bagunçam e colocam dedos nas nossas feridas, mas definitivamente, “Inferno Astral” não faz parte da minha lista. Muito pelo contrário. Quisera eu ter todos os meses tantas coisas boas e alegrias quanto estou tendo e vivenciando neste mês de junho. Ou melhor, que todos os anos, neste período fossem iguais a este de 2012, de tão somente poder ouvir vozes de amor, com deliciosos dias e longas noites com o coração à mostra.

Assisti, na companhia de minha gêmea, ao espetacular e maravilhoso show de Marisa Monte no Teatro do Sesi, com direito a encontrar no saguão do teatro (e totalmente ao acaso) minha grande amiga e irmã de alma e coração, Dada. Meu fiozinho desencapado que tanto amo. Quer noite mais especial do que esta? Sem falar da própria Marisa, que veio para abrilhantar a noite e falar de coisas sensíveis.

Tive a oportunidade de, em pleno dia dos namorados, ir de encontro ao lançamento do DVD de Claus e Vanessa no Teatro do Bourbon Country. Simplesmente encantador e contagiante show desses dois queridíssimos que adoro de paixão, que acompanho desde sempre e que desejo muita sorte e sucesso. Noite para se conversar mais de perto com o coração.

Quase fechando o “tão temido” mês de junho, no último sábado (dia 23), fui ao Opinião na companhia da minha mais querida amiga, Ana Paula para assistir ao mágico espetáculo da trupe de Fernando Anitelly. Show vibrante, empolgante e que me fez apaixonar ainda mais pela doce melodia deste Teatro Mágico. Não bastasse o show, emendamos numa noite muito divertida com direito a encontrar Dimi, Raka e Malu e também brincarmos muito na roda de São João improvisada, ao som da sempre querida, Blanca Queiroga. Noite mágica e especial em que estive bem mais perto de mim.

Se este é meu período de inferno astral, que ele continue doce, não termine no próximo dia 4 e que esta vontade bonita ainda permaneça por todos os demais meses do calendário rsrsrs

;)

“O que prevalece agora é essa maneira nova de sentir a vida. Essa perspectiva que me faz admirar, incansáveis vezes, antigas preciosidades. Essa vontade de bendizer tantas maravilhas. Esse sentimento de gratidão pelas coisas mais simples que existem.
Esse jeito mais amigo de ouvir meu coração. O que prevalece agora é essa apreciação mais desperta que me permite reinaugurar flores e céus e pessoas no meu olhar.
Essa graça que encontro, de graça, nos detalhes mais singelos. O que prevalece agora é a confortável suposição de que, por trás de tantas e habituais nuvens, esse contentamento faz parte da nossa natureza. Os problemas, os desafios, as limitações, não deixaram de existir. Deixaram apenas de ocupar o espaço todo.”
(Ana Jácomo)

Mudanças


Ouço com frequência pessoas dizerem que fulano, sicrano, beltrano, não mudarão, ao fazer referência a dificuldades que experimentam, sejam lá em quais territórios da vida. Pior até: não mudarão nunca, esse tempo que quer ser algoz das mais sinceras tentativas e das mais ternas esperanças. Dizem, às vezes, com ares de profecia inequívoca. Com o tom assertivo da sentença. Com a perspectiva que não considera a vontade de cada um, o tempo de cada um, a história de cada um. A força dos gestos, embora tantas vezes ainda tímidos, ainda ensaios, ainda infrutíferos. A ação transformadora da impermanência, com os contextos que cria e os desdobramentos que produz. Dizem, esquecidas das voltas que o mundo dá. Dos caminhos que trilha e descobre, dia após dia, experiência a experiência, todo coração. Dizem, esquecidas da gentileza.

Eu também já disse, num tempo em que meu julgamento era maior e a auto-observação era só palavra. Não digo mais, aprendi principalmente na convivência comigo que mudança um monte de vezes é inevitável, que em alguns trechos da jornada faz diferença à beça, mas que também é coisa trabalhosa e delicada. Que em algumas circunstâncias não adianta querer mudar repentinamente se ainda não se pode: como num jogo de pega-varetas, alguns movimentos bruscos, precipitados, descuidados, são capazes de fazer as outras peças todas desmoronarem. No jogo, tranquilo, apenas perdemos a rodada; na vida, a história pode complicar. Mudança nem sempre é pra quando se quer, mudança tem vez que é também e somente pra quando já se consegue. Claro que é possível conseguir quando realmente se deseja, ninguém está condenado a paralisar em lugares indesejados para não desmentir a profecia alheia, mas é preciso ter paciência, estoques dela.

Eu já mudei muito. Eu já mudei enquanto nem mesmo percebia pela ação silenciosa de acontecimentos. Eu já mudei coisas que eu nem acreditava ser capaz. Eu mudo todo dia como toda gente. E também aquilo que, embora eu queira tanto, eu tente tanto, ainda não consigo mudar me faz mais empática e generosa; mais confiante de que somos capazes das mudanças que podem nos tornar melhores, primeiro para nós mesmos, se não desistirmos de nós mesmos. Mas, no nosso tempo. Com todo respeito e gentileza possíveis. Com gratidão àquilo que já conquistamos. Passo a passo daqueles que de verdade já conseguimos dar.
Ana Jácomo

quarta-feira, 13 de junho de 2012

De volta ao Olímpico!

“Acho sensacional esta pecha da imortalidade, um achado poético para um jeito de jogar bola e que irrita muito aos torcedores rivais. Sejamos justos. O Grêmio sempre foi vanguarda. A última moda inventada é esta adoração pelo jeito argentino de torcer. Gostemos ou não, é diferente. E num mundo igualzinho igualzinho, não deixa de ser divertido ver a petulância da faixa “Maradona é melhor que Pelé” dentro da torcida gremista.”.   
(Sidney Garambone – Jornalista do globoesporte.com)


Com esta frase inicio o texto de hoje. Depois de um bom tempo sem escrever sobre futebol, resolvi me “desarmar”.
Sou totalmente contra a política que Odone exerce no Grêmio e seu pensamento exclusivamente na Arena.

Odone tentou jogar a torcida contra um de seus maiores ídolos no meio do ano passado, quando naquele fatídico 30 de junho, aos prantos, Renato optou por sair do comando do Grêmio. E, desde lá, não fui mais a jogos no Olímpico. Num pacto de silêncio, de mágoa.
Este mesmo presidente esqueceu por completo sua gestão anterior, onde tivemos a frustração mais humilhante de todos os tempos sob o comando do seu querido, Roth. Fomos ridiculamente eliminados de duas competições em menos de uma semana em 2008. Vergonha e constrangimento em apenas um semestre.

Mas não posso deixar de admitir que após longos anos sendo apenas coadjuvantes nos campeonatos, enfim temos um time capaz de conquistar algo de bom e, talvez, quem sabe, um grande título na gestão de Odone e não apenas aquele da segunda divisão, que clube algum almeja ser bicampeão.

A cada ano víamos apenas esboços de time, criando expectativas de tal forma a acreditar sempre que dava.

É um prêmio de consolação muito amargo para todo gremista ter de se contentar em comemorar apenas os insucessos do rival. É triste. Profundamente lamentável isso.

E este ano parece ser diferente. Campeonato feito a Copa do Brasil, o Grêmio sabe jogar e muito bem.

Dia 13 de junho, dia de Santo Antônio e também noite de reencontro com Felipão. Ídolo e grande mestre das últimas e maiores conquistas do tricolor.

