segunda-feira, 30 de abril de 2018

HÁ UM POEMA EM CADA AMIGO

Há um poema em cada amigo
custa descobri-lo
precisa tempo, distância
comunhão, exílio

A magia custa a florir
como os versos simples

O inesquecível está na mão
mas o braço
é um longo caminho
entre a ponta de um dedo
e o coração


Nei Duclós
(Do livro Outubro, 1975)


A um grande amigo que há 5 anos partiu sem o meu consentimento e faz uma baita falta aos que por aqui ficaram. Que continue a brilhar e colorir o mundo no outro plano. Daqui ficam saudades eternas e o desejo de que estejas feliz e em paz. 
Te amo, Mi! 💙

🎶Brilha onde estiver
Faz da lágrima sangue
Que nos deixa de pé 🎶
#60meses

segunda-feira, 23 de abril de 2018

Fique com alguém que te ame

Quando a gente quer muito uma pessoa, a gente se engana. A gente tenta encaixar aquele outro ser humano em posições que nunca foram dele. A gente clama ao universo para um sim em algo que já começou destinado ao não. A gente quer, e a gente bate o pé e faz pirraça feito criança para conseguir. Mas um dia a gente percebe que amor tem que ser uma via de mão dupla. Amor tem que ser fácil, tem que ser bom, tem que ser complemento, tem que ser ajuda. Amor que é luta é ego. Amor que rebaixa é dor. E então a gente aprende que amor que não é amor, não encaixa, não orna, não serve. É perda de tempo.

Fique com alguém que não tenha conversa mole. Que não te enrole. Que não tenha meias palavras. Que não dê desculpas. Que não bote barreiras no que deveria ser fácil e simples. Fique com alguém que saiba o que quer e que queira agora.

Fique com alguém que te assuma. Que ande com orgulho ao seu lado. Que te apresente aos pais, aos amigos, ao chefe, ao faxineiro da firma. Alguém que segure a sua mão andando na rua. Que não tenha medo de te olhar apaixonadamente na frente dos outros. Fique com alguém que não se importe com os outros.

Fique com alguém que não deixe existir zonas nebulosas. Que te dê mais certezas do que perguntas. Que apresente soluções antes mesmo dos questionamentos aparecerem. Fique com alguém que te seja a solução dos problemas e não a causa.

Fique com alguém que não tenha assuntos mal resolvidos. Que saiba que para ser feliz, tem que deixar o passado passar. Fique com alguém que só tenha interesse no futuro e que queira esse futuro com você. Só com você.

Fique com quem que te faça rir. Alguém que te mostre que a vida pode ser leve mesmo em momentos duros, complicados, dificeir e seja o seu refúgio em dias caóticos. Fique com alguém que quando te abraça, o resto do mundo não importa mais.

Fique com alguém que te transborde. Que te faça sentir que você vai explodir de tanto amor. Que te faça sentir a pessoa mais especial do universo. Fique com alguém que dê sentido a todos os clichês apaixonados.

Fique com alguém que faça planos. Que veja um futuro ao seu lado. Que te carregue para onde for. Que planeje com você um casamento na praia, uma casa no campo e um labrador no quintal. Fique com alguém que apesar de saber que consegue viver sem você, escolhe viver com você.

Fique com alguém que não se esconda. Que não te esconda. Que cada palavra seja direta e clara. Que não dê brechas para o mal entendido. Que faça o que fala e fale o que faça. Fique com alguém cujas palavras complementam suas ações.

Fique com alguém que te admire. Que te impulsione pra frente. Que te apoie quando ninguém mais acreditar em você. Que te ajude a transformar sonhos em realidade. Fique com alguém que acredite que você é capaz de tudo aquilo que você queira.

Fique com alguém que você não precise convencer de que você vale a pena. Que não tenha dúvidas. Fique com alguém que te olhe da cabeça aos pés e saiba, sem hesitar, que é você e só você. E só você.

Fique com alguém que te faça olhar para trás e agradecer por não ter dado certo com ninguém antes. Fique com alguém que faça não existir mais ninguém depois.

Fique com alguém que te ame. Pra valer.

Marina Barbieri



sexta-feira, 20 de abril de 2018

Um ano de saudades 🐈💜


Meu príncipe há um ano se tornou uma estrelinha e abrilhanta o céu com sua meiguice. Hoje será um dia longo, mas passa. Assim como todos os outros 364 passaram.
Neste 20 de abril, quero recordar com doçura e delicadeza o que foi sua presença em minha vida. Do olhar apaixonado e tão carregado de devoção admirando meu andar pelo apartamento.
Pela lembrança da ternura que refletiam aqueles olhos de pura poesia. Pedacinho tão meu repleto de amor desde o primeiro instante. 

Sempre fui dos extremos, e aquilo que de melhor sei fazer é sentir. E sinto muito. Muito amor e também muita saudade.  
As lágrimas deste momento já não doem, falar sobre este dia também não. Pelo contrário, elas ajudam a irrigar esta alma que se contrai, que silencia quando me emociono profundamente. E hoje não haveria de ser diferente.
Como sabiamente escreveu minha musa, Martha Medeiros: “chorar faz bem, não importa o álibi. É sempre a dor do crescimento”.
E é bem por aí.  Escrever me ajuda muito neste sentido também.

12 anos atrás recebia por e-mail fotos de duas fêmeas. E eu que tanto queria uma gatinha amarela para fazer companhia ao meu Tom Cruise, não hesitei e fui vê-las.
Chegando lá, percebi que a fêmea toda amarela, bem do jeitinho que sonhava, na verdade era um machinho. Tão bebezinhos e tão fofos. Os dois sempre agarradinhos, um protegendo o outro.
Me recusei em ser a responsável por separá-los e, sendo assim, levei os dois filhotinhos para casa.
E desse jeitinho permaneceram ao lado do Tom (pintura linda da sua mãe), juntinhos: a Meg Ryan (meu eterno “bebeím”) e o Brad Pitt (meu príncipe dos olhos amorosos). 

Hoje são saudades de sorrisos que carrego dentro do peito. São lágrimas de alegria que escorrem dos olhos, pela doce felicidade que sinto ao lembrar do presente maravilhoso que foi tê-lo tão junto ao meu coração. Quem tem gato entende muito bem sobre o que falo. Da gratidão imensa pela benção que é poder desfrutar de todo este amor. Amor desmedido, gigante, maiúsculo e que não espera nada em troca.

Por vezes infinitamente maior do que todo o carinho que recebe de volta. Temos tanto ainda a aprender com eles, seres tão indefesos e genuínos, mas carregados de lealdade e afeto.
São iluminados por natureza e dotados de uma generosidade sem limites. Nos mostram com a sensibilidade de um simples olhar, toda beleza e verdade presentes na confiança, no companheirismo. Aqueles que jamais nos maltratam ou abandonam apesar de serem os irracionais (?) da história toda, não é mesmo?

Meu anjo de quatro patas que adorava deitar aos meus pés. Meu alemão do miado estranho e ronronar exageradamente forte, da barriga mais delicada e gostosa de se acarinhar, quantas saudades!
Nos nossos  momentos mais frágeis e nublados, sua força em permanecer conosco me fazia acreditar ainda mais no encantamento e brilho deste serzinho tão lindo.
Sua coragem me abraçou e me amparou em todas as curvas, nas tantas madrugadas sem dormir direito durante aqueles meses tão difíceis.

Mesmo nas despedidas, a gente sempre aprende. Ainda que a dor nos confunda um bocado no início e os olhos embaçados nos impeçam de enxergar muito além da nossa perda. 
Nos separar não foi nada fácil, confesso. Até hoje ainda não é. Todo processo de reorganização para conviver com sua ausência foi bastante doloroso, inclusive.
Ao contrário do que muitos aconselham, não me desfiz de nada. Nem fotos, infinidade de exames, roupinhas, tão pouco o pratinho, que permanece no tapetinho de vocês.
Mas aprendi a me perdoar pela sua partida. Entendi que era a melhor maneira de encontrar alívio e paz no coração.

Meu gato tão puro, tão doce e sem maldade. Meu Brad, dos olhos sorridentes e dono do coração mais transbordante de amor que conheci, espero que estejas bem.
Tua “metadezinha” que ficou (Meg) está cada vez mais encharcada de amor, exemplo de fortaleza por aqui, viu? E me lembra a todo instante do quanto preciso me manter forte também. Ou como bem ensinou Charles Bukowski: "Quando eu me sentir deprimido tudo o que tenho a fazer é ver meus gatos e a minha força volta".

Ah... Eterno apaixonado da sua mãe, que Deus tenha te acolhido com todo o afeto do mundo e estejas habituado e feliz na tua nova morada.
Que ELE cuide bem de você até chegar o momento do nosso reencontro. Nossas almas estarão sempre ligadas e isso me conforta, me traz leveza e ajuda a viver.

Sei que nos amou muito (e ama) e também é muito amado. Saiba que fez uma enorme diferença em nossas vidas, na minha e na dos teus manos. Nos ensinou a sermos melhores e muito mais felizes.
Haverá eternamente um pedacinho de ti conosco, meu companheiro leal, tão presente e carinhoso. Obrigada por cuidar da gente, meu príncipe.
Na vida e na morte, sempre iremos amar você, meu filho!

“Saudade é uma dor que fere nos dois mundos”. 
(Chico Xavier)

#Saudades12
#MeuPríncipe

🎶Só enquanto eu respirar
Vou me lembrar de você
Só enquanto eu respirar🎶

quarta-feira, 18 de abril de 2018

“Há um lugar no coração que nunca será preenchido”

Essa semana me deparei com um livro incrível, que acaba de ser lançado pela “Companhia das Letrinhas” chamado “A parte que falta”, de Shel Silverstein. Apesar de ser direcionado a crianças, o livro é cheio de significados, e traduz o mistério que todos nós carregamos, o de ter um espaço vazio dentro do peito, independente da condição de amarmos e sermos amados, ou de estarmos ou não ligados a Deus. Essa “falta” existe em todos nós, e em algumas fases ela fica mais aguda; em outras fases, fica mais suave, quase imperceptível. Porém, ela sempre existirá.
Bukowski dizia: “Há um lugar no coração que nunca será preenchido”, e eu acredito nisso também. De vez em quando somos tentados a acreditar que ao encontrarmos o verdadeiro amor ou um relacionamento que nos baste, vamos nos sentir plenos, completos, livres de angústias e indagações. Porém, isso nunca ocorre completamente. O que acontece é que nos distraímos de nossas incompletudes e inadequações, mas de vez em quando voltamos a nos sentir desamparados e solitários novamente, e isso é perfeitamente normal.
A condição humana é incompleta, e encontrar sentido nas miudezas do dia a dia, observando os pequenos grandes milagres que ocorrem desde uma chave abrir uma porta até o beijo de boa noite em quem amamos, é o que torna tudo mágico, lindo, suportável. É preciso exercitar o encanto. A capacidade de nos contentarmos com nossa realidade, com aquilo que é possível, com o que temos para hoje, com o que precisamos aceitar e o que ainda dá para transformar.
Tem uma frase de Caio F. Abreu que gosto muito. Diz assim: “Tenho me sentido legal. Mas é um legal tão merecido, batalhado…” Gosto da frase porque acredito que de vez em quando a gente tem que batalhar para se sentir bem. Porque nem todo dia será encantado dentro da gente. Mesmo com a mesa farta e a saúde intacta, alguns dias despertam mais amargos que outros, e algo sempre nos falta. É tentador imaginar que aquilo que nos falta é o amor que não deu certo, ou o passado que não existe mais, ou aquela pessoa que desistiu de nos acompanhar, ou a grama do vizinho que sempre está mais verde que a nossa. É tentador imaginar que não depende de nós batalhar por algum bem estar.
Quando a gente entende que em um momento ou outro da vida irá sentir um vazio que nada preenche; e que esse vazio irá aparecer de vez em quando; e que de repente esse vazio irá embora e tudo irá fazer sentido novamente; e que depois o vazio irá voltar… e que mesmo orando muito, tendo uma autoestima elevada e fazendo exercícios físicos esse ciclo se repetirá por toda a vida… quando a gente entende isso e aceita que é assim mesmo, a gente para de se sentir estranho, de se sentir anormal, de se sentir inadequado. A gente aprende a dizer: “Ok, é você chegando de novo, sei que logo vai embora, mas agora vou me sentir um pouco incompleto novamente, senta aqui, tá tudo bem”. Então a gente acolhe o vazio, faz as pazes com ele, e para de tentar dar um motivo a ele. A gente simplesmente percebe que ele também é parte do que somos; faz parte do mistério de sermos humanos e, portanto, limitados. A gente simplesmente aceita; deita a cabeça no colo de Deus e espera o tempo do vazio passar. Porque ele sempre passa…
É isso que o livro de Shel Silverstein transmite. Através de suas ilustrações bem humoradas e cheias de significado, somos levados a refletir sobre a falta. Ao encerrar o livro, repousamos sua encadernação sobre a perna e respiramos fundo. Parece que dá um click, sabe? De repente percebemos que estivemos enganados, inventando álibis para justificar nossas angústias e sensações de vazio. Mas ao final descobrimos que não estivemos sozinhos quando sentimos que algo nos falta. Até os reis, as atrizes de cinema e aquele crush que te esnobou já sentiram isso pelo menos uma vez na vida. Até seu ex, seu terapeuta e o padre da paróquia já experimentaram isso. Até o monge budista e o autor daquele livro de autoajuda já passaram por isso também. Você então percebe que esteve agindo como o personagem do livro, cheio de expectativas, louco para se sentir completo. Mas ao final você se absolve. Deixa a borboleta repousar sobre o seu ombro e fica feliz com a presença dela ali. Entende que a vida é cheia de mistérios, e que a percepção da felicidade ocorre para aqueles que aprendem a lidar com os altos e baixos da existência, dançando quando houver música e deitando no colo de Deus quando tudo silencia.
Fabíola Simões

Eu tinha deixado de acreditar no amor, até que conheci você

Às vezes não há aviso algum. Nenhuma pista, nenhum sonho premonitório, nenhuma intuição. Aquilo que parece só mais um dia, um dia comum, é o dia em que o amor o alcança. Você ainda não enxerga sincronicidade, encontro de dois caminhos, início de uma história que será contada pela eternidade. Mas acontece. Do nada. Sem aviso algum. Apenas como um “teste” da vida para saber se você sabe reconhecer delicadezas. Sem perceber que foi eleito, você pode recusar a sorte que lhe sorri e continuar acreditando que o mundo está cheio de almas vazias para o seu querer. Ou, atento à clandestinidade da felicidade, pode reconhecer os sinais e por um instante de descuido, permitir que o amor o alcance.


Por mais decepcionadas e blindadas que as pessoas estejam, não se pode generalizar as derrotas do amor. Nem todo mundo está fazendo hora com você, nem todo mundo quer te usar para depois descartar, nem todo mundo está tão machucado que não quer se envolver. Ainda acredito que há pessoas dispostas a andar de mãos dadas, a assumir compromissos, a investir num encontro até que o tempo mostre que ali há uma vocação para o amor. Ainda acredito em investimento emocional, parceria, cumplicidade, envolvimento. Insisto em não desistir de acreditar em afinidades, que vão desde uma cerveja compartilhada numa tarde quente até a disposição para conhecer e começar a gostar de séries policiais no Netflix. Posso parecer ingênua e excessivamente otimista, mas ainda tenho fé num tipo de sentimento que começa num encontro tímido e, com muita vontade e coragem, vai se tornando, pouco a pouco, dia a dia, em amor construído, batalhado, valorizado.


Eu tinha deixado de acreditar no amor, até que conheci você. Mais do que dizer que eu era a mulher da sua vida, você me fez entender que eu poderia ter um tipo de amor que eu não sabia que existia. Um tipo de amor que me assegurava possibilidades novas, até então desconhecidas para mim. Sabe, eu tinha me acostumado a aceitar pouco. Eu tinha me habituado a ter em minhas mãos migalhas. Eu tinha aprendido que deveria me sentir grata por qualquer pontinho de afeição direcionado a mim. Eu não sabia que poderia ter mais. Não sabia que havia alguém disposto a me acompanhar sem reclamar, sem impor condições, sem pedir algo em troca. Não sabia que era possível ser amada dessa maneira. Não imaginava que poderia encontrar alguém que segurasse minha mão com tanta força e ternura que eu nunca mais teria medo de não ser amada.


Eu entendia o amor errado. Imaginava que amar era um jogo que oscilava entre perdas e ganhos. Imaginava que a sensação de estar numa montanha russa emocional me tornava mais “viva”, mesmo que isso custasse noites com o travesseiro molhado de lágrimas. Eu precisei me despir de meus medos e aceitar que poderia ter alguém diferente de tudo o que eu já havia conhecido antes. Alguém que estava disposto a atravessar as tempestades junto comigo e tornar meu caminho menos sinuoso.


Era preciso que eu voltasse a acreditar no amor. Era preciso que eu descobrisse que era possível encontrar alguém com quem poderia compartilhar pequenas ou grandes histórias, momentos delicados ou grandiosos, alegrias serenas ou arrebatadoras, tristezas miúdas ou generosas. Era preciso que eu entendesse que reciprocidade não se trata apenas de ligar no dia seguinte ou responder a uma mensagem carinhosa. Tudo isso faz parte, é claro, mas também se trata de ter real interesse na sua vida, orgulho de suas conquistas, parceria, respeito, investimento de tempo e sentimento. Era preciso que eu encontrasse você. Era preciso que eu te amasse como eu te amo e aprendesse, de uma vez por todas, que o amor se constrói no dia a dia, somando pequenas delicadezas, diminutas concessões, miúdas gentilezas e abundante dedicação.


Fabíola Simões

segunda-feira, 16 de abril de 2018

Sinto saudades

Sinto saudades de tudo que marcou a minha vida. Quando vejo retratos, quando sinto cheiros, quando escuto uma voz, quando me lembro do passado, eu sinto saudades…
Sinto saudades de amigos que nunca mais vi, de pessoas com quem não mais falei ou cruzei…
Sinto saudades da minha infância, do meu primeiro amor, do meu segundo, do terceiro, do penúltimo e daqueles que ainda vou ter, se Deus quiser…
Sinto saudades do presente, que não aproveitei de todo, lembrando do passado e apostando no futuro… Sinto saudades do futuro, que se idealizado, provavelmente não será do jeito que eu penso que vai ser…
Sinto saudades de quem me deixou e de quem eu deixei! De quem disse que viria e nem apareceu; de quem apareceu correndo, sem me conhecer direito, de quem nunca vou ter a oportunidade de conhecer.
Sinto saudades dos que se foram e de quem não me despedi direito! Daqueles que não tiveram como me dizer adeus; de gente que passou na calçada contrária da minha vida e que só enxerguei de vislumbre!
Sinto saudades de coisas que tive e de outras que não tive mas quis muito ter! Sinto saudades de coisas que nem sei se existiram.
Sinto saudades de coisas sérias, de coisas hilariantes, de casos, de experiências…
Sinto saudades do cachorrinho que eu tive um dia e que me amava fielmente,como só os cães são capazes de fazer!
Sinto saudades dos livros que li e que me fizeram viajar!
Sinto saudades dos discos que ouvi e que me fizeram sonhar.
Sinto saudades das coisas que vivi e das que deixei passar, sem curtir na totalidade. Quantas vezes tenho vontade de encontrar não sei o que…não sei onde…para resgatar alguma coisa que nem sei o que é e nem onde perdi…
Vejo o mundo girando e penso que poderia estar sentindo saudades em japonês, em russo, em italiano, em inglês… mas que minha saudade, por eu ter nascido no Brasil, só fala português, embora, lá no fundo, possa ser poliglota. Aliás, dizem que costuma-se usar sempre a língua pátria, espontaneamente quando estamos desesperados… para contar dinheiro… fazer amor… declarar sentimentos fortes… seja lá em que lugar do mundo estejamos. Eu acredito que um simples “I miss you” ou seja lá como possamos traduzir saudade em outra língua, nunca terá a mesma força e significado da nossa palavrinha. Talvez não exprima corretamente a imensa falta que sentimos de coisas ou pessoas queridas. E é por isso que eu tenho mais saudades…
Porque encontrei uma palavra para usar todas as vezes em que sinto este aperto no peito, meio nostálgico, meio gostoso, mas que funciona melhor do que um sinal vital quando se quer falar de vida e de sentimentos. Ela é a prova inequívoca de que somos sensíveis! De que amamos muito o que tivemos e lamentamos as coisas boas que perdemos ao longo da nossa existência…
Clarice Lispector

sábado, 14 de abril de 2018

Merecimento

Eu desejo que você consiga perceber a sua força, por causa e apesar de. Que saiba que é grandioso demais para achar que não é, mas que, às vezes, têm limitações que precisam ser trabalhadas. Eu desejo que você, antes de me contar seus defeitos, que fale para se escutar sobre as suas qualidades, as essenciais, porque o material não te faz mais bonito ou menos interessante, seu coração é a sua nobreza.
Eu desejo que no mundo haja mais pessoas com a sua generosidade, mas que sua percepção disso seja convertida para o seu Bem também. Desejo que você não apenas ajude, mas aprenda a pedir ajuda: se humildando na sua capacidade de dar e se permitindo receber o que é justo.
Desejo que, no auge do seu cansaço, você não fuja, que simplesmente consiga chorar por um profundo respeito a si mesmo. E que deixe que o Universo te afague, que a Vida te acaricie, que um Poder Superior te ouça e dê o colo que você precisa. Eu desejo que você possa dormir quando sentir sono. E que possa acordar com a boa notícia que espera.
Porque você merece comemorar mais uma vitória. Você merece sorrir com seu coração.
Marla de Queiroz

COISAS QUE VOCÊ PRECISA APRENDER SOBRE MIM

Eu não sou legal, não mesmo. Acho que sempre tenho razão e quando minhas previsões dão certo olho com a cara mais abominável do mundo, dou um sorