segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Minha pedra mais preciosa


Certa vez comentei que tenho 5 grandes amigos. Daqueles que a gente dá a vida, se preciso. Ou, como canta meu "queridinho", que "cabem bem juntinhas na palma da mão".
E hoje a Top desta lista está de aniversário. 

Minha pedra mais preciosa que há anos surgiu em minha vida para me ensinar o verdadeiro significado de amor, amizade, lealdade...
Meu eterno "fiozinho desencapado" que dedico meus melhores sorrisos, meu abraço mais apertado, meu ombro mais amoroso.

Daquelas raridades da vida da gente que nos envolvem na mais plena sensação de ternura e afago. Ainda que nem sempre perto, estamos unidas de coração. Temos sintonia de alma.
Aquela que melhor me conhece e me reconhece ímpar.

Abaixo coloco um texto que, tão logo li, me veio tua imagem.
E hoje o dia é inteirinho teu!!!
Parabéns e toda felicidade do mundo, coisa linda da Nadiolina!!! :)

Um brinde à melhor amiga dos seus amigos, meu "Porto Seguro", meus "Pés no chão"...

Parceira não só de abraços, carinhos, sorrisos e cantorias, mas também de tristezas, lágrimas e silêncios...

Dona de um coração gigante, do sorriso que abriga e acolhe a alma da gente com doçura... Minha "Best" para todo o sempre, TE AMO! ♥  
(Até quando não percebo).
"Carpe Diem" ♥ 


"Não tenho muitas certezas nesta vida. Não sei como vou acordar amanhã, onde estarei mês que vem, ou o que estarei sentido aqui dentro.

Consigo imaginar dezenas de possibilidades para minha vida daqui a cinco ou dez anos. 
Quase tudo me parece muito instável. Mas de uma coisa eu sei. 
Não há futuro que possa imaginar onde você não esteja. 
Essa talvez seja uma das poucas certezas que tenho, a de que você estará lá. 

Nas tardes chuvosas, nas noites de insônia, nos domingos de Sol e nas manhãs de inverno. Quando eu precisar sorrir e quando precisar chorar. 

Quando quiser um abraço, um conselho ou um sorriso. 
Quando merecer aplausos e quando merecer um esporro. 
Quando precisar ouvir a verdade. 
Quando for celebrar uma vitória ou chorar uma perda. 

Para me fazer voar ou para colocar meus pés no chão. 

Nos grandes e nos pequenos momentos. 
Não importa a distância, o tempo, as circunstâncias, quando se fizer necessário, eu sei que estará lá.
E eu também estarei por você. 
E farei isso sorrindo. 
Porque de tudo o que já conquistei nesta vida, a nossa amizade talvez seja a pedra mais preciosa."

(Você estará lá - Rafael Magalhães)

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Respeite o seu coração


Respeite o seu coração.
Seja doce e flexível quando ele der indícios de que ainda se ressente de uma certa saudade.
Dê ouvidos, carinho e colo, se preciso.
Acolha, afague, entenda, mas não alimente esta saudade.
Apenas respeite.
Silencie, mas não o julgue.
Não abafe o sentimento, ele passa.
Retorna, bagunça, confunde, mas passa.
É preciso saber tão somente não deixá-lo doer.

Respeite o seu coração.
Seja gentil e delicado quando ele se mostrar avesso a muito barulho.
Ele quer apenas uns dias de calmaria e leveza dentro do peito.
É o jeito dele demonstrar sentir o seu florecer mais perto, sorrindo com a alma limpa.
Então aceite e respeite.
As águas mornas e calmas também têm seus encantos e magias, capazes de mover mundos e sorrisos dentro da gente.

Respeite o seu coração.
Seja menos exigente com ele.
É preciso aprender a domesticar saudades, entender alguns desencaixes e firmar os passos. Voltar-se para dentro é também uma maneira de repensar horizontes da nossa vida.
É poder colocar algumas peças no lugar para voltar a florir por inteiro.
Então... Prepare a alma para o que der e vier e tempere com sabedoria...
Mas, respeite o seu coração.

Encontros e desencontros


"Percebo que, hoje em dia, as pessoas estão muito exigentes em relação ao amor.
Qualquer passo em falso: Adeus! Não aceitamos erros alheios.
Não aceitamos qualidades no outro que, pra nós, sejam defeitos.

Queremos que todos estejam conectados com nossas expectativas, que estão altíssimas e não param de crescer. O que nos é possível, não nos interessa. Almejamos o perfeito. O irreal.
O ilusório. Queremos sempre o melhor, mesmo que o “melhor” não se adéque à nossa vida.