O duelo começa hoje à noite, às 21h50min e eu de volta ao estádio Olímpico. Voltando atrás em uma promessa feita por conta de uma decepção, de uma grande tristeza. Mas volto por ter me dado conta de que se não o fizer, não mais assistirei jogo algum no Monumental. A despedida do Olímpico, na verdade tem me consumido um pouco nos últimos tempos, mas comentarei sobre isto em outro texto. Amanhã será o grande dia, do tão esperado duelo Luxemburgo x Felipão, só que agora em lados opostos. Relembrando a década de 90, onde Grêmio e Palmeiras se enfrentavam em clássicos memoráveis.

Com raça, determinação e regulamento debaixo do braço, estaremos todos na mesma batida, na mesma sintonia - torcida e jogadores - juntos em busca de um grande jogo que nos empurre a um passo da final.

Grêmio de tantos títulos, glórias e ídolos como Felipão, Dinho, Danrlei, Jardel e Renato Portalupi tornará nesta quarta-feira o estádio Olímpico num verdadeiro inferno para seu adversário.

Estamos a apenas quatro jogos do tão sonhado PENTA da Copa do Brasil. E atualmente o único invicto nesta competição. Mais que isso, o único 100%. E também o clube que mais vezes conquistou título neste campeonato. Nunca este sonho esteve tão perto.

Nunca foi fácil para o Grêmio, todos sabemos, e não será desta vez, podem apostar.

É por isso que, nesta noite de quarta-feira, temos de, simbolicamente, darmos as mãos em qualquer parte do mundo que estivermos. Cantar, torcer e vibrar com o único pensamento no nosso Imortal.

Mais do que nunca temos de fazer valer a força dos nossos hinos:


Do Grêmio “Até a pé nós iremos, para o que der e vier, mas o certo é que nós estaremos com o Grêmio onde o Grêmio estiver”

E do Rio Grande do Sul, a nossa terra: “... sirvam nossas façanhas de modelo a toda terra...”

O Grêmio é exemplo em todo o país de time de incondicional e histórico amor à camisa, de time que se orgulha de ser copeiro, peladeiro, lamaceiro, de time de alma castelhana e de orgulho gaúcho.

Cada vez mais MERCOSUL, o Grêmio joga em português, canta em espanhol e não há torcedor brasileiro que não inveje esta marca cravada na pele do tricolor gaúcho. Uma espécie de tatuagem.

Seremos nós os protagonistas de todo o espetáculo que tornará o estádio Olímpico Monumental um caldeirão, uma avalanche de alegria e euforia.

E chegamos até aqui não para sermos coadjuvantes, mas sim para atuar nos papéis principais, mostrando como se joga com o coração, usando a força de sua torcida ao seu favor, e honrando o azul preto e branco que apresentou ao Brasil outro patamar de amor à camisa.

Somos Imortais sim, porque mesmo perdendo, somos superiores, somos grandes, temos crédito e saldo, somos a torcida mais apaixonada, somos o time que todos reconhecem o tamanho, não passamos sem ser notados, por onde passamos deixamos nossa marca. E sabemos honrar e homenagear nossos grandes ídolos, mesmo quando estes estão do outro lado do campo. Aplaudimos, ovacionamos antes e após a partida, por uma simples questão de respeito. Pelo reconhecimento daqueles que marcaram história no Grêmio. E esta quarta não será diferente. Luiz Felipe Scolari será recepcionado com todas as pompas de um verdadeiro ídolo, mas quando o juiz apitar o início da partida, será o nosso grande adversário.

Grêmio no peito e na alma, no grito e nas palmas!
Saudações mais que apaixonadamente, TRICOLORES! 
;)

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Dia dos Namorados


Claus e Vanessa. Esta encantadora e afinada dupla (e que tanto adoro) fará um show mais que especial de lançamento do DVD gravado em Portão, ano passado.

Serão duas noites de shows no Teatro do Bourboun Country (12 e 13 de Junho). Como já tenho compromisso no Monumental na noite de Santo Antônio, aceitei o presente bem bonitinho do Dia dos Namorados.

Noite de se estar perto de quem se gosta, de se estar bem e, para não deixar de lembrar uma postagem do Gux (meu “mano carioca”) dia desses,

“Mais vale uma amizade colorida que um namoro em preto e branco”.

Então, porque não dizer, noite de se permitir ser feliz e brindar à vida com um lindo show.

A vida é feito um rio e chega um momento em que é mais do que necessário seguir os impulsos da correnteza sem oferecer tanta resistência. Do contrário corremos o risco de comparar (e nos prender) ao que já passou. E isso nada mais é do que um grande retrocesso evolutivo.

É preciso seguir em frente, afinal. E TENTAR.

E tenho me dedicado muito a fazer isso, numa constante necessidade de trabalhar minhas emoções. Aos poucos estou aprendendo a não desenterrar sonhos, a lidar melhor com minha “claustrofobia emocional”, com aquilo que me leva por vezes a sentir imensas saudades do que não pude viver.

A ordem é o presente, o agora, o momento, o dia de hoje. E isto vem muito de encontro aos desejos de liberdade e desapego total da pessoa aqui.

E quando decidi não guardar mais nada disso dentro de mim descobri um diamante sendo lapidado de todo esse entulho.

Para não deixar de citar Clarice Lispector,

“A vida é curta, mas as emoções que podemos deixar duram uma eternidade. A vida não é de se brincar porque um belo dia se morre”.


Um brinde à vida, a Claus e Vanessa, com aquele que será, sem dúvida, maravilhoso, doce e inesquecível show e também à noite dos Namorados, tão despretensiosamente inédita pela frente!

“... Que seja doce o dia quando eu abrir as janelas e lembrar de você. Que sejam doce os finais de tardes, inclusive os de segunda-feira – quando começa a contagem regressiva para o final de semana chegar. Que seja doce a espera pelas mensagens, ligações e recadinhos bonitinhos. Que seja (mais do que) doce a voz ao falar no telefone. Que seja doce o seu cheiro, que seja doce o seu jeito, seus olhares, seu receio. Que seja doce o seu modo de andar, de sentir, de demonstrar afeto. Que sejam doce suas expressões faciais, até o levantar de sobrancelhas. Que seja doce a leveza que eu sentirei ao seu lado. Que seja doce a ausência do meu medo, que seja doce o seu abraço. Que seja doce o modo com que você irá segurar na minha mão. Que seja doce. Que sejamos doce”.
 Caio Fernando Abreu

Sem palavras...

“Queria poder garantir que tudo vai ficar bem, mas infelizmente não posso. Sinto-me impotente, sem saber o que te dizer para diminuir esse turbilhão no teu peito e a pessoa menos capaz de te aconselhar sobre isso por razões tão óbvias. Desculpe se minha ingenuidade te desviou da tua razão, mas me recuso a entender o “medo” que tanto impede de se seguir em frente. Se pudesse tomaria teu lugar neste momento de dor, pois afinal de contas já sei bem o caminho, mas não dá. Se pudesse apagaria da tua alma esta paixão num simples estalar de dedos, mas não é tão simples assim. E não posso. Sei que teu coraçãozinho tá frágil e sofrendo hoje, mas se não pode tirar esta tristeza dos teus olhos, peço que pelo menos TENTE fazer como Cissa Guimarães e “abra espaço para que tua alegria possa conviver com esta dor”. Manda notícias. Amo-te! Bj bj”.


Mensagem na íntegra que enviei a uma grande amiga que passa por um momento delicado e bem difícil, sentimentalmente falando.

E também que me fez voltar um pouco no tempo, lembrar de coisas que passei (e ainda passo), que senti e que me fizeram mudar em muitos aspectos, em muitas atitudes também.


É muito ruim ter de se afastar por completo de quem se gosta, mas bem lá no fundo sabemos que é o melhor a ser feito. Estar perto sabendo-se apaixonada dói muito. Se não machucasse, beleza. Poderíamos continuar "sobrevivendo" e nos contentando em apenas ser uma amiga, mas não há como. Eu sou o exemplo vivo sobre isto!


Me dói ver uma grande amiga passar por isso da mesma maneira que passei ou ainda passo (guardada as devidas proporções, evidentemente) mas sei que ela perceberá, com o tempo, que foi a única solução para deixar de sentir dor... Até hoje sinto imensas saudades, sonho com a pessoa, etc, etc, etc mas sei que estou menos frágil do que quando o encanto de todos os meus dias era baseado quase que unicamente pela espera de notícias da pessoa lá, por uma mensagenzinha, por um e-mail mais carinhoso, por saber como estava e o que tinha feito, até mesmo notícias do filho eu queria ter/saber, ficava na espera por um telefonema, enfim... coisas que me iludiam e também tão somente alimentavam e massageavam o ego de alguém por lá.


Todo e qualquer processo de despedida é sempre doloroso e muito difícil, e entendo perfeitamente o que sente esta minha amiga, mas passa! Ou pelo menos, diminui. Não que deixe de doer (até porque por aqui ainda dói e muito) mas a gente aprende a colocar outras prioridades no pensamento ao invés de pensar 24h na razão de nossa tristeza. A Rede Vip tem me dado esta imensa felicidade, inclusive. E agradeço muito pois é o que me desprende algumas horas do que ainda machuca.


“Fazer o que você gosta é liberdade. Gostar do que você faz é felicidade”
Marisa Orth

E, neste sentido (profissional) estou plenamente feliz!

Por fim, encerro com parte do e-mail que enviei a ela também...Não sei mais o que dizer...Estou totalmente sem palavras...

"Chega de me doar, chega de me doer", lembra? De tanto ouvir e ler esta frase, passei a usá-la como lema de vida, ou como um escudo protetor na busca por uma felicidade realista. Sei que ainda sou muito presa à pessoa lá e ainda não me permito "deixar" me conquistar, olhar para os lados, etc... mas, pelo menos, não sofro tanto mais.
A distância e ausência de notícias é muito ruim no início, sem dúvida e compreendo perfeitamente este teu momento. E, na real de nada adianta eu te falar estas coisas agora porque não vai diminuir tua dor... o que é uma pena. Mas é fato!
Vai perceber que, com o tempo tudo vai diminuindo... ou como diria minha musa "o tempo ajustou as minhas retinas e deu proporção às minhas ilusões" e é verdade...
Repito: não que pare de doer, mas aprendemos a não superdimensionar nossa dor... Sei que não posso dizer que estarei 100% num próximo encontro mas também não fico mais me martirizando com isso ou pensando no que a outra parte está fazendo, etc.... procuro não pensar.
Nem sempre consigo, mas tento.
E a questão é justamente esta: TENTAR!
E meu conselho pra ti hoje: ouvir a grande MARISA MONTE!!

"ouça o barulhinho que o tempo no seu peito faz, faça sua dor dançar"


Cuide-se e fique bem!! E QUALQUER COISA E A QUALQUER HORA, HOJE E SEMPRE ESTOU AQUI!!BEIJOOOOOOOO...Nádia

..........

“O óbvio é a verdade mais difícil de enxergar”
Clarice Lispector


“Minha alma tem o peso da luz. Tem o peso da música. Tem o peso da palavra dita, prestes quem sabe a ser dita. Tem o peso de uma lembrança. Tem o peso de uma saudade. Tem o peso de um olhar. Pesa como pesa uma ausência. E a lágrima que não se chorou. Tem o imaterial peso da solidão no meio de outros”
Clarice Lispector

Meg Ryan 🐈💓

“Há quem não mencione a palavra amor e fale sobre ele em cada gesto que diz” Falar algo diferente de AMOR INCONDICIONAL pela guriazi...