sábado, 26 de fevereiro de 2011

Canhotos


O Grêmio estreou semana passada na Libertadores aplicando 3 x 0 no tal Oriente Petroleiro.

É bem verdade que passou um pouco de trabalho no primeiro tempo e, se não contasse com uma ajudinha do juiz, talvez o segundo tempo também fosse bastante desgastante.

Lembrei este caso do time do Grêmio especificamente, pois me chamou a atenção um detalhe deste jogo:

Todos os três gols foram marcados de pé esquerdo.

Todos feitos por canhotos.

Inclusive as jogadas que originaram dois dos gols foram feitas todas elas pelo lado esquerdo do campo, o outro foi de pênalti, mas, igualmente de perna esquerda.

Mas este post não é sobre futebol. Foi apenas uma observação que fiz.

Tirando o fato de que o coração da gente fica do lado esquerdo do peito, do resto, tudo gira sempre em torno do lado direito, dos destros.

Eu sou canhota, de escrita, de respiração na natação e de escovar os dentes apenas.
Do resto, faço tudo também com a direita, em jogo de futebol opto sempre ficar do lado direito da quadra e chutar a bola, preferencialmente também com a perna direita, ou na simples localização dos talheres na hora da comida, nada de atravessar garfo ou faca.

Tudo “normal”, como consideram muitos, pois os “diferentes” são os canhotos. Ou os “atravessados”, não é verdade?

Talvez por ter uma irmã gêmea, tenhamos nos dividido nisso também, já que ela é destra de escrita, mas em todo o resto é canhota.
Se fosse louca por violão, por exemplo, teria de inverter as cordas para poder tocar.

Quem é canhoto sabe do que me refiro. Deste tipo de dificuldade em determinadas situações.

Lembro que na faculdade precisava quase implorar por uma “cadeira para canhoto” naqueles “horríveis” assentos com escora que eles chamavam de classe (as típicas de cursinho pré-vestibular).
E, na maioria das vezes tinha de me adaptar para escrever naquela que estivesse disponível mesmo, até porque 99,9% deste tipo de classe são para destros, ou seja, para a maioria.

Mas, em 1991, quando fazia estágio na Procergs, em uma tarde que fomos dispensados por ameaça de bomba e tal, lembro de ter ido para casa e, assistindo a um programa apresentado pela Leda Nagle (que é canhota) neste dia, acabei descobrindo algo muito interessante:

Os canhotos têm a facilidade de escrever espelhado, ou seja, de trás para frente.

A explicação dada no programa era que no dia a dia, todo canhoto de escrita tem certa dificuldade para escrever, pois a mão, inevitavelmente fica um pouco presa ao papel como se estivesse “borrando” o que escrevemos e o destro não. Tudo o que ele escreve no papel é fácil, pois a mão “desliza” pelo mesmo. E, desta forma, escrevendo ao contrário, o canhoto passaria a ter a facilidade de deslizar a mão pelo papel.

Então, curiosa como sou, resolvi experimentar tal maneira de escrever “espelhado”.

No inicio, confesso, foi bem difícil, pois sempre escrevi em letra de forma e é mais complicado, mas, com o tempo, consegui escrever de forma cursiva e, pasmem, ficou lindo!

Hoje em dia acho maravilhoso escrever de trás para frente para depois se olhar diante do espelho e perceber que o texto ficou perfeito ou quase perfeito.

E quando trabalhava em Canoas, tinha o hábito de deixar “bilhetinhos” escritos desta forma aos meus colegas “Vips” da Mais. Era uma maneira de estar junto sem pesar com a presença.

Inclusive, em minha despedida de lá (que também já escrevi sobre isso), deixei vários destes bilhetinhos espalhados pelos teclados dos colegas com um bichinho de pelúcia antes que eles chegassem ao trabalho para que mesmo indo embora, eles sempre lembrassem de mim.
Estaria perto, ainda que a quilômetros de distância.

Enfim algo que canhoto leva vantagem não?

Tá, tudo bem... Ainda não descobri qual a real importância desta vantagem, mas, pelo menos alguma coisa a gente sabe fazer melhor, não? rsrs

Vários deles beijos!

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Sempre quis um amor

Sempre quis um amor que me entendesse nas entrelinhas 
e que não me cobrasse explicações pelos olhares dos outros. 

Sempre quis um amor saudável, 
sem neuras e ciúmes e que respeitasse meu silencio sem me julgar por isso mais tarde.

Sempre quis um amor que pressentisse quando não estou bem 
e, sem dizer nada, apenas me envolvesse num carinhoso abraço. 

Sempre quis um amor que me conhecesse 
muito além das coisas que digo e que me captasse no olhar, por vezes de desamparo. 

Sempre quis um amor dos pequenos gestos, do simples toque que arrepia a alma, 
do olho no olho que hipnotiza. 

Sempre quis um amor que me fizesse atravessar paredes,
assumindo a todos o que verdadeiramente sinto e que não me calasse quando eu chorasse.

Sempre quis um amor muito além de lindos olhos verdes e de sorriso fácil, 
um amor de fazer doer o fundo do peito. 

Sempre quis um amor que se encaixasse nas músicas que ouço 
e nas outras tantas que finjo cantar, que se fizesse realidade além dos meus sonhos. 

Sempre quis um amor que aturasse meus desafinos de videokê 
e, ainda assim, estivesse ao meu lado sem intimidar o meu riso. 

Sempre quis um amor como inspiração para as noites de lindas tempestades 
e fizesse meu coração se curvar em reverência. 

Sempre quis um amor que sentisse saudade, 
que me fizesse sentir insônia só admirando o seu adormecer. 

Sempre quis um amor que compartilhasse comigo os gostos e desejos 
e que coubesse nos poemas que imagino fazer. 

Sempre quis um amor que gostasse de mimos, 
mas também que arrancasse meus sorrisos mais sinceros. 

Sempre quis um amor que me queimasse o peito no primeiro olhar, 
daqueles que não passam todo dia na janela de casa. 

Sempre quis um amor carinhoso, gentil e doce nas palavras 
e que fizessem trêmulas minhas pernas com um simples beijo. 

Sempre quis um amor que me despisse com um olhar 
e que não tivesse medo de correr riscos. 

Sempre quis um amor cúmplice das carícias, do romantismo 
e que coubesse na minha paz e desassossego. 

Sempre quis um amor de sorrisos, de sonhos, de contos de fadas, 
de um tempo indefinido que leva minha alma para sorrir. 

Sempre quis um amor que me encorajasse a lutar 
e que dividisse comigo as glórias das conquistas. 

Sempre quis um amor que me ajudasse a suportar certas despedidas 
e também nos dias em que meus olhos estiverem brilhando menos. 
Daquele amor que simplesmente fica. 

Sempre quis um amor de alma e de calma, 
que me despertasse encantamento todos os dias. 

Sempre quis um amor maiúsculo de sentimentos, sem medo, 
observador dos detalhes, mas puro e atento à simplicidade dos bons momentos. 

Sempre quis um amor feliz ao meu lado. Sempre quis o seu amor, apenas isso.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

"Até Breve"


Todo dia é quase sempre tudo igual.

Por vezes há apenas a mudança do visual da manhã.
Em algumas um lindo sol ilumina o trajeto até a parada do ônibus.
Outras vezes um tempo mais fechado e cinza ou uma leve garoa camuflam a tristeza vinda dos céus.
Levanto de segunda à sexta às 06h45min, após três vezes o despertador tentar em vão me tirar da cama. É que tenho uma relação tão boa e tão perfeita com a minha cama que necessito sempre deste período de preguiça, de 15 em 15 minutinhos para acordar de fato.

Então vou para o banho, me arrumo e levo Bebê para passear. Na volta dou comida aos filhotes, bebo um copo de água bem gelada e saio de casa rumo ao trabalho. Não consigo comer nada de manhã senão enjôo no ônibus. Desde pequena que tenho dessas “frescuras”. A mesma coisa é tentar ler com carro ou ônibus em movimento, não consigo, fico tonta.

Por volta das 07h30min, de fone no ouvido em alguma rádio de esportes ou naquela que aprendi a gostar em Canoas, desço a avenida de nome de cidade, passo pelos meus vizinhos silenciosos e vou em direção às costas do Monumental aguardando a chegada do “T” que me leva ao destino final na Carlos Gomes.

Chego à Assessoria por volta das 8h, bebo um copo de água bem gelada e sirvo meu combustível matinal essencial: uma xícara de café preto. A partir daí sim, estou apta a começar a trabalhar de fato.

Aí visto o meu melhor sorriso e saúdo a todos os colegas do DP com o tradicional “bom dia, comunidade”. Alguns minutos depois, minha fiel escudeira Dani, passa na sala para desejar “bom dia”.

Entretanto a partir do próximo dia 21 não será mais tudo exatamente igual.

Dani está indo embora e se despede de nós da Assessoria nesta sexta, onde faremos um Happy todos juntos na saída do trabalho.
Por uma melhoria no lado profissional, optou por traçar novo rumo em outro escritório, agora no centro.

Perderei minha alma gêmea futebolística, aquela que divide comigo os intervalos do almoço, que me faz rir, que me alegra constantemente com seu “festival de bobagens por minuto” que sempre brinco.
Que me faz feliz quando tudo parece tão massacrante e pesado, que atura meus dias de cão, minhas piadas sem graça e também minhas inúmeras bobagens.

Não mais terei a companhia diária de alguém para falar sobre Renato, sobre o Grêmio.
Não haverão mais as saídas direto do trabalho para o Olímpico assistir aos jogos juntas.

Sei que manteremos contato, talvez diários ainda (por e-mail ou telefone), mas ficará também certo vazio aqui dentro da minha conchinha.
Sempre fui de me apegar demais às pessoas e quando elas partem, também sinto imensamente.

Como já escrevi anteriormente, sou do signo dos exageros, dos excessos.

Quando cheguei à Assessoria e nos conhecemos bastou apenas um “clic” para nos entendermos.
De cara, como quem canta a mesma música, como carne e unha, como Paulo Nunes e Jardel.
Sintonia perfeita, amizade instantânea.

Sei que combinaremos de assistir juntas aos jogos, como de costume. Assim como nos encontraremos no Olímpico também. O contato não perderemos, mas sentirei imensa saudade.

Sentirei muita falta daquela pessoinha especial e brincalhona que coloria ainda mais os meus dias.

Toda despedida é difícil, ainda que saibamos que é apenas um "até breve", um "até já".
Ainda assim é dolorido e desgastante. Requer que busquemos uma dose extra de força dentro da gente.

Infelizmente nem tudo é como a gente sonha ou deseja. Cada um escreve seu próprio destino e, se for para ser feliz, que Dani encontre seu melhor caminho. Estarei em pensamento torcendo muito para que tudo dê certo e que nossa amizade não se perca pelo caminho.

Mas tudo ficará diferente a partir de segunda. :(

Vários...

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Quem Sou Eu?


Tem um texto ótimo da minha "musa" Martha Medeiros que fala sobre nós, aquilo que fazemos e gostamos. E seu início é assim:

"Quem sou eu?? Quando não temos nada de prático nos atazanando a vida, a preocupação passa a ser existencial. Pouco importa de onde viemos e para onde vamos, mas quem somos é crucial descobrir.

A gente é o que a gente gosta. A gente é nossa comida preferida, os filmes que a gente curte, os amigos que escolhemos, as roupas que a gente veste, a estação do ano preferida, nosso esporte, as cidades que nos encantam. Você não está fazendo nada agora? Eu idem. Vamos listar quem a gente é: você daí e eu daqui".


Então...
aproveitando a dica resolvi arriscar e escrever daqui também:

Sou Grêmio Futebol Portoalegrense mesmo que a bola não entre, mesmo que a voz embargue, mesmo que as lágrimas rolem.
Grêmio SEMPRE: No peito e na alma, no grito e nas palmas.

Sou música 24h por dia. Sou videokê sempre que posso.

Sou sorvete de baunilha em qualquer estação.
Baunilha em essência, em creme ou perfume aguçam e desnorteiam meu olfato.
Vodka Absolut Vanilla é o melhor do paladar.

Sou mais Outono e Primavera do que Verão e Inverno.

Mas tenho meus dias de serra e seus pães, queijos e vinhos.

Sou o sol que arde, a imensidão do mar e as tempestades que fascinam.

Sou mais noite que dia. Sou lua, madrugada e boemia.

Sou incondicionalmente meus pais, minha afilhada e meus sobrinhos.

Sou 100% meu irmão de peixes, meus filhotes e sua parceria de sempre.

Sou natação e futebol para recarregar a bateria e desopilar a mente.

Sou o dormir com barulho da chuva. Sou acordar bem tarde no fim de semana.

Não sou pizza e de pouca lazanha mas sou calzone e muita massa.

Sou panqueca e brócolis em qualquer hora.

Sou bolo de cenoura com cobertura de chocolate.

Sou Chocolate branco, preto ou meio amargo.

Sou panelinha de limão, BIS de limão e suco de abacaxi com hortelã.

Nunca fui de leite mas meu combustível matinal é o café preto (sem açúcar!).

Sou muita água e quase nada de refrigerante. Ainda assim, mais coca-cola que pepsi.
Sou chá sem açúcar.

Sou cerveja e caipirinha.

Sou churrasco, pão com alho mas também um simples "salchipão".

Sou bric da redenção aos domingos, bom chimarrão e por do sol do guaíba.

Sou andar de bicicleta na Usina do Gasômetro.

Não sou passas, amendoim ou castanha. Também não sou fio de ovos nem frutas cristalizadas e nozes somente na massa ao pesto. Côco nem pensar!

Sou muito doce de figo, doce de pêssego e morango com chantili. Nada de sagu ou arroz de leite.

Sou camarão na moranga, pasta de berijela feita por papi.

Sou comida Japonesa, por vezes Chinesa mas Italiana, sempre.

Sou absinto, vodka e martini mas nada de campari.

Sou mais frango que carne e nunca fígado ou moela.

Sou whisky puro ou com energético.

Sou meus amigos pra vida toda. Sou gentileza, carinhos e mimos. Sou o abraço apertado, o beijo roubado, o sorriso iluminado.

Sou mais sonho que realidade, mais emoção do que razão.

Sou a saudade de minha dinda e da vovó Sebastiana.

Sou esmalte fraquinho ou forte e pouca pintura. Sou bem mais cara lavada.

Sou mais Lírios do que rosas.

Sou Xuxa e Renato Aragão sempre! Sou Laura Cardoso e Elias Gleiser.

Sou café do lago com Claus e Vanessa.

Sou carinho, amor e poesia. Sou livros, teatro e literatura.

Sou o frio na barriga da montanha-russa.

Sou jeans e camiseta. Sou banho gelado em dia muito quente.

Sou Martha Medeiros, Claudia Tajes e Letícia Wierzchowski. Sou Pablo Neruda, Cecília Meireles e Clarice Lispector. Drummond e Quintana. Manoel de Barros e Leminski.

Sou 100% Christiane Torloni, Catherine Zeta-Jones, Tom Cruise e Jayme Periard.
Também sou Meg Ryan, Tom Hanks e Nicolas Cage.

Sempre fui mais Cazuza que Renato Russo e sua Legião Urbana. Muito mais Nenhum de Nós a Engenheiros do Havaí. Nunca fui Fresno, NX Zero ou Reação em Cadeia.

Nunca fui Guga mas sempre fui Nadal e Ayrton Senna.

Sou eternamente Pato Fu, Kid Abelha e LS Jack. Sou O Teatro Mágico, Nei Lisboa e Pitty.

Tenho um pouco de Zeca Baleiro, Charlie Brown Jr. e Marcelo Jeneci.

Sou Sinéad O’Connor, The Corrs, The Cramberries, The Eurythmics, The Pretenders, Roxette, Cyndi Lauper, Madonna, Cher, Shakira e Anastácia.

Sou mais RPM que Capital Inicial. Sou Joanna, Fábio Jr., Osvaldo Montenegro e Roupa Nova.

Nunca fui Elis Regina tão pouco Maria Rita. Sempre fui muito Marisa Monte e Renata Arruda. Já fui mais Ana Carolina, hoje sou mais Fernanda Takai.

Sou os bons tempos de Rita Lee e Lulu Santos.

Nunca fui Caetano ou Chico Buarque, sempre fui Djavan e Guilherme Arantes.

Sou o bom samba, pagode e sertanejo universitário. Pouco rock e mais pop. Jamais funk, hip hop ou rap.

Sou rádio Itapema, mas também 104.

Sou um pouco Jorge e Mateus.

Sou a voz de veludo de Belo e Camila Morgado.

Sou azul preto e branco mas também um pouco arco íris.

Sou Santa Rita e Iemanjá.

Sou Porto Alegre, Rio Grande do Sul e Brasil. Sou um pouco Pelotas e também Canoas.

Já fui mais Seleção Brasileira de futebol, hoje sou mais Argentina e Portuguesa.

Sou rádio gaúcha nos jogos.

Sou Olímpico lotado, sou avalanche, sou futebol. Sou Danrlei, Dinho e Jardel.

Sou 100% Renato Portalupi e André Lima.

Sou programa de esportes, mas também filmes.

Não sou novela, nem Big Brother Brasil.

Sou cinema, música ao vivo e sair pra dançar.

Sou ombro, carinho mas também sou colo e atenção.

Sou sensibilidade e emoção à flor da pele.

Sou mais da escrita do que das palavras.

Enfim...

Sou Nádia, Nadine, Nadinha, Nadica, Xuxu, Patinhas, Podrinha, Nadiolina, Neneca, e o que você quiser!
Vários deles beijos!

Bem Vinda!


E então você chegou feito um furacão, a 220 km por hora, causando uma bagunça imensa por onde passasse.

Chegou chegando.
Tomando conta e alegrando aquela que estava tão quietinha, tão desanimada, se sentindo tão sozinha e com falta de carinho e atenção.

E tinha tudo para não dar certo: desde a diferença de idade ao seu jeito tão mais infantil e impetuoso.

Mas, no entanto tudo se modificou com a sua presença.
Em questão de minutos, numa simples troca de olhar e tudo se transformou.

Numa brincadeira despretensiosa de quem queria tanto agradar, você conquistou o coração e conseguiu despertar a atenção daquela que parecia tão triste.

E vocês não se desgrudariam mais.
Foi a química perfeita, amor à primeira mordida.

Então...
Seja muito bem vinda, PITTY. Aquela que fez “Bebê” voltar a sorrir!

E eu que agüente as correrias das duas pela cama e minhas “havaianas” destruídas rsrsrs

Agora somos seis: Eu, Tom, Meg, Brad, Bebê e Pitty.



"O que está fora
De seu lugar
Que você venha pra modificar"

(Sorte e Azar - Pato Fu)

Ausência de Sons


Talvez este tenha sido o maior tempo de ausência de postagens desde que retornei a escrever.

Não me faltam textos, me faltam inspiração e vontade de escrever sobre outros assuntos.
Às vezes me falta aquele tempo para organizar as idéias que se embaralham na cabeça.
Em outros momentos um simples abrir da janela do quarto para sentir o carinho da lua me faz despertar o cansaço e, como quem se sente abraçada pela noite, nada escrevo nada faço, nada penso, apenas adormeço contemplando o céu estrelado.

Tenho o hábito de escrever ouvindo música. Trabalho ouvindo música também.
Talvez porque não goste do silêncio em si, aquele sem ninguém por perto, sem barulho algum. Ele me parece um tanto triste e melancólico.
O que não quer dizer que não curta a solidão. Muito pelo contrário, adoro!
Por vezes necessito ficar só, apenas refletindo, no escuro do quarto, mas ainda assim, com alguma música de fundo.

Acredito que também seja por isso que prefira temporal e tempestades a uma simples garoa.
São mais fascinantes em tudo. Desde o som misterioso e encantador ao visual único e espetacular nos céus.

Já diria minha "musa" Martha Medeiros: "onde faz barulho é onde fica o coração."
E nada mais natural do que a natureza também poder demonstrar ter um coração pulsando forte.

Então acredito que nos últimos tempos tenha me faltado na verdade a música, o som, um barulho mais forte aqui dentro do peito, que me alegra, me inspira e me carrega pela mão.

Talvez tenha ficado muito tempo sem aquele barulhinho bom que liberta a alma e recarrega as energias. Tempo demais em “off”.

Foi preciso uma “intimação” num sábado à noite durante um show para me dar conta do quanto à música se faz presente em minha vida e o quanto ela, de alguma maneira, influencia diretamente em meus textos.

Um brinde aos sons da vida da gente e que nunca falte o “barulho” por onde quer que a gente passe.


"Olha como a chuva cai
E molha a folha aqui na telha
Faz um som assim
Um barulhinho bom

Faz um som assim
Um barulhinho bom

Água nova
Vida veio ver-te
Voa passarinho
No teu canto canta
Antiga cantiga

No teu canto canta
antiga cantiga "

(Chuva no Brejo - Marisa Monte)




Meg Ryan 🐈💓

“Há quem não mencione a palavra amor e fale sobre ele em cada gesto que diz” Falar algo diferente de AMOR INCONDICIONAL pela guriazi...