quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Terça-Feira Perfumada

Esta semana se tivesse de eleger um dia, aquele que tenha sido diferente, fora do normal, escolheria a terça.
De manhã, antes de sair de casa para o trabalho tive de correr dentro do condomínio atrás de minha cadela (Bebê) que resolveu brincar de esconder.
E o porteiro do condomínio devia estar se rindo por dentro da bonita aqui às voltas com a cadela que me fazia de boba o tempo todo.
Ali já se desenhava um dia fora do comum. Por conta disso me atrasei para ir ao trabalho e cheguei em cima da hora, esbaforida.
À tarde fui ao Sindicato homologar uma rescisão (o mesmo sindicato que já havia ido outra semana).
Após todo o processo da homologação e, antes de ir embora, agendei um retorno de rescisão de outra empresa para a semana seguinte. Foi quando quem me atendeu comentou sorrindo que meu perfume era muito bom. Eu, como uma pessoa educada, apenas agradeci, sem entrar em detalhes, pois já estava indo embora.
Eis que a pessoa, daquelas que te olha nos olhos o tempo todo, insiste em comentar sobre o tal perfume dizendo que na “semana anterior ele havia permanecido por lá a tarde toda após eu ter ido embora”.

Alôooouuu, como assim, cara pálida?

Como alguém poderia lembrar de um simples “cheiro de perfume” se por lá passa tanta gente diariamente e das mais diferentes “tribos”?
Enfim, dando um pouco de corda, aproveitei para perguntar se pelo menos era bom o perfume. Ouvindo sua resposta positiva, me despedi de todos da sala desejando um ótimo 2011 e, como retribuição, esta mesma pessoa se despediu dizendo: “espero que desta vez teu perfume fique até semana que vem. Feliz Ano Novo e até quarta que vem.”

Engraçado que neste mesmo dia (terça) à noite, eu tinha a despedida (extra-oficial) do Gux no Videokê e, durante a festa, ouvi de alguém também um comentário sobre o meu perfume. Perfume este que me acompanha há anos.
Este mesmo alguém (da noite) aproveitou não só para elogiar o perfume como também para dizer que havia algo em mim que mexia com seus sentidos, que lhe perturbava a mente desde o dia em que nos conhecemos (no inicio do ano), mas que, ao mesmo tempo também algo que nos afastava. Enfim, declarações de fim de noite de uma terça que já começou maluca.
A terça-feira foi realmente uma terça perfumada (risos).

Falando em perfume, lembro que semana passada quando ia encontrar o Gux no videokê, durante o caminho, o taxista comentou que além de muito bom, o perfume era perigoso.
Cada um com uma teoria diferente a respeito do mesmo perfume (risos).
Na época que nadava à noite também ouvia muitos comentários a respeito, sempre brincavam comigo dizendo que quando eu entrava na piscina a água ficava perfumada.
Detalhe: sempre coloquei o perfume ao sair de casa, pela manhã apenas.

Enfim, acho que meu perfume é bom!


Beijos a quem merece e que venha 2011!




"... ei, desliga não

Me deixa gastar mais o teu tempo

Me explica o que eu não entendo

Ei, volte aqui, aonde pensa que vai?

Logo agora que sentou à minha frente e

diz que o vento leva o meu cheiro até você..."


(Olhos de Escudo - Isabella Taviani)


A ti, com muito carinho!


Ontem (29/12) foi aniversário de uma de minhas melhores amigas.

Como ela está no Rio esta semana (vai passar lá o Réveillon com seu amor), enviei uma mensagem parabenizando-a e dizendo o quanto seu carinho e amizade são importantes para mim. Enfim.

Eis que ela respondeu agradecendo e dizendo que “eu era o presente dela este ano”.

Fácil compreender o que “nas entrelinhas” ela quis dizer com isso já que nos conhecemos há bastante tempo e nos entendemos “por música” (risos). E achei lindo!

2010 foi o ano em que nos reaproximamos. Estivemos (por culpa minha) bastante afastadas durante um longo período e sei que isso foi tão difícil pra mim quanto pra ela.

Por ciúmes de outra parte envolvida, acabei optando por me distanciar da melhor pessoa que conheci até hoje. Coisas que a gente com o tempo aprende.
Comentei tempos atrás com uma amiga sobre isso. De eu lamentar profundamente ter perdido boas coisas da vida dela durante este tempo em que estivemos com raro contato.

Coisas que não voltam, coisas que não presenciei e muitas outras que não participei também. Enfim, voltei!
Então um dia o amor acaba. E a Dada estava lá. Como sempre esteve: no mesmo lugar.
De braços abertos, com um imenso sorriso e a mesma doçura de sempre.
Por isso que a amo tão intensamente e sei que mesmo todo o tempo em que ficamos afastadas não foi suficiente para apagar o carinho, amor, amizade e respeito que temos uma pela outra.

Obrigada, amore!
Por tudo, por existir, por fazer parte de minha vida e por ser esta pessoa tão linda e de coração imenso!

Te amo infinito (até quando não percebo!)

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Semana do Natal



Semana em que meu mano carioca chega a Porto Alegre é uma função... rsrs
Amo muito tudo isso, mas ele chega aqui de “férias” e seus amigos não... No dia seguinte nós temos um longo e cansativo dia de trabalho, enquanto ele descansa. Enfim, mas vale tanto à pena, nossa! Sem noção!

Terça de videokê, quarta de videokê e na quinta a bonita aqui um feito um zumbi porque em nenhuma destas noites consegui sair antes das 4h do lugar onde estávamos. E olha que tentei me policiar para isso... Mas não deu.
Só quem estava lá tem a noção do quão difícil é conseguir a façanha de ir embora antes do bar fechar (risos).

A gente se diverte muito juntos e as horas voam. Agora lembrando o filme que assisti incontáveis vezes neste findi:
“Imagine aquela pessoa que você conhece e de cara sente que serão amigos. E que por alguma razão vocês simplesmente clicam.”
Isso é o que senti desde a primeira vez em relação ao Gux. É sem duvida, um dos caras mais especiais que conheci e que hoje é meu irmão carioca de alma e coração. Sinto muita falta quando vai de volta ao Rio, nos falamos por mensagens, por comentários em nossos blogs apenas. Por isso que quando ele está aqui é tudo tão intenso, tudo tão especial, tão mágico. E semana que vem (terça-feira) vamos nós de novo ao videokê, afinal é sua despedida de Poa.

A ele dedico um amor infinito! É quem respeito incondicionalmente seu jeito louco de ser e torço muito para que seja sempre feliz. Por isso não me importo de ter uma semana extremamente cansativa pelas noites mal dormidas, pois sei que é somente esta semana que tenho para desfrutar de sua companhia, de seu carinho, de sua maneira divertida de brincar com todo mundo. E vale tanto à pena. Ele me brinda as noites com seu afeto e seus sorrisos da estação das flores.

Meus outros irmãos (estes de sangue) que moram em Brasília também estão aqui na cidade esta semana de Natal e Ano Novo. Minha Gêmea com o namorido dela, além da noite de Natal na casa de Papi, nos encontramos também no tradicional almoço de família (paterna) pós Natal (excepcionalmente este ano não foi dia 25). E que junção. Umas trinta pessoas na sede do MP desde as 12h até umas 19h juntos. Muita diversão, brincadeiras e alegria geral na entrega dos amigos secretos. Churrasco, caipirinha, cerveja, bom reencontro com primos, primas, tios e agregados. Depois a tradicional e ESPETACULAR vasta mesa de sobremesas. A família formiga “Baldi” agradece (risos). Sem falar no futebolzinho do final da tarde.
O meu irmão mais velho encontrei na terça de videokê e na noite de Natal apenas, pois ele viajou no dia 25 mesmo.

Minha noite de Natal foi boa, apesar de Mami não estar presente conforme o combinado, (por seus motivos particulares que respeito, mas não entendo) e também bastante acolhedor.
Estávamos todos na casa de Papi: eu, mana, minha afilhada linda, três de meus quatro irmãos (o outro ligou de SC para desejar Feliz Natal), a dinda da minha gêmea, meus dois primos (filhos dela), o namorido de minha irmã com seus pais e sobrinho.

Segundo a minha afilhada e amor da minha vida, faltou apenas a árvore de Natal. Criança sempre repara e se importa muito com isso. Mas a verdade é que meu pai chegou de viagem na terça (foi ver o Inter no mundial) e, de fato, não teve tempo para se organizar para a noite do Natal, muito menos pensar em árvore, menos mal que ele tem uma irmã (a dinda da Neila) que se encarregou da maior parte.

Ficou tudo muito lindo mesmo, a janta perfeita, tudo organizado e a sobremesa (e sempre o ponto forte da família de formigas), simplesmente dos “deuses” (hehehe).

Enfim, apesar da chuvarada que aconteceu na noite, e do pessoal “deletado” resolver dar sinal de vida na noite de Natal, tudo foi maravilhoso, pelo menos no meu ponto de vista.

Papi e Tia Chica, Parabéns pela grande noite do Natal!
Família “Baldi” em geral, obrigada pelo lindo dia de confraternização e alegria na sede do MP.

Então após tudo isso (em ambos os dias de festas familiares), fui para casa dormir. Nada de noites de cantorias desta vez, nada de cidade baixa, apenas uma noite de calmaria como a de um rio que contempla o luar.

Imagine eu e você



Pensei que meu final de semana seria forte baseado na semana intensa que tive. Mas não, foi bem tranqüilo.
Natal em família, sem baladas.
Em casa apenas curtindo meus filhotes e assistindo incontáveis vezes o mesmo filme e que dá titulo a este post.

Já havia assistido outras tantas vezes este mesmo filme que, depois de Cidade dos Anjos, é um dos meus favoritos e, como o tenho gravado, me presenteei com um fim de semana ao som de The Turtles e sua belíssima “Happy Together” e na companhia das lindas atrizes Piper Perabo e Lena Headey.

Um filme envolvente, cativante, com uma linda trilha sonora e que trata, de uma maneira delicada e sutil, da descoberta de um novo tipo de amor. Sem falar de abordar o fato de se conhecer alguém que já tem outro alguém.
Realmente apaixonante, suave e emocionante.
Ironicamente o destino vindo dar seu palpite.
Este filme estava guardadinho e por alguma razão (na faxina que aconteceu no apto.) mexi nele e resolvi assisti-lo (várias vezes) novamente.
E, justamente com ele que me vieram lembranças e tantas coisas a mais ainda para pensar.

Esta semana mesmo conversei durante horas com um amigo sobre o que andava me acontecendo, do interesse que estava despertando novamente por uma pessoa comprometida (após um sonho louco que tive). Foi quando ele me perguntou:
"E esta pessoa demonstrou algum interesse?"
Respondi que não, que tudo o que tivemos foram
apenas conversas. Que às vezes mencionávamos algum assunto em que sua resposta parecia ter duplo sentido, e me dava a impressão de saber do meu interesse, mas logo tudo mudava e não passava disso.
Poderia ser apenas tudo fruto da minha imaginação fértil querendo que sua resposta fosse exatamente como eu desejava.
Também perguntou se eu havia dito à pessoa sobre o meu interesse e, tendo minha resposta negativa, me disse:
“Então jamais diga, baby. Apague qualquer tipo de entusiasmo, pois as coisas não são tão simples assim. Quando há outra pessoa envolvida, tudo muda.”

No filme uma das personagens menciona exatamente isto:
“Aceite o fato de que NÃO PODE ACONTECER e vá embora. Fique com alguém que está solteiro.”

Sei que no fundo é isso que tenho de fazer. Mas aí, algo me trava, há algo que me prende a esta pessoa, não nego, oro todas as noites para conseguir soltar-me, mas ouço músicas que parecem soar como sinais dizendo para eu não desistir, para eu insistir e me pego fechada em casa um final de semana inteiro, em vez de sair e conhecer outras pessoas.
Faço tudo diferente do que sei que deveria fazer. Meu foco foge do que realmente deveria importar.

Então aquela noite escura vira uma claridade infinita.
E tudo começa a despertar.
Vai-se embora aquele silêncio noturno que tanto me conforta e recomeça o turbilhão de pensamentos na minha cabeça.

E esqueço todos os conselhos do meu amigo.

Deveria existir uma tabela antipaixão como a que fizeram para os tabagistas ou algo que nos fizesse parar de sentir a liberdade de querer o que é proibido.

Se soubesse que há alguma possibilidade desta pessoa que está cada vez mais real na minha vida me enxergar, se me dissesse ou me desse alguma pista de que existe de sua parte algum tipo de interesse também, eu diria sem pensar duas vezes:
“Estarei te esperando, o tempo que for. Vários deles lírios para você!” (*)

Mas, como disse meu amigo, as coisas não são tão simples assim. E é verdade.

Por mais que fique viajando em sonhos com mais beijos daqueles que me incendiaram a alma, não tenho como invadir o espaço de alguém que já tem outro alguém.
Por mais que nesse momento não queira encontrar ninguém com igual encanto, nem com esse olhar que me abraça, sei que preciso te deixar no teu mundo.
Tenho de parar de escrever você.

Mas, se me disser em outro sonho “não me esqueça”, assim como no filme, te responderei “não vou me lembrar de outra coisa”.

(*) Segundo o filme em que há uma florista, e como tal, sabe sobre o significado das flores em geral, diz que Lírios significam “eu te desafio a me amar”.


“Haverá de acontecer
Um dia você vem de uma vez pra mim
Haverá de aparecer
A lua e estrelas enfeitando o céu...

... Haverá de acontecer
O amor mais lindo que já existiu
Haverá de aparecer
As flores mais bonitas que o mundo viu...”

(Hyldon – Acontecimento)

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

SONHOS

A noite passada tive um sonho interessante, intenso e, ao mesmo tempo, surpreendente.

Interessante, pois me transportou a um ambiente conhecido, com pessoas igualmente conhecidas, mas que não vejo há algum tempo. Com algumas sigo mantendo contato pela internet dia sim, dia não, mas, até o momento, nada além disso.


Intenso devido ao fato de parecer muito real, tão forte, tão presente que deu vontade de voltar a ele e descobrir o sentimento que ficou.

Um sentimento até então por mim sequer imaginado em relação a uma pessoa, em especial. Um alguém que conheci uns meses atrás e que se trocamos meia dúzia de palavras pessoalmente até hoje foi muito, mas que confesso, quando conheci me despertou enorme interesse.


E, por último, surpreendente, pois esta pessoa é comprometida desde bem antes de nos conhecermos. E este até foi o que me fez deixar adormecido qualquer tipo de esperança ou expectativa em relação a ela.
Mas, no sonho foi diferente. Apesar de, como de costume estar com a namorada junto, ficou o tempo todo perto de mim.

Mas, eis que no sonho, a surpresa maior mesmo ficou por conta do beijo proibido, escondido e igualmente desejado. E ele aconteceu durante a madrugada na festa em que estávamos. Aquele beijo sem pressa, delicado mas insano. O beijo que incendeia, que deixa as pernas trêmulas e faz o coração disparar.


Por alguns instantes éramos apenas nós aceitando a delícia do pecado no suave calor da tentação, sem pensar em nada e em mais ninguém.
Não me pergunte como tudo terminou porque (o maldito) despertador tocou antes do desfecho, mas, ainda posso sentir o gosto da sua boca em meus lábios. Quando fecho meus olhos, seu perfume ardente ainda me envolve e vejo seu olhar em fogo, aquele mesmo dos meus sonhos.


Tão louco isso. Senti numa simples noite de sonho algo que não lembro ainda ter sentido acordada e muito menos por alguém que mal conheço.

Acordei leve, sorrindo, suspirando e feliz, mas também perturbada.

Talvez o melhor beijo da minha vida tenha sido num sonho e agora fica perpetuando esta saudade de uns minutos, de alguns momentos em que eu estava dormindo. Engraçado, não?


O que são nossos sonhos, afinal? Nosso inconsciente brincando conosco ou querendo nos dizer algo? Ou seriam pequenos anjos de asas soltas levando nossos pensamentos para o silêncio noturno do nosso quarto?


Será que ando pensando tanto assim em você ultimamente? Poderíamos ter tido o mesmo sonho? Infinitos questionamentos que, certamente, levarei algum tempo ainda para obter as respostas mais sensatas.

Enquanto isso vou sozinha então pensando, a sonhar acordada, imaginando ter seu rosto novamente tão junto de mim, levando seus olhos e seu sorriso e torcendo que em uma noite sossegada consiga voltar ao mesmo sonho e aí possa te dizer baixinho: “oi, vim do seu coração só para te ver e te beijar”.


Quem sabe este sonho não se realiza um dia?

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Deletando

Nesta época, nada mais oportuno do que estabelecermos metas para o próximo ano. Mas isso eu deixarei para outro “post”, meus planos agora são a curto prazo mesmo ou “para ontem” como diriam muitos.


O titulo já diz tudo: estou “deletando”. Inicia o mês de dezembro e, com ele, termina o meu luto. Aquilo que não é correspondido estou jogando fora, dando adeus ao vírus de saudade, pois como canta Renata Arruda “lixo não é bom de se guardar”.

Para deixar bem claro, explico de antemão que estou deletando um sentimento e não uma pessoa. Um sentimento que nutro por uma pessoa e não a pessoa em si, que nada tem a ver com tudo o que sinto. Se vou conseguir, veremos mais adiante. Mas é preciso tentar, não é mesmo?

Nossos pensamentos sempre voltam para nós mesmos sob forma de sentimento, ou seja, se ficamos tristes é porque tivemos pensamentos tristes, negativos que ocuparam nossa mente. Então nada mais óbvio pensar em esquecer alguém, certo?

Comecei deletando o básico: o telefone da agenda de contatos para evitar que aquela ”força etílica” da madrugada nos faça cometer as insanidades de ligar ou enviar mensagens após as baladas, na eterna solidão da noite em que a saudade bate mais forte. Melhor se prevenir.

Já tentei, tempos atrás, sair sem celular para evitar estas loucuras, mas aí, sempre que retornava para casa me pegava fazendo as mesmas bobagens de olhar o celular procurando por alguma chamada ou uma mensagem qualquer e, na ânsia por noticias “embriagadas”, acabava esquecendo tudo o que havia prometido antes de sair.

Já experimentei não beber ao sair na noite e acabei por descobrir que saudade também dói quando estamos sóbrios. E pior, aí não podemos nem culpar o “álcool” pelas besteiras cometidas.

Então resolvi ser radical: a partir de hoje saio do luto. A partir de hoje me recuso a falar de amores terminados. Até sofrimento cansa. Me recuperarei da ausência que ficou em minha vida e irei em direção à próxima etapa: a cura.

Apagarei toda e qualquer recordação do passado dizendo “adeus” para então poder voltar para a vida de fato, para poder voltar a amar. Amar direito, afinal, a vida não pode ser apenas um hábito, já escreveu Katherine Mansfield.

Talvez ainda fique alguma cicatriz bem particular ao final de tudo isso, mas também, quem sabe, eu consiga “atravessar paredes” como receitou minha “musa” e, aprenda com isto, a tratar como prioridade quem realmente é importante e não quem me trata apenas como uma opção.

“Punto e Basta”: Simples assim.



“Ele está morto. Ela aos ais

Mas neste lúgubre assunto

Quem fica viúvo é o defunto

Porque esse não casa mais”

(Mário Quintana)

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Saudade

Assim como não se deve misturar bebidas, misturar pessoas também pode dar ressaca. Frase de minha musa Martha Medeiros em um dos seus livros que “devorei” em 24h semana passada. Fiquei com ela martelando na minha cabeça durante dias e percebi que preciso urgentemente descansar para poder me recompor, reorganizar o caos aqui de dentro, colocar para dormir minhas angústias e as dúvidas que me atormentam nos últimos dias.


Talvez tenha feito parte de uma “mistura de pessoas” na cabeça de alguém que parece estar até hoje de ressaca. O mesmo alguém que mudou minha vida inteira da noite pro dia (bem assim canta Exaltasamba na belíssima “Ta Vendo Aquela Lua”).

Difícil lidar com sentimentos. Fossem eles simples equações matemáticas e tudo ficaria bem mais fácil:
eu + você = felicidade.
Mas as coisas não são tão simples.

O que fazer com a saudade que dói? A saudade que aperta o peito, que não se sabe como deter, como desviar o pensamento na ânsia por noticias?
Saudade de alguém que surgiu do nada e que não tem a menor idéia da bagunça que causou sua passagem tão rápida e tão intensa.

Saudade de não saber mais nada a seu respeito, não ouvir mais sua voz, não sentir mais seu perfume.

O que fazer com os dias que parecem se arrastar de tão compridos e as noites que me embriagam os olhos?

Como arranjar compromissos para fingir que está tudo bem e que a vida continua igual?

Como esquecer num piscar de olhos toda a paz que se instalava aqui comigo quando nos víamos?

Como esquecer tuas manhas querendo atenção e mimos, como conter as lágrimas numa musica que me lembram seu sorriso?

Como não sentir saudade de ir dormir tarde e exausta de sono, mas com a leveza de quem esteve com anjos, no encanto permanente dos seus lindos olhos? Olhos estes que não esqueço nunca mais.

Tento compreender em voz alta esta tristeza que me impede de reagir, que me entorpece e me anestesia a alma, que me imobiliza diante do espelho, mas meu coração está tão destemperado emocionalmente que não aceita seu sumiço, não entende essa distancia que ficou.

Lembro uma entrevista do Fabrício Carpinejar dizendo que “as pessoas se distanciam para não se exporem. Mas se você quer viver de verdade não há como não se expor. Senão você estará sendo muito egoísta. É querer receber e não dar nada”.

Tudo bem, as lágrimas cessam um dia e essa dor irá embora também.

Então carrego tudo isso pro escuro do quarto e tento dormir.

Quem dera pudesse dormir até tudo isso passar.


"...Chove quando você some. Chove amor quando se esconde.
Chove só de te querer.Chove, chove em mim você..."
(Chove, chove - Jorge e Mateus)

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Carta de Despedida

Abaixo transcrevo na íntegra o e-mail que enviei a Amigos e Colegas de trabalho na noite de hoje.



“ESTAR VIVO É APRENDER COM O QUE FICOU PARA TRÁS E PLANEJAR O QUE VIRÁ. É TER SAUDADES E SONHOS”.

Amados, Amigos e Colegas...


Não é por indiferença ao carinho e respeito de vocês que optei por este e-mail, mas por mim mesma, para me resguardar, pois sou movida a sentimentos e todo e qualquer processo de despedida, para mim é muito doloroso e difícil.

Sempre me considerei melhor na escrita por este motivo, uma vez que as palavras ditas nos traem quando a voz embarga, não é mesmo? E aí aquele “nó” que fica na garganta nos fragiliza de tal maneira que as lágrimas tornam-se inevitáveis.

A grande vantagem de escrever o que gostaria de se conseguir dizer é que não há testemunhas para aquilo que momentaneamente nos encharca a alma.
Mas, chorar faz bem, não importa o álibi, é sempre a dor do crescimento.

Aos que, nestes pouco mais de sete meses de convivência e que, num raro estalo de sensibilidade puderam captar meus instantes, sabem do que me refiro.
E também aos que desde o inicio conseguiram me enxergar como uma “colega” e não (erroneamente) como uma “concorrente”, podem ter esta clara percepção e entendimento.
Aos que não se enquadram em nenhum dos dois casos acima, peço desculpas se não consegui corresponder às suas expectativas, talvez eu seja “bem mais que seus olhos puderam ver” e só posso lamentar já que até mesmo numa simples convivência é preciso haver troca, é uma via de mão dupla e tenho certeza de que de minha parte não faltou empenho.

Jamais tive a pretensão de agradar a todos afinal, até os mais céticos sabem que nem Jesus Cristo conseguiu tal feito, mas, na medida do possível, procurei me aproximar de cada um e acho que ao final das contas, consegui me dar bem com todos e conquistar grandes amigos, tando do DP quanto dos demais setores.
Levarei um pouco de cada um comigo, tenham certeza!

"Todas as pessoas que eu conheço cabem bem juntinhas na palma da mão. Pra você guardei um universo. Quando falta espaço eu faço verso e durmo na canção"
(Romance - Nei Lisboa)

Precisei ser extremamente racional para não voltar atrás e, confesso que, para um canceriano legítimo não dar uma olhadinha no passado é uma tarefa um tanto árdua e que, provavelmente me machucará mais tarde, quando de fato “cair a ficha” e a “pancada” for absorvida. Mas foi preciso. A vida é feita de escolhas.

Hoje me despeço de vocês, agradecendo imensamente aos que sempre me deram força e brindaram meus dias com sua alegria e carinho. Vou muito feliz sabendo que conheci pessoas maravilhosas que ficarão eternizadas no meu coração.

Se fosse apenas pelo ambiente de trabalho e as pessoas que ali estão, não hesitaria em recusar qualquer tipo de proposta, mas, infelizmente, todos vocês sabem que somente isto não resolve financeiramente nossa vida e tão pouco nos proporciona qualquer perspectiva de crescimento profissional.

É preciso “Mais”. É preciso mudança.

E sabemos que para que as coisas possam mudar há um longo e difícil caminho a ser percorrido e, infelizmente também, nem todo ser humano é suscetível às mudanças. Há um imenso abismo separando o ótimo ambiente de trabalho com o merecido reconhecimento dos profissionais que ali estão.

Enfim, C’est la vie! E a vida é a única coisa que a gente tem.

Por fim, deixo um trecho do Livro “Cartas Extraviadas e Outros Poemas” de  Martha Medeiros:

“Mas peço: lembre de mim como alguém que alcançou a mesma medida do seu sentimento, a mesma profundidade das suas dúvidas, o mesmo embaraço diante da novidade, o mesmo cansaço da luta, a mesma saudade”.



terça-feira, 8 de junho de 2010

Zé Povinho & Cia.

De vez em quando sinto a necessidade de ficar um pouco invisível e inalcançável aos olhos dos outros. É quando escrevo. Escrevo para aliviar a mente e o coração e geralmente relembrando fatos, situações do cotidiano, de algo que vivenciei, gostei ou simplesmente me decepcionei profundamente.
Como canta Ana Carolina em sua belíssima Pra rua me levar - "...momentos que são meus e que não abro mão".

Momentos estes em que uma certa ventania lá fora começa a me perturbar por dentro também. A rotina da gente compromete muito um julgamento perfeito das coisas, por vezes nossos olhos se embaçam e precisamos usar os olhos dos outros para poder valorizar o que é nosso. E geralmente crescemos com tudo isso. Reorganizamos o caos do nosso coração simplesmente escrevendo, colocando para fora tudo o que nos sufoca e que por vezes nos entristece por dentro. Faz parte do aprendizado.

As palavras nos salvam, nos libertam, nos aliviam a alma mas também nos deixam vulneráveis.

Desde março deste ano convivo diariamente com muitas pessoas. Diferentes personalidades misturadas num mesmo ambiente. Algumas geniais desde o primeiro olhar, outras nem tanto, dotadas de uma boa dose de individualidade, um preconceito absurdo na mente e muito mais preocupadas com a vida alheia do que com qualquer outra coisa, outras enxergando apenas seu próprio umbigo. Eis o "zé povinho" dando o ar da sua graça em Canoas também.

Mas aprendi a lidar com isso e não é de hoje, faz muito tempo. Dentro de um ambiente repleto de temperamentos diversos, nada mais natural do que haver um contínuo frescobol de palavras, uma grande diversidade de pensamentos e opiniões. Mas me acostumei a enfrentar um dia de cada vez. Mesmo diante das dificuldades sorrir.

Com o tempo tive de aprender a ser mais seletiva com as pessoas. Converso, brinco com muitos mas raros são os que permito compartilhar de minha vida por completo. As pessoas te julgam apenas olhando o teu rosto e, sem trocar uma única palavra presumem que já sabem tudo ao teu respeito. Por isso me resguardo e, como bom canceriano, me protejo e me defendo do "zé povinho" da vida.

Dedico meu carinho e amizade aos que merecem.

Tudo o que a gente diz numa mesa de bar acaba ganhando status de depoimento e, dependendo de quem estiver por perto, um dia tudo o que for dito, poderá se voltar contra nós. É por estas e outras que cuido tudo o que falo, não conto detalhes, tão pouco satisfaço a curiosidade alheia. Não por medo ou por ter algum segredo proibido mas por saber que a imaginação dos outros já é difamatória que chegue.

Christiane Torloni (minha eterna ídola) certa vez comentou em uma entrevista que as pessoas na verdade não se chocam com o que elas vêem e sim com o que elas imaginam ver. E é bem por aí.

Por isso algumas verdades a gente até deixa sair, outras a gente aprisiona. 
É claro que às vezes temos de ter a sensibilidade para perceber que para algumas pessoas é preciso dar pistas sobre nós mesmos para que tenham a oportunidade de nos observar, nos conhecer melhor pois não há como esperar que eles leiam nossos pensamentos. A vida não vem com instruções sobre o modo de usar, é preciso saber viver, ou como cantam os Titãs "saber viver" e saber viver a nossa vida e não a dos outros.

domingo, 18 de abril de 2010

Ciclos

Na vida estamos sempre em constante mudança. Abrindo e fechando ciclos. Sejam eles no âmbito profissional ou afetivo.

Vamos crescendo, amadurecendo e aprendendo com nossos erros.

Em cada término de relação há aprendizados que levamos para o futuro. Às vezes conseguimos também levar conosco o carinho e amizade já que passamos tanto tempo com uma pessoa, mas nem sempre isto é possível. Toda relação é feita a dois e quando uma das duas partes desiste de tudo fica realmente difícil.

Desde março deste ano estou mais tranqüila no que diz respeito a assuntos do coração. Nada como o tempo. Não que ele cure alguma coisa, mas, certamente ele nos faz mudar de foco. Nos faz tirar aquilo que machuca do centro das atenções.

Acredito que minhas feridas aos poucos estão cicatrizando e muito em breve estarei pronta para uma nova paixão.

De outubro passado pra cá ainda mantinha esperança da gente se entender novamente. Entretanto com o passar do tempo passei a ver coisas que me perturbavam ate então com outros olhos. Digamos que com olhos um pouco menos apaixonados, mais racionais.

Confesso que muita coisa me surpreendeu, outras me decepcionaram profundamente, mas superei. Passei por momentos difíceis, precisei muito da minha “concha”, típico esconderijo de um canceriano nato, e me fechei para olhar pra dentro. Para juntar forças e me levantar novamente. “Só os fortes sobrevivem” já dizia uma amiga de longa data a quem eu sempre respondia “naquele estadinho, mas sobrevivem”. Pura verdade. Eu sobrevivi.

Hoje me sinto sã, curada.

Aprendi muita coisa de outubro pra cá, mudei muito também. Mas, não endureci meu coração. Talvez esse seja um dos motivos de levar mais tempo para aceitar certas coisas, entender realmente. Hoje, por tudo que passei, por tudo que fiz para tentar consertar as coisas e a gente voltar, sei que não tem mais volta. Pra mim não tem mais volta. Por tudo que descobri, por nossa sintonia ter se perdido no tempo, por suas mudanças de comportamento, suas atitudes e falta de respeito não só comigo, mas com a gente, aprendi a duras penas, mas aprendi que não há como apagar tudo isso e recomeçar do zero.

Amanhã ou depois talvez você se dê conta de tudo o que jogou fora sem olhar para trás. Talvez se arrependa de ter contribuido imensamente para que nossa amizade partisse junto com teu amor, o que foi uma pena mas enfim, não posso pensar e agir por ti. Cada um sabe o que quer da vida e tem de assumir sua parcela de culpa e se responsabilizar por suas atitudes.

Tentei até onde pude. Hoje estou fechando mais um ciclo.

“com os pés enterrados na lama busquei claridade na escuridão. Fiz o meu coração em pedaços, colei os meus cacos e me sinto são”.

(Antonio Villeroy - Da Laia do Lama)

Carta à amiga

Minha grande amiga,

sofri muito com essa dor que hoje permanece em teu peito.
Por diversas vezes meus olhos derramaram grossas lagrimas com lembranças de todos os acontecimentos que desabaram sobre tua cabeça nestes últimos tempos. Nessas horas a gente percebe que nossos problemas são infinitamente pequenos diante do turbilhão de coisas a nossa volta, diante da imensidão de sofrimento que hoje te machucam. Me senti minúscula, impotente.

Queria poder te dar um colo, te abraçar, chorar contigo, mas entendo e respeito este teu momento de reclusão, este teu momento de calar-se, de ficar apenas com tua família.

Sei que não está sendo nada fácil para todos, assim como sei que esta dor, infelizmente, te acompanhará para o resto da vida. Houve hora e data das perdas e elas te farão sempre carregar esta tristeza para onde for. Com o tempo diminuirão as angústias e tudo virará uma saudade imensa, mas não passará, ficará sempre na lembrança.

Uma triste lembrança, mas também aquela que te fortalecerá daqui a algum tempo, que te fará poder ver com outros olhos o que hoje deixa a mim e a todos que te cercam a sensação de uma imensa injustiça, aquele vazio de destruição de um grande sonho de construção de uma família.

Precisei de um tempo para conseguir pensar sobre tudo, digerir tudo o que aconteceu e, confesso que me questionei infinitamente e por dias fiquei com muita raiva pelo acontecido.

Não consigo sentir com exatidão tudo o que passa neste momento em tua vida, por vezes me coloquei no teu lugar e desmoronei, apenas posso imaginar este momento extremamente difícil, delicado e complicado para todos da tua família.

Queria poder ficar mais perto de ti, mas sei que esse momento é totalmente teu, do teu marido, teus pais e irmãos. E nada do que eu diga hoje diminuirá teu sofrimento.

Tão difícil escrever o que to sentindo sobre tudo isso.

Tão difícil encontrar palavras para te confortar e que ao mesmo tempo não te machuquem ainda mais.

Hoje mais do que nunca queria que o tempo passasse num piscar de olhos para que tudo o que te faz chorar suma da noite para o dia. Bom seria se tudo o que nos machuca pudesse desaparecer sempre que acordássemos. Mas infelizmente não dá.

Só posso deixar meu imenso carinho para ti e toda tua família e o desejo de que tudo isso passe o mais breve possível. E que não esqueça que estou aqui para te ajudar, quando quiser e a qualquer hora. Fique bem!

Grande beijo,

Com carinho...

Nádia

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Vá, meu amor!

Vá meu amor, vá.
Vá redescobrir teu mundo, conhecer novas pessoas, abrir teu coração para novos amores
Vá sem medo, sem pressa
Estarei aqui sentindo o vento me acariciar o rosto
E cicatrizando as feridas da minha alma

Vá meu amor, vá.
Não posso te prender, tão pouco influenciar nas tuas escolhas
Mas posso te ouvir, rir contigo das tuas aventuras e teus impulsos por vezes infantis
E quando meus olhos estiverem embaçados e o peito já não agüentar mais,
No escuro e em segredo chorarei baixinho mais tarde

Vá meu amor, vá.
Vá cultivar outros jardins, plantar outras rosas e voltar a ser feliz
Vá sem receio, sem vergonha
Estarei perto em pensamento e ainda assim, te protegendo em silêncio
E libertando meu coração da tristeza de te ver partindo

Vá meu amor, vá.
Vá buscar tua felicidade em outros braços, beijar outras bocas e desfrutar do desejo por outros corpos
Vá sem pressão, sem cobranças
Estarei sorrindo de saudades contidas, mas crescendo em liberdade e aprendizado

Vá meu amor, vá.
Vá a encontros, troque mensagens ao telefone e, se quiser me conte tudo quando voltar da noite
Vá sem culpa, mas sem comparar meus beijos, meus carinhos e meu amor com o de ninguém
Estarei te esperando para ouvir tuas aventuras
E talvez o abandono que senti já tenha passado

Vá meu amor, vá.
Vá curtir teu momento de solteirice, brincar de jogos de sedução, fingir que não liga para nada, fazer de conta que nada tem batendo neste peito
Também farei de conta que nada sei de ti
Pense que também não me importo e curta teu estado de graça
De repente meu coração entra em férias

Vá meu amor, vá.
Quero que sejas feliz, ainda que tua felicidade não esteja mais ao meu lado
Tua amizade e cumplicidade me revigoram e me fortalecem
Mas vá sem loucuras, sem retroceder no tempo
E tente não machucar outro coração e nem se machucar também

Vá meu amor, vá.
Mas não demore muito a descobrir o que desejas realmente
Poderá ser muito tarde para arrependimentos e para recuperar o tempo perdido
Talvez me encontre começando a aproveitar a vida, abrindo a guarda para um novo amor
E talvez não esteja mais aqui a te esperar

Olhando para trás

Meu grande amigo e irmão, Gu entrou na brincadeira e adorei!
Descobri que foi um amigo de Lian (amiga do Gu) que propôs e resolvi tentar também... acho que olhei muito para trás (risos).


A Regra é re-lembrar momentos. Que tal? Bora tentar??

1 semana atrás (fevereiro de 2010): Indo para Capão da Canoa desopilar a mente e passar o Carnaval com minha mãe, Bebê, minha afilhada linda e Kaká. Conversas definitivas e proveitosas. Muitos pingos nos “is”. Aniversário de 8 anos do amor da minha vida!

1 mês atrás (janeiro de 2010): Ano Novo e ainda na procura por emprego novo também. Re-organizando o caos do meu coração. Aceitando mais as coisas, tentando ser mais flexível. Reavivando e reatando laços antigos de amizades.

2 meses atrás (dezembro de 2009): Fechamento da Pet. Recomeço profissional. Despedida difícil de um sonho antigo ou como diria minha gêmea, apenas “um sonho adiado”. Pode ser, mas toda despedida é dolorosa. 70 anos do Papi numa linda e emocionante festa no E.C. Campo Branco. Flamengo Campeão Brasileiro e festa Tricolor em Porto Alegre. Aniversário da Dada num reencontro meu com a noite, com pessoas muito especiais e também com a turma do “Zé povinho”. De volta à ativa, aos textos, reativação de blog e sites de relacionamentos.

4 meses atrás (outubro de 2009): Surpresa pelo término de relacionamento. Avalanche de emoções, peito apertado e em frangalhos. Tristeza e vazio imenso no coração. A parte que fica é também a que mais sofre. Solidão, ausência e saudades de muita gente.

11 meses atrás (março de 2009): Surgimento da mais nova integrante da família: Bebê. Uma vira-lata que foi abandonada e por ironia do destino, acabou virando mascote da Pet. Adaptação difícil com os gatos lá de casa. Muita ciumeira... (risos)

1 ano e 5 meses atrás (setembro de 2008): Encontrado local para montagem da Pet. Início de um sonho antigo e muito trabalho também. Muitas expectativas, confiança e determinação. Felicidade plena. Sensação indescritível.

1 ano e 9 meses atrás (maio de 2008): Fim de um ciclo. Despedida do escritório. Mudança profissional após 13 anos e 7 meses. Novos rumos, novos projetos. Fim da pressão. Inicio do descanso. Um misto de felicidade e liberdade!

2 anos e 3 meses atrás (novembro de 2007): Acidente grave na estrada Capão/Santa Terezinha (felizmente apenas danos materiais). Perda Total no carro. Maior valorização da vida, reflexões e questionamentos no lado profissional. Amadurecimento de decisões.

2 anos e 8 meses atrás (junho de 2007): Rompimento definitivo de uma amizade de mais de 10 anos. Decepção profissional e afetiva. Inicio de uma época de pressão e turbulência no trabalho. Excesso de trabalho, pouco descanso, questionamentos infinitos e sensibilidade emocional à flor da pele.

4 anos e 1 mês atrás (janeiro de 2006): Aumento da família. Adoção de Meg Ryan e Brad Pitt. Dois lindos gatinhos de 3 meses de vida para companhia de Tom Cruise. Ciumeira do Thomas (até então filho único). Uns dez dias de adaptação e tudo em paz! Alegria geral!

5 anos e 1 mês atrás (janeiro de 2005): Mudança de rotina. Companheirismo diário e adoção do primeiro filho, Tom Cruise. Gatinho lindo de 3 meses de idade. Paparicos e mimos diversos. Alegria plena no apartamento.

5 anos e 3 meses atrás (novembro de 2004): Numa noite despretensiosa conheci a pessoa que mudaria minha vida. Pela primeira vez sentia o gosto de ser amada. Mimos, carinhos e ponto final na história dos “olhos de Lua”. Descoberta do amor perfeito!

7 anos e 3 meses atrás (novembro de 2002): Em mais uma noite de cantorias em videokê no Trivial, conheci aquela que passaria a ser meu porto seguro, meus pés no chão, minha irmã de alma e coração. Responsável direta por algumas grandes mudanças em minha vida.

8 anos atrás (fevereiro de 2002): Nascimento do meu pequeno tesouro, “a menina dos meus olhos”, amor da minha vida! Aquela que me fez descobrir o significado do “amor incondicional” e a delícia e felicidade da palavra “dinda”.

8 anos e 10 meses atrás (abril de 2001): Surgimento de uma turma muito especial e importante na minha vida. Amigos adoráveis, muitas festas, praia e diversão todos juntos. Descoberta de sentimentos puros e confusos. Uma família unida, a família Trivial.

9 anos e 1 mês atrás (Janeiro de 2001): Formatura na Faculdade. Fim de uma época de muitas descobertas afetivas. Laços de amizades profundos, fim das cantorias e das bebedeiras até 1h da madrugada no bar do Mazza.

13 anos e 11 meses (marco de 1996): Início da era PUCRS. Meia dúzia de grandes e inesquecíveis amigos surgindo.

19 anos e um mês atrás (janeiro de 1991): Melhor presente de aniversário de 15 anos. Viagem a Curitiba, São Paulo e Rio de Janeiro com direito ao Rock in Rio II. Shows inesquecíveis e emocionantes!

Agora é a sua vez!!

Érica

Minha pequena que hoje completa oito anos de idade. Ah, meu “xuxu” é tão bom saber que você faz parte da minha vida. E pensar que antes de seu nascimento, tinha tão pouca paciência com criança, com suas manhas, excesso de mimos e choros por vezes irritantes.


Hoje me vejo sem pressa, sem preguiça ou impaciência quando estou ao teu lado. Com você eu tenho a certeza de que existe alguém que é muito especial, que me fez descobrir e conhecer profundamente o amor incondicional. Aquele que nos faz realmente sentir as saudades que apertam o peito. Nos fazem contar os segundos para poder dar um abraço de “urso”, um beijo que voa com o vento e afaga o coração.

Ah, minha “menina dos olhos”, quero muito sempre estar ao teu lado. Te dar todo o carinho que precisar todo o colo que quiser e todo o amor do mundo que eu puder!

Adoro estar contigo, te ajudar nos teus deveres da escola, te ver feliz ao me ver chegar...

Quero tirar incontáveis fotos da minha “peruazinha isibida”, demorar para descer do carro só para poder te ver ir na porta me receber eufórica.

Vamos pintar muitos livrinhos de historias, livrinhos de caça palavras, jogar general, brincar com dezenas de “barbies”, jogos de memória, montar castelos, andar de balanço e escorregador...

Que seu aniversário tenha sido especial e do jeito que imaginou minha linda pequena! Que todos seus sonhos se realizem, e eu faça parte sempre deles!

Te amo, meu “xuxu”!

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Os Indiferentes


Como todo canceriano, meu planeta é a Lua. E ela me dá as emoções como energia vital. Tenho sensibilidade por vezes à flor da pele. Vivo em função de carinho e atenção. Acredito em tudo e em todos e por isso sofro decepções durante a vida e me magôo com muita facilidade. Mas alterno um temperamento amável e carinhoso com crises de raiva e mau humor. Por isso escrevo. Escrevo tudo o que me incomoda, o que me angustia, o que me emociona e o que me faz feliz também. Coisas do passado, da época atual ou algo que gostaria que acontecesse mais pra frente.


Encontrei um texto guardado que me fez lembrar de uma época onde os ideais políticos faziam alguma diferença, tempo em que uma militância apaixonada ganhava eleição, onde a utopia se fazia possível. Sinto falta deste tempo. Década de 90. Tempo de mais sonhos, mais lutas e mais esperanças.

Agora já passam das 3h e entre um gole e outro de café, escrevo.

Reli o texto e percebi que continuo concordando com tudo. Anos se passaram, outros fatos surgiram e ainda assim as idéias se encaixam perfeitamente.

Era uma época ingênua, pelo menos para mim. Tempos de descobertas afetivas, envolvimentos mais profundos e de sentimentos mais confusos também. A amizade desabrochava de uma maneira intensa e prometia ser duradoura.

Ainda mantenho esse carinho e lealdade com aqueles que me são especiais e verdadeiros. Amigos que sei que posso contar a qualquer hora e em qualquer tempo. E também aqueles que não se mostraram indiferentes. Eis um trecho do texto que me referi no início, de Antônio Gramsci: Os indiferentes.

“Como Friedrich Hebbel, acredito que viver significa tomar partido”...


“...Indiferença é abulia, parasitismo, covardia, não é vida. Por isso odeio os indiferentes.”

Sofri uma enorme decepção em 2007. Algo que quase me custou o emprego de mais de dez anos. Meu fiel escudeiro (J) e melhor amigo desde aqueles tempos da “utopia” que mencionei sofreu um sério acidente de carro. Ele trabalhava comigo desde 2005. Época em que precisei de um “braço direito” no trabalho e não hesitei em apostar em sua capacidade e confiança.

Era o cara certo, inteligente, prestativo, dedicado e além de tudo, meu grande amigo, meu confidente. Alguém que conhecia há anos e por quem colocaria minha mão no fogo se precisasse. Me queimei.

Ele fraturou o fêmur no acidente e ficaria um bom tempo de “molho” em casa. Então com ele se recuperando, começou a aparecer toda a sujeira que escondia debaixo do tapete. E foi uma atrás da outra, um verdadeiro bombardeio, multas por atraso de documentação, parcelamentos feitos às escuras, entre outras coisas. Enfim, um rombo de mais de R$ 30.000,00.

Errei em não questionar e supervisionar seu trabalho de perto. Era minha responsabilidade. Mas errei mais por confiar em alguém que mentia até mesmo diante do espelho. Um covarde que não tinha respeito por mim tão pouco responsabilidade com o seu trabalho.

Durante meses a fio trabalhei mais de 17h por dia, inclusive sábados, domingos e feriados para poder consertar os erros e tentar segurar os clientes conosco. E com a ajuda dos demais colegas de trabalho, consegui amenizar os estragos. Foi quando a minha ficha caiu. Havia trabalhado sob intensa pressão durante tanto tempo que não tinha me permitido sentir o que ele também havia destruído em mim.

Meu coração surtou e chorei. Um imenso vazio tomou conta do meu peito. Infinitos questionamentos rondavam minha mente. E só me perguntava por quê? Por que ele havia feito isso comigo? Teria sido proposital? Caso pensado pra me ferrar? Por quê? Eu era sua melhor amiga, sabia dos seus segredos mais íntimos, por que ser sacana comigo? E me torturei com estas e outras perguntas durante dias.

Foi quando um amigo (A) me chamou para conversar e disse olhando bem no fundo dos meus olhos: “Ele não tem caráter. Se fez isso com a melhor amiga, acha mesmo que foi sem querer? Que a resposta é apenas “eu sou assim” e pronto? Ele mente para ele mesmo todos os dias, mente para a namorada o tempo todo, por que não mentiria para ti que deu total liberdade e carta branca para ele no trabalho? Ele usou e abusou da tua confiança, acredite. De bobo e inocente ele não teve nada”.

Desmoronei. Ali me dava conta de que havia perdido também o meu melhor amigo. E que ele havia me traído. As coisas foram ficando mais claras para mim e aos poucos fui assimilando tudo. Era o fim de uma amizade de mais de uma década e com ela a certeza de que não tinha sido capaz de perceber durante todo esse tempo o verdadeiro caráter do cara. Nunca mais nos vimos, sequer nos falamos. Nem quero.

Nossa turma dos “podres” daquela época também sofreu as conseqüências, afinal nós dois éramos a ponte de encontro de todos. Dos nossos amigos em comum, apenas 4 tomaram partido: (A, C, D e K). Outros que souberam do acontecido, preferiram fazer a política da boa vizinhança. Sem se comprometer, não comentaram nada, não manifestaram opinião ou não quiseram entrar em detalhes. Ignoraram pois não era com eles. Muitos permanecem amigos de ambos, como se nada tivesse acontecido. Ficaram alheios a tudo. Indiferentes.

Confesso que essa “não atitude” de alguns me machucou profundamente. Foi um balde de água fria para mim. Especialmente de 3 dos nossos amigos em comum: (G, G e R). Um misto de surpresa e decepção. Esperava e contava bem mais com eles.

Mas a gente tem de aprender a não criar expectativas em função de atitudes dos outros. Não podemos esperar que eles pensem e ajam como nós. As pessoas são diferentes e os valores de cada uma também.

Se para mim lealdade e caráter são fundamentais não posso exigir que os outros pensem da mesma forma. Para eles talvez importe bem mais a parceria de jogos, bares e fubangagem, a sinuca regada a muita cerveja e diversão do que a certeza de poder contar com alguém de verdade, sem ser apunhalado pelas costas como eu fui. E quase todos souberam.

Por isso hoje meus grandes e fiéis amigos cabem numa palma da mão. São poucos, raros, especiais mas acima de tudo, leais e verdadeiros. Chega de tanta ingenuidade e de achar que todo mundo é sempre inocente até se provar o contrário. Hoje sou gato escaldado, para merecer minha amizade e confiança tem de fazer por onde. Me fazer acreditar que vale a pena. Me fechei na minha concha e para ser convidado é preciso lutar para conquistar a senha.

“...Odeio os indiferentes também porque me provocam tédio as suas lamúrias de eternos inocentes...


... Sinto que posso ser inexorável, que não devo desperdiçar a minha compaixão, que não posso repartir com eles as minhas lágrimas...


... Vivo, sou militante por isso odeio quem não toma partido. Odeio os indiferentes”.


(Antônio Gramsci – La Città Futura – 11.02.1917)

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

2010 Um ano Feminino


O ano de 2010 começou com a natureza impondo suas insatisfações. Durante muito tempo o homem vem desrespeitando-a sob todos os aspectos. Desde construções inadequadas, até o simples ato de jogar um papel de bala pelo vidro do carro em direção às ruas, enfim impondo suas regras sem se importar com as conseqüências. E um dia isso traria resultados significativos.

Assisti a uma entrevista com um climatologista a respeito disso. Ele explicou que desde muito tempo o clima é o mesmo, sem grandes modificações, o que anda mudando ultimamente é a ação do homem. É o homem que vem há tempos estabelecendo uma invasão à natureza e agora apenas vem colhendo os frutos, recebendo a reação ao seu ato.

A quantidade de chuvas é praticamente a mesma de anos atrás o que acontece agora é que elas acontecem inevitavelmente com deslizamentos de terras e enchentes, pois o homem invadiu um espaço que não era seu e a natureza o quer de volta, o ser humano sujou tanto sua cidade que os bueiros e ralos já não dão mais conta e também manifestam sua ira devolvendo todo o lixo à população.

Eis então 2010 iniciando com uma imposição feminina, a da Natureza.

Li no blog de uma amiga sobre 2010 ser o ano feminino e das águas doces e concordo. Para quem quiser dar uma conferida a respeito, segue o link abaixo.

http://santatese.blogspot.com/2010/01/entra-2010-das-aguas-doces-e-o-feminino.html

Então baseado nisto, fiz uma relação das nossas próximas mudanças ou simples substituições para 2010.

• Em vez do tradicional AMOR, buscaremos felicidade na ingenuidade de uma PAIXÃO;

• Com o AFETO e o tradicional CARINHO haverá troca pela suavidade da DOÇURA e a delicadeza da TERNURA;

• Para cada ROMANCE, muita SEDUÇÃO;

• Em vez de SEXO, a plena SATISFAÇÃO da PELE;

• No PRAZER, muita TENTAÇÃO e CURTIÇÃO;

• E o ARREPIO de DESEJO será nossa REAÇÃO À VONTADE;

• No CORAÇÃO somente EMOÇÕES;

• Com um BEIJO, INTIMIDADE e APROXIMAÇÃO;

• O ATREVIMENTO será apenas AUDÁCIA, uma singela OUSADIA;

• O ENCANTO será CONTEMPLAÇÃO;

• Substituiremos o ABRAÇO pela CARÍCIA como demonstração da amizade;

• O AMANHECER dará lugar à MADRUGADA;

• O SOL será menos importante que a claridade da LUA;

• Para DIAS de AZAR, mais NOITES de SORTE;

• Para cada ARGUMENTO haverá uma plausível EXPLICAÇÃO;

• Em vez de QUESTIONAMENTOS, apenas PERGUNTAS e RESPOSTAS;

• Bem menos ADÃO, muito mais EVA;

• No REFLEXO diante do espelho, teremos a IMAGEM pura e simples;

• Em RETRATOS, belas FOTOGRAFIAS;

• Os ANOS se transformarão em EXPERIÊNCIA;

• Para RECADOS e AVISOS, usaremos FRASES;

• Em vez do AROMA, teremos a ESSÊNCIA;

• Todo e qualquer SENTIMENTO se transformará em DEVOÇÃO À BELEZA, à PUREZA de SENSAÇÕES;

• O SILÊNCIO nos brindará com a mais serena SOLIDÃO;

• O SONO nos trará INSÔNIA ou TRANQUILIDADE;

• Se houver SOFRIMENTO, teremos COMPANHIA;

• Para qualquer CONSOLO, SOLIDARIEDADE;

• O CHORO será LÁGRIMA;

• Para o DESENHO, muita COR;

• Onde houver DISFARCE, que tenhamos a VISIBILIDADE;

• Ao que for INVISÍVEL mais PERCEPÇÃO;

• Para cada ERRO, haverá uma nova TENTATIVA, outra CHANCE;

• No profundo ARREPENDIMENTO, sempre surgirá uma grande COMPREENSÃO, uma dose de COMPAIXÃO;

• Em vez de PERDÃO, PIEDADE e MISERICÓRDIA;

• Onde houver CANSAÇO, que tenhamos mais PERSERVERANÇA;

• Para todos os FATOS, a VERDADE;

• Para um bom DESCANSO, PREGUIÇA e MEDITAÇÃO;

• Em cada MISTÉRIO, uma DESCOBERTA;

• Para o que envolve SEGREDOS, mais CUMPLICIDADE;

• Se houver CIÚME, que apareça a CONFIANÇA;

• Em todo COMPROMISSO, FIDELIDADE e LEALDADE;

• Em vez de CUIDADO, RESPONSABILIDADE e ATENÇÃO;

• Menos GESTOS e mais ATITUDES;

• Nada de DISCURSOS, muito mais PRÁTICA;

• Para o INÍCIO ou RECOMEÇO, muita CORAGEM, HUMILDADE e CONVICÇÃO;

• Para que haja o SURGIMENTO, belas CRIAÇÕES;

• Em vez de PROBLEMAS, buscaremos SOLUÇÕES;

• Para obter CONHECIMENTO, muita SABEDORIA e CRIATIVIDADE;

• Para o CAOS, RECONSTRUÇÃO;

• No APRENDIZADO, INFORMAÇÃO;

• No ABISMO, menos ESCURIDÃO e IDÉIAS CONFUSAS;

• Que em todo CRIME, haja CONFISSÃO, SENTENÇA e PUNIÇÃO;

• Em vez de INDÍCIOS, mais PROVAS;

• No ABANDONO mais DOAÇÃO e DEDICAÇÃO;

• Ao ABSURDO, que haja MANIFESTAÇÃO;

• Em vez de ATAQUE, DEFESA e PROTEÇÃO;

• Em CONGESTIONAMENTOS, muita ESPERA e PACIÊNCIA;

• Para um melhor ENSINO, mais EDUCAÇÃO;

• Em vez de FRACASSO, mais VITÓRIAS;

• Contra o DESRESPEITO, REAÇÃO;

• Para o ESQUECIMENTO, LEMBRANÇAS;

• Para um bom EMPREGO, muita PERSISTÊNCIA;

• Para todo EGOÍSMO, mais GENTILEZA;

• Para dias de muito CALOR, uma boa dose de UMIDADE;

• Que no ESPORTE haja mais HARMONIA;

• Que os ESFORÇOS sejam recompensados por toda DEDICAÇÃO e BRAVURA;

• Para o que é OPOSTO que haja TOLERÂNCIA;

• Menos INVERNO rigoroso, VERÃO intenso e muito mais PRIMAVERA florida;

• O PRECONCEITO será VIOLÊNCIA À HUMANIDADE;

• Nossos PLANOS serão METAS DE CONQUISTA;

• Para o LAZER, muita DANÇA, BRINCADEIRA e DIVERSÃO;

• Em JULGAMENTOS que haja CONSCIÊNCIA e JUSTIÇA;

• Para o LIXO mandaremos toda CORRUPÇÃO, HIPOCRISIA E INVEJA;

• Que o MAR nos brinde com belas ONDAS e saúda IEMANJÁ;

• Para todo o MAL, que haja SALVAÇÃO;

• Em vez de SEGUNDOS e MINUTOS, mais HORAS;

• Para os SONHOS, muita INSPIRAÇÃO;

• Do SARCARMO nos defenderemos com nossa INTELIGÊNCIA;

• O SURTO nos levará à LOUCURA e o SOSSEGO à CALMARIA;

• O VENTO no ROSTO nos acariciará a FACE com uma BRISA;

• O VIRTUAL nos levará à REALIDADE;

• O SORRISO nos dará ALEGRIA e nosso RISO será uma eterna GARGALHADA;

• O SUSPIRO marcará nossa TIMIDEZ;

• Correremos menos RISCOS em busca de mais AVENTURAS e ADRENALINA;

• Para todo VÍCIO, a CURA;

• Onde houver VAZIO, traremos a MULTIDÃO e;

• Para o RESTO, DOR e SAUDADE.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Dada


Já passava das 4h de 30/12/2009 quando coloquei os pés de volta em casa. Confesso que relutei muito em sair, não ando muito animada para reencontros, tão pouco para responder certas perguntas inevitáveis do tipo: como você está? Parece simples, mas, no momento para mim não está sendo tão fácil responder a esta pergunta sem que meus olhos queiram falar por mim.
Então coloquei na balança o motivo que me levaria a enfrentar esses receios e o fato de ser para comemorar o aniversário da Dada fez meu peito receber uma grande injeção de ânimo. Já era longo o tempo em que não nos víamos e a saudade era imensa também, afinal nos últimos meses, apenas mensagens de celular nos davam noticias uma da outra. Foi aí que sem titubear, em menos de meia hora já estava pronta, de banho tomado e na rua. Freud explica? Quem sabe? “... hoje só tua presença vai me deixar feliz, só hoje...”

E foi uma noite muito divertida e especial. Fazia muito tempo que não me sentia atraída pelas noitadas de muita música e alegria.
Claro que houve momentos em que me senti um pouco distante, com o pensamento vagando em lembranças que não voltam mais, mas na maioria do tempo consegui esquecer as tristezas.

Reencontrei pessoas queridas que não via há muito tempo, outras nem tanto, me atualizei das noticias do pessoal, me surpreendi com algumas novidades, mas acho que de um modo geral me saí bem.

Ainda não me sinto plenamente confortável na noite. Não sou a melhor companhia de ninguém no atual momento, pois ando muito frágil emocionalmente e sei que na noite ninguém está afim de lamentações.

Inevitável em determinados momentos não sentir os olhos marejarem vendo uma cena bonita, tendo uma bela musica como pano de fundo que fazem transportar nosso coração para outro lugar. Isso faz parte do processo de estancar tudo o que ainda machuca. Só o tempo apagará aos poucos essas lembranças que deixaram saudades.

Mas onde consegui, segurei a onda. Deixei as tristezas e a dor que ainda existe do outro lado da porta, o lado de fora. Sei a força que fiz para tudo parecer tranqüilo, afinal era uma noite de alegria.

Era a noite de brindar a felicidade de uma pessoa mais que especial para mim. Alguém que conheci em novembro de 2002 e desde lá se tornou o meu “porto seguro”. Uma das pessoas que escolhi nesta vida para ser minha irmã.

Uma capricorniana danada. Seu nome? Adriana, mas conhecida pelo apelido carinhoso de “Dada”.

Ao lado da Dada me sinto plenamente feliz, pois ela transborda carisma e alegria. Impossível imaginar ela triste. Quase impossível ficar triste ao seu lado.

O carinho e o cuidado com que trata cada amigo seu é também o que a torna tão importante para cada um.

Acho que não conheço ninguém que não goste dela. Que não simpatize logo ao vê-la cantando e brincando num videokê. É simplesmente única. É amiga, leal, parceira, inteligente e muito especial.

Nem vou comentar sobre sua beleza senão vira covardia. Mas, sem duvida tem os olhos mais doces que já vi.

Dada, minha grande amiga, minha irmã, tudo de bom sempre. Cada vez mais me convenço de que já nos encontramos em outras vidas também, só não sei se tinha algum videokê por perto (risos).

Linda sei que nos ausentamos uma da outra, por vezes nossos caminhos se distanciaram e nos fizeram sentir saudades infinitas, mas entendo que essa distância não afetou nosso carinho, tão pouco apagou nossa amizade e que quando nos reencontramos tudo fica muito perfeito! Muitos podem não nos compreender, mas nós nos entendemos por música muito bem e é isso que importa.

Um brinde à nossa eterna sintonia.

Espero que tenha curtido teu aniversário e que cada um de nós que estivemos presentes brindando este dia contigo, tenhamos conseguido retribuir pelo menos um pouquinho de todo o carinho e felicidade que tua amizade representa.

É uma pessoa mais que especial e que eu amo muito, “até quando não percebo”!

Felicidades mil pra você, amore!

Meg Ryan 🐈💓

“Há quem não mencione a palavra amor e fale sobre ele em cada gesto que diz” Falar algo diferente de AMOR INCONDICIONAL pela guriazi...