Vivemos – na verdade – na era da Intolerância. Do imediatismo. Da falta de paciência.
Seja com downloads lentos, celulares fora de serviço.
Ou pessoas que não seguem o nosso ritmo.

No meio do caos, esquecemos o essencial: para se relacionar, é preciso tempo.
Tolerância. E uma boa dose de bom senso.
Não, pessoas não são descartáveis.
Não existe manual, nem informações no rótulo.

Quer saber? Todo mundo tem lá seus “defeitos”.
Mas, nessas horas, não existe “loja autorizada”, nem garantia. No máximo, uma terapia ou um bom ombro amigo pra se reajustar."

Fernanda Mello

Investir no sossego do próprio coração


"Investir no sossego do próprio coração é algo tão complexo por causa da sua simplicidade.
Porque ser simples é uma das coisas que mais dificulta a nossa vida.

Investir no sossego do próprio coração é não abrir uma brecha, que poderá virar uma represa, para alguém que não está disponível afetivamente.
É prestar atenção nos sinais e indícios que a pessoa dá, logo nos primeiros encontros, do tamanho do sofrimento ou da alegria que ela poderá lhe proporcionar.
É saber-se só em quaisquer situações, mesmo acompanhado, pois as consequências de nossas escolhas são absolutamente nossas.

Investir no sossego do nosso próprio coração é saber que aquilo que está doendo deverá ser extirpado e não manter apego ao sofrimento, por mais que o uso do bisturi cause quase a mesma dor.
É proporcionar-se bons momentos divorciando-se de tantos lamentos.
É não adiar sofrimento postergando decisões tão necessárias.
É não se acomodar com a falta de excitação pelas coisas, pessoas, trabalho.
É saber-se merecedor de experienciar um amor inteiro, intenso, extenso, imenso, verdadeiro... Recíproco!
É aumentar, um pouquinho a cada dia, o seu tamanho.
É ter a certeza e a confiança de que as coisas têm um encaixe, mas que é preciso deixar ir, ou ir ao encontro, ou conformar-se com o desencontro, ou esquecer, ou lembrar-se de outras coisas, ou relacionar-se de outra forma.

Investe no sossego do próprio coração quem não rumina o que machuca, quem não fica descascando a ferida impedindo que a mesma cicatrize, quem não se disponibiliza de maneira subserviente e em tempo integral ao ponto de ser desvalorizado ou descartável, quem não aceita menos do que merece: coisas pela metade.

Investe no sossego do próprio coração quem sofre, grita, chora, mas cresce!
Quem não se repete, quem se surpreende consigo mesmo, quem trabalha o desapego, quem se abre para as coisas que possuem mais calor e sensibilidade.

Investir no sossego do próprio coração é coisa que não vem com a idade, mas com a ideia de que se pode vivenciar um momento de paz e repouso, é desocupar o peito para abrir espaço para o novo, é entregar-se ao desconhecido com inocência e totalidade, é não ter medo de pronunciar verdades, é ser honesto consigo, com o outro.

Investe no sossego do próprio coração quem não se contenta com pouco."

Marla de Queiroz

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Vida de Solteiro


“E a namorada?” Alguém vai me perguntar. 
Aí vou sorrir e responder: “Estou solteiro!”. 
E logo depois vem aquela cara de: “nossa, coitadinho”, quando ao meu ver era a hora certa da pessoa me abraçar e pularmos gritando: “Parabéns Campeão!” 
Sabe, realmente não entendo essas pessoas que colocam o fato de encontrar uma pessoa como sendo um dos objetivos primordiais da vida. Como se a ordem natural fosse: nascer, crescer, conhecer alguém e morrer. A meu ver, não é assim. 

As pessoas se dizem solteiras como quem diz que está com uma doença grave, alguém que precise de ajuda. Não é nada disso. 
Existe sim vida na “solteridão”! 
E das boas. E isso não quer dizer farra, putaria, poligamia ou promiscuidade. 
Aliás, quer dizer sim, mas só quando você tiver afim. 
No mais quer dizer liberdade, paz de espírito, intensidade. 
E olha que escrevo isso com algum conhecimento de causa, já que tenho vários anos de namoro no currículo. 

De verdade, do fundo do coração, eu estou muito bem solteiro. 
Acho até que melhor que antes. 
Gosto de acordar pela manhã sem saber como vai terminar meu dia. 
Gosto da sensação do inesperado, da falta de rotina e de não ter que dar satisfação. 
Gosto de poder dizer sim quando meu amigo me liga na quinta-feira perguntando se quero viajar com ele na manhã seguinte. 
De chegar em casa com o Sol nascendo. 
De não chegar em casa as vezes. 

De conhecer gente nova todos os dias. 
De não ter que fazer nada por obrigação. 
De viver sem angústia, sem ciúme, sem desconfiança. 
De viver. 
Acredito que todo mundo precisa passar por essa fase na vida. 
Intensamente inclusive. 

Sabe, entendo que talvez essa não seja sua praia. 
Ou talvez você nunca vá saber se é. 
Eu mesmo não sabia que era a minha, e veja só você, hoje sou surfista profissional. 

O que percebo são pessoas abraçando seus relacionamentos como quem segura uma bóia em um naufrágio. 
Como se aquela fosse sua última chance de sobrevivência. 
Eu não quero uma vida assim. 

Nessa hora talvez você queira me perguntar: “Mas e aí? Vai ficar solteirão para sempre? 
Vai ser assim até quando?” 
E eu vou te responder com a maior naturalidade do mundo: “Vai ser assim até quando eu quiser”. 
Quando encontrar alguém que seja maior que tudo isso, ou talvez alguém que consiga me acompanhar. 

E não venha me dizer que aquele relacionamento meia boca seu é algo assim. 
O que eu espero é bem diferente. 
Quando se gosta da vida que leva, você não muda por qualquer coisa. 

Então para mim só faz sentido estar com alguém que me faça ainda mais feliz do que já sou, e como sei que isso é bem difícil, tenho certeza que o que chegar será bem especial. 
E se não vier também está tudo bem sabe? 
Eu realmente não acho que isso seja um objetivo de vida. 

Não farei como muitos que se deixam levar pela pressão dessa sociedade. 
Tanta gente namorando pra dizer que namora, casando pra não se sentir encalhado, abdicando da felicidade por um status social. 
Aí depois vem a traição, vem o divórcio, a frustração e todo o resto tão comum por aí. 

Não, não. Me deixa quietinho aqui com minha vida espetacular. 
Pra ser totalmente sincero com você, a real é que não é sua situação conjugal que te faz feliz ou triste. 
Conheço casais extremamente felizes e outros que estão há anos fingindo que dão certo. Conheço gente solteira que tem a vida que pedi para Deus e outros desesperados baixando aplicativos de paquera e acreditando que a(o) ex era o grande amor e que perdeu sua grande chance. Quanta bobagem. 

A verdade é que só você mesmo pode preencher o seu vazio, e colocar essa missão nas mãos de outra pessoa e pedir pra ser infeliz. 
Conheço sim vários casais incríveis, assim como tantos outros que não enxergam que estão se matando pouco a pouco. 

Só peço que não deixem que o medo da solidão faça com que a tristeza pareça algo suportável. Viver sozinho no início pode parecer desesperador, mas de tanto nadar contra a maré, um dia você aprende a surfar. 

E te digo que quando esse dia chegar, você nunca mais vai se contentar em ficar na areia. Desse dia em diante só vai servir ter alguém ao seu lado se este estiver disposto a entrar na água com você.

Rafael de Magalhães

♪ PARTILHA ♩ ♥ ♡


♪♫
Quem vem lá
Quem em mim se alastra
Quem vem lá
Partilhar

Restaura a pedra do peito 
A luz, o lamento, a sombra 

 Volta tal qual 
Chuvas de Janeiro Silêncio, anseio, som e eu 
 Quem vem lá? 

Gigante, miúda, me reanima 
 Liberta o instante, revigora 

 Se o acaso nos distanciar 
E a sorte nos fechar a porta 
Releve o que não importar 
Vai, dê meia-volta e volta 

 Coração pulsa por saber 
Almeja ser razão e ser capaz 
Permita experimentar 
 A soma de você comigo é mais 
 ♫♪


Harmonia


"São delicados e sutis os fios da harmonia. 
Ao contrário da alegria, do entusiasmo, ela é uma das sensações mais discretas. 
Sua voz é quase imperceptível, feito outra qualidade de silêncio. 
Ela não é uma gargalhada, é aquele sorriso por dentro, uma sensação gostosa de estar no lugar certo, na hora adequada. 
Feito um arco-íris depois da tempestade, sua beleza é adornada pelo equilíbrio dentro do derramamento. 
É um adestramento dos fantasmas internos. 
A possibilidade de aprimorar os pensamentos. 
É quase como não pensar. 
Simplesmente, sentimos uma ligação profunda com tudo, um denso bem-estar. 
Como se tivéssemos uma secreta intimidade com o mundo, certa cumplicidade com o tempo. 
É como se observássemos descompromissados, ela é uma descontração. 
Como se o coração batesse pelo corpo todo, mas sem extremada euforia. 
Uma tranqüilidade dilatada no peito, o olhar satisfeito, a mente entendendo que já nem precisa entender o que é prosa ou poesia. 
E o mundo inteiro cabendo num abraço. 
E uma firmeza na carícia, a maturidade que perdeu o cansaço, uma confiança que preenche a existência. 

A harmonia é um contato profundo com a experiência. 
E o tempo do dia não é mais composto por esperas, ele é vivido. 
E já não se fala, palavras passeiam pela boca. 
E já não se escreve, as frases coreografam as paisagens. 
E já não se ama, o amor vigora em nós. 

A harmonia tem fios muito delicados e sua trama faz a ligação mais suave entre todas as urgências já sentidas. 
E o chão do sonho é macio, e tudo parece estar alinhavado, numa ligação sem sufocamentos. 
E a poesia não deseja mais ser nada, vira o afago de um momento. 
E nas letras a textura de um veludo, como se ao correr pela página, os olhos pudessem ser acariciados. 
E você tem todas as coisas sem precisar tomar posse delas. 
Você ama o amor, não o delírio de estar apaixonado. 

Sinto a harmonia como uma espécie de fascínio pela vida. 
É quase uma perda de outros apetites, porque se está tão nutrido pela própria companhia. 
E a gente tem aquela vontade súbita de andar pela noite: não apenas para olhar as estrelas, mas também para por elas sermos vistos. 

Harmonia é como se fôssemos inundados pelo mar onde antes só havia um precipício.” 

Marla de Queiroz

Somos Encanto


"Eles não me entenderam, eles nunca me entenderão na verdade, pois sempre tiveram medo de tentar, vivem num mundo onde as coisas nunca foram feitas para durar. 
Mundo carente de atitudes nobres, mas infestado pela pobreza do próprio espírito. 
Eles continuam pensando no dinheiro, continuam desafiando a si mesmos na busca pelo que não sabem. 
Buscam a fuga que se pode pagar, mas esquecem de todo o resto que não tem preço. 
Nunca percebem aquilo que não se pode comprar nem com todo dinheiro do mundo. 
Falsa riqueza. 
Riqueza de tristeza. 

Meu tempo é simples, é andar debaixo das árvores, é colher um sorriso maduro. 
É regar a ousadia com um pouco de elogio e ver nascer felicidade. 
Meu tempo é ouvir, meu mundo é novo todos os dias. 
Minha sede é por entender o óbvio, por perceber a fundo todos os detalhes, todas as linhas, traços, cores e amores.  

O grande valor das coisas mora no gesto mais simples, ao lado da casa da falta de interesse, em frente à rua da simplicidade, sem número e sem endereço. 
São as atitudes que nos levam até lá, quando não temos condições de ir através das nossas, pegamos carona com outras que raramente passam por aqui. 
São raras, mas quando passam por nós, nunca temos vontade de deixar ir.  
Esse encontro é a melhor coincidência de todas. 
Podemos respirar um ao outro, como evidência de que nada termina quando não permitimos. 

Eu não quero que eles me vejam. 
Não quero que nos vejam, não quero que sofram mais ainda. 
Eles nem sonham o nosso sonho, nem imaginam o tamanho do nosso paraíso.  
Seria covardia demais esculpir tanta felicidade em muros de pedra.  
Nosso passeio pela praça transborda de tanta alegria, nossas mãos buscam umas pelas outras, nossa satisfação é a de poder falar o que sentimos e demonstrar com palavras as atitudes planejadas para depois.  

Quando paramos e olhamos bem fundo nos olhos do nosso coração sentimos que ele é quem vai parar, saímos dessa órbita juntos, sempre juntos e depois retornamos devagar.  
A chuva é só um detalhe. 
É o pano de fundo para nossos risos e sorrisos. 
Risadas nossas, risadas do outro, risadas sem controle. 
Perdemos o controle da hora quando estamos juntos. 
Nunca perdemos tempo olhando o ponteiro nos levar. 
Estamos juntos demais para parar.  
Somos encanto inundando toda a cidade.  

Eles poderiam não resistir, poderiam não suportar e no ato mais louco de revolta transbordar seu próprio mundo no nosso mundo. 
O mundo onde amar é a maior das estradas sem vontade de chegar." 

Walter Oliveira

sábado, 6 de dezembro de 2014

Trivial



Registro de um sábado bem feliz!!!
Noite de reencontro com amigos de longa data que sempre enchem meu coração de paz.
Que me lembram o quanto a vida merece e pode ser bem mais leve. E perto deles pouco importam as coisas do mundo lá fora, o nosso tempo é outro. 
E minha alma sorri por inteiro 웃 ♥ 
Amooooo !!! ♥

♡ #Friends #Videokê #Trivial 

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

A gente tem de ser de verdade


"Não gosto de quem se esconde atrás de uma palavra, um escudo ou base para o rosto. 
Não tolero quem diz uma coisa e faz outra, quem promete e nunca cumpre, quem diz que ama e nada sente. 
Não suporto quem tenta aparecer a qualquer custo, quem acha que o dinheiro compra tudo, quem esquece do que mais importa. 

Gosto de quem mostra o rosto suado, as mãos sujas, o verbo esparramado, os pés descalços. Gosto de quem não tem medo do não, de quem perde o controle, de quem esquece a razão. Gosto de quem se molha na chuva, suja a bochecha de melancia, deita na grama pra olhar o céu. 
Gosto de quem não esconde a emoção, de quem não se importa em secar a lágrima, de quem perde a hora vendo a paisagem. 

Não gosto de quem fala pelas costas, tenta dar o gole, passar a perna ou esconder o jogo. 
Não gosto de quem trai a si mesmo e o outro, distribui promessas rasgadas, espalha mentiras. Não gosto de quem força amizade, vive de aparências ou reage com grosseria. 

Gosto de quem olha com doçura, nunca perde o encanto, esquece as desavenças e perdoa o que passou. 
Gosto de quem se arrepia com uma música, sente uma lágrima rolar com um filme e se alegria com uma lambida de cachorro. 
Gosto de quem sorri ao ver uma criança, de quem mantém seu lado puro, de quem entende que a vida é melhor quando a gente observa o que acontece com olhos inocentes." 

Clarissa Correa

terça-feira, 11 de novembro de 2014

Que seja doce!



“Então, que seja doce. Repito todas as manhãs, ao abrir as janelas para deixar entrar o sol ou o cinza dos dias, bem assim: que seja doce. Quando há sol, e esse sol bate na minha cara amassada do sono ou da insônia, contemplando as partículas de poeira soltas no ar, feito um pequeno universo, repito sete vezes para dar sorte: que seja doce, que seja doce, que seja doce, e assim por diante. 
Mas, se alguém me perguntasse o que deverá ser doce, talvez não saiba responder.
Tudo é tão vago como se não fosse nada.Que seja doce o dia quando eu abrir as janelas e lembrar de você.
Que sejam doces os finais de tardes, inclusive os de segunda - feira - quando começa a contagem regressiva para o final de semana chegar.
Que seja doce a espera pelas mensagens, ligações e recadinhos bonitinhos.
Que seja (mais do que) doce a voz ao falar no telefone.
Que seja doce o seu cheiro. Que seja doce o seu jeito, seus olhares, seu receio.
Que seja doce o seu modo de andar, de sentir, de demonstrar afeto.
Que sejam doce suas expressões faciais, até o levantar de sobrancelha.
Que seja doce a leveza que eu sentirei ao seu lado.
Que seja doce a ausência do meu medo.
Que seja doce o seu abraço.
Que seja doce o modo como você irá segurar na minha mão.
Que seja doce. Que sejamos doce.
E seremos, eu sei.”
C.F.A.

#SharonCorr
#Opinião #23/11
#DoceNovembro

terça-feira, 23 de setembro de 2014

Vovó Sebastiana

Hoje é o dia dela. 
Não sei que idade faria, tudo que sei é que não poderia ser outro o seu dia. Início da estação das flores e amores. E quem melhor pra ensinar tanto sobre amar? 

Coração gigante que nos acolheu como seus, mesmo não tendo obrigação alguma, sequer parentesco. 

Aquela que me ensinou a gostar de "mate" desde muito pequena ainda. Que cobria todos os espelhos de casa em noites de temporal. Que sempre foi tão presente, tão vó. Tão "Nossa". 
A doce "Vovó Sebastiana", simples, carinhosa e tão amada. E nem sabe o quanto. 

De quem sinto, por vezes, uma saudade tão apertada. Do seu colo e cheirinho de vó. 
Da alma leve que enchia meu coração de paz. 

Talvez fosse um anjo, que um dia surgiu em nossas vidas pra ficar e, vestiu-se de "Vovó Sebastiana", pra nos falar de amor. :) 


♪ Na primavera, calmaria

Tranqüilidade, uma quimera 

Queria sempre essa alegria 
Viver sonhando, quem me dera ♪

sábado, 10 de maio de 2014

Daisinho

Hoje um cara muito especial pra mim está de aniversário. 
Meu grande amigo, meu irmão de sorriso doce.
O "Daisinho da Nadiolina". Meu querido de olhar gentil. 
Aquele que sabe, antes de qualquer coisa, que amor é gesto. É carinho. 
Que sempre me ouviu com seu ouvido amoroso e me acolheu em seu coração. 

Há anos escreveu um e-mail lindo que até hoje está colado no interior do meu guarda roupas. 
Pra eu jamais esquecer daquelas palavras desse cara tão especial. E, relendo ele ao final do ano passado, com o coração grato e um sorriso dos meus melhores, tomei a decisão mais acertada da minha vida. 
Que me fez perceber que a capacidade de sentir amor é tão somente nossa. 
Que é a nossa essência. 
E ninguém tem nada a ver com isso. 

Meu amigo, meu encanto de coração bonito, sinta-se por mim fortemente abraçado no dia de hoje. Sinta-se muito amado simplesmente porque é. 
Meu amor, hoje o dia é todo e especialmente teu. Então aproveita. 
Brinde a vida, dance com ela. Com a leveza que é toda tua.
Obrigada por todo amor e amizade e, principalmente, por fazer parte da minha vida.
Amo-te muito, meu lindo! 

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Confiança

"Coragem, às vezes, é desapego.
É parar de se esticar, em vão, para trazer a linha de volta.
É permitir que voe sem que nos leve junto.
É aceitar que a esperança há muito se desprendeu do sonho.
É aceitar doer inteiro até florir de novo.
É abençoar o amor, aquele lá, que a gente não alcança mais."

Confiança é base de tudo. Sempre.
Tanto faz o tipo de relação, se amor, amizade, trabalho, enfim.
Todo sentimento deve ter um mínimo de reciprocidade. Do contrário, deve ser revisto.
Não importa. Se não houver confiança, quebra-se o intuito dos laços.
E é sempre mais fácil destruir um castelo do lado de dentro.

Há quem enxergue apenas a casca, não vai a fundo, não demonstra interesse em conhecer a alma de alguém.
Ao mesmo tempo não se expõe e também não permite perder o controle da situação.
Porque na verdade não confia. E assim não abre espaço da sua vida para que alguém entre, conheça, passe a fazer parte ou alterar em nada sua rotina.
Feito soldados de castelos medievais, com armaduras, impenetráveis.
Ou semi-deuses de segundo caderno da atualidade: Sou assim e pronto. Quem quiser que se adapte.

Quando uma parte não confia, não adianta insistir. É perda de tempo. É perda de vida.
Perceber que a cada passo que se dê é preciso pensar em outros quatro de explicações para aquilo que não se faz a menor idéia que possa estar rondando os pensamentos por aí, é se preocupar demasiadamente com quem, talvez, não mereça tamanha prioridade, nem tantos cuidados.
Por mais que se faça, se demonstre, nunca será o suficiente, pois não há a confiança.
Por experiências negativas ou apenas medo, não importa. A isto chamamos “Pistantrofobia”.

E, o melhor a fazer é se afastar. Dar alimento ao coração apenas.
Não somos peças de quebra cabeças, que se encaixam na vida uns dos outros.
Somos elo, vontade, contato físico, querer estar perto. Carinho retribuído, saudade demonstrada.
Para o resto, para a vaidade alheia, para os egos que necessitam de massagem, para os comentários maldosos, para tudo o que abafa nosso riso, para as perguntas sem respostas, distância.

Não podemos julgar o que acontece dentro dos outros e tão pouco exigir que gostem da gente.
E nos damos conta disso, cedo ou tarde.

Enxergamos que todas as verdades que dissemos talvez não tenham sido levadas tão a sério.
O tempo que a gente teve para amar alguém ou que esse alguém esteve disposto a nos aceitar em sua vida, pouco importa. O que vai valer, verdadeiramente pra gente, ao final das contas, é todo aquele amor que investimos durante determinado tempo.

Chega um momento em que é preciso dar um basta nas insistências que nos deixam longe daquilo que nos faz bem de verdade.
Que nos embriagam, a ponto de visitar um mundo que não faz parte da vida da gente. Tudo para estar perto, para resgatar algum encantamento.
Ficamos paralisados em lugares indesejados tão somente para fazer parte um pouquinho da vida de alguém.

É, por fim, dar-se conta de que não merecemos ser apenas mais uma peça num gigantesco quebra cabeça. Iguais às demais. Nem mais, nem menos. É preciso querer ser bem mais.
Abrindo-se assim, imensas janelas dentro do peito, feito revelações para o nosso verdadeiro eu: boas e más. E as arquivaremos, no devido tempo, como experiência.

Mas a vida é tão mais que isso. Nossos rascunhos diários não são capítulos, é nosso livro mais precioso, mais importante. Nosso objetivo principal e toda razão de ser. Nossa existência maior.
Se a gente se preocupa tanto, se importa absurdamente com alguém e quer imensamente que seja parte da nossa trilha sonora, há que se permitir que entre em nossa vida de verdade, sem meio termo ou quando der.

Tem de ser confiando, de peito aberto, baixando a guarda, se permitindo verdadeiramente, por inteiro, não em intervalos.
Estou aqui porque gosto e quero e não porque preciso agradar alguém.

Que os laços não sejam improvisos, adaptações a uma situação já existente anteriormente.
Que sejam novos, especiais, presentes. Mas que sejam.



Ah, NADAR... Coisa melhor não há!

Cinco meses me afastaram do que mais gosto de fazer, que é nadar.
Adoro tudo, desde o cheiro do cloro, até a sensação de liberdade no contato com a água.
Poderia ter escrito poemas que traduzissem minha alma durante este tempo todo.
Ensaios tristes de uma longa trajetória. Dias intermináveis.
Momentos em que perdi um pouco o rumo, o foco, imaginando não mais conseguir ser igual.
Vários médicos, diversos diagnósticos e uma infinidade de medicamentos.

Eis que, através de uma ecografia, foi constatada lesão no ombro direito: tendinose do supra espinhal, para se usar o termo técnico.
A grosso modo, tendinite.

Além de muita fisioterapia, fizeram parte do tratamento exercícios para reforço muscular, reeducação da postura no trabalho e também ao dormir, gelo na região e uma boa dose de paciência também.

Contei com o apoio dos “meus” que sabem o quão importante é a natação na minha vida e também com o carinho da lua, que costumo admirar em algumas noites no céu. E senti meu coração, até então tão descrente, um pouco mais confortável.

Ainda não consigo me sentir 100%, confiante de que a dor não voltará.
Faz um mês que retornei.
Confesso que o primeiro dia foi o melhor e, ao mesmo tempo, o pior.
Dia de sol. De encontrar com borboletas, daquelas que chamam nossa atenção por tamanha beleza.
Um misto de sensações, de felicidade e muita ansiedade pelo retorno, indo diretamente de encontro ao imenso medo e receio de sentir dor, mínima que fosse.

Mas, sabia que a partir de então, seria necessário um pouco mais daquela paciência.
Para que a minha pressa em voltar ao ritmo normal não atrapalhasse todo o processo de recondicionamento ideal.
Era preciso dar tempo ao tempo, aos poucos, com muito treino aeróbico (de percurso, apenas nadado), reforçando a musculatura, “abrindo” os pulmões.
Para então passarmos à velocidade e aos testes de força e resistência.
E surgia então a sensação de ser levada a um jardim de flores (lindos lírios), num abraço único, carregado de cumplicidade: Da espera e do esforço afinados na mesma batida.

Nas primeiras duas semanas, senti desconforto no ombro, no local da lesão. Entretanto, conversando sobre isto com meu instrutor, ele me acalmou dizendo ser normal, pois passados cinco meses, estava recomeçando.
Tudo do zero nos exercícios de reestrutura muscular de todo corpo.
Mas então porque não senti um mínimo de desconforto no ombro esquerdo?
Não seria normal também?
- Não, me disse ele. Sentiria cansaço, talvez.
Mas não desconforto, dorzinha mínima que fosse, pois aquele ombro não estivera “doente” anteriormente.
Ele estava apenas sem ritmo, sem preparo.

Para que não sentisse mais desconforto, por orientação do mesmo, passei a utilizar mais tempo e cuidados nos alongamentos tanto pré, quanto pós treino.
Não em sobrecarga ao alongar, mas em segurar um pouco mais de tempo em cada exercício em relação ao ombro esquerdo.
Precisava de mais riso, mais tempero no corpo.
Esse tempero de gargalhar que nos faz tão bem.

A partir da terceira semana, não mais senti incômodo algum.
Era o corpo entrando no mesmo ritmo da mente.
Continuo rigorosamente com os alongamentos distintos e também com o gelo ao deitar.
E tem dado certo.
Já passamos aos exercícios de força e resistência e estou bem perto de chegar ao mesmo ritmo de quando parei, há seis meses.

Sei que tecnicamente, para meu instrutor, tenho um nado muito bom, tanto crawl, quanto costas. Com braçadas longas, de deslize nas águas, quase perfeito. Mas ainda não tenho segurança nas viradas, preciso reforçar estilos de peito e borboleta, assim como tenho enorme deficiência nas largadas. É preciso trabalhar bem mais.

Na velocidade das arrancadas nunca me dei bem, nunca gostei.
Gosto de percursos longos, teste dos pulmões, de fôlego.
Nunca fui fã das competições exatamente por isso. Porque tinha de correr atrás do prejuízo.
O que perdia na largada, recuperava no ritmo, no percurso.
Mas quando estes eram de “tiro” curto, acabava em desvantagem. Sem tempo de recuperação.

Competi uma única vez, aos 16 anos, onde fiquei em segundo lugar.
Depois disso, fugi de todas. Porque desde lá, percebi que não tinha muita paciência para trabalhar a minha velocidade. Meu objetivo era aprender a nadar. E nadar bem.
E sempre fui protegida pela harmonia do meu coração. Procurando a mesma freqüência e sintonia: eu e a água.

Até mesmo com colegas, independente do sexo, não entro em disputa.
Mas, internamente me esforço bem mais quando percebo alguém na raia ao lado nadando o mesmo estilo.
É um pouco de combustível ao motorzinho aqui, uma espécie de incentivo particular.
Minha maneira individual de competir.

Mas, apesar de não ser de competir, carrego comigo o espírito das disputas nas raias.
É engraçado porque tenho muita disciplina nadando. Ao mesmo tempo, me cobro muito, testo meu limite, exigindo meu melhor, sempre.
Nos treinos e em casa, onde anoto meu desempenho todos os dias.
Analiso rendimento e estabeleço meta para o próximo dia.
Dessas coisas que um dia ainda farão minha razão se enlouquecer toda para conseguir responder.

Plurais e afins


Ah, os plurais! Gosto muito.
Nos enfrentam a ponto de roubar-nos de nós mesmos
Dialogam com o silêncio mais profundo que nos habita
E nos levam de encontro às lacunas até então inacessíveis ou imperceptíveis
Visíveis apenas aos conhecedores do nosso verdadeiro raio-X emocional
Os raros, mas que sempre nos reconhecem ímpares, a olho nu.
Com a alma exposta, em branco e preto, nada mais.
Plurais que captam nossa singularidade mais particular

E as músicas? Definitivamente, as amo.
Algumas de versos tristes, outras repletas de ilusões: as necessárias.
Muitas dão nó nos sentimentos, desenterram sonhos.
Tantas mais alimentam o nosso invadir dos contos de fadas
Libertam-nos para o instante, tais quais testamentos, confissões em noites de lua.
Feito longas tardes de domingo ou invernos rigorosos que custam a passar
E nos deparamos tolerantes até mesmo com aquilo que não enxergamos.
Mas, que por vezes, nos acompanham bem mais com sua ausência consentida,
Do que qualquer presença indiferente, distante.
Aos olhos das estrelas, envolvem-nos em seus poemas, suas letras e rimas.
Músicas que nos embriagam de poesia, magia, som e encantamento.

As palavras... Adoro-as.
Que nos cativam em textos recheados de vírgulas, reticências,
Crases e pontos – Finais ou não.
Com letras e frases em linhas tortas
Presentes na medida do possível, por vezes em tempo indefinido,
Ou tão somente nas páginas em branco de nossas vidas
Deixando-nos mais à vontade entre desconhecidos ou aos que apenas nos lêem.
Muitas vezes tornam-se desencontradas entre interpretações equivocadas
Mas, sempre prontas para serem decifradas, escritas uma vez mais, à mão.
Revelando em poucos traços tudo aquilo que nossa voz silencia
E nosso peito abafa nas entrelinhas das tantas coisas não ditas
Ou bem ditas, feito letras de Zeca Baleiro:

“Palavras e silêncios que jamais se encontrarão”

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Pra Você




Você nem quis ouvir o que eu sentia

E é por isso que não deu pra te esperar.
Você não entendeu o que eu queria
Era te levar daqui pra nunca mais
Ouvir dizer que eu não servia pra te fazer feliz.

Fiz esse reggae pra você
Pra nunca mais se esquecer
Que eu ainda tô aqui
E que não tem porque fugir
E quando ouvir cê vai saber
Que nada foi em vão,
Foi tudo por você
Deixa acontecer...

Fiz esse reggae pra você
Pra nunca mais se esquecer
Que eu ainda tô aqui
E que não tem porque fugir

E quando ouvir cê vai saber
Que nada foi em vão,
Foi tudo por você



Musiquinha delícia de uma banda que "garimpei" ao acaso dia desses: Onze 20.
Som bacana. Bem bom mesmo e dá uma sensação de paz muito grande também.
To gostando ;-)

Meg Ryan 🐈💓

“Há quem não mencione a palavra amor e fale sobre ele em cada gesto que diz” Falar algo diferente de AMOR INCONDICIONAL pela guriazi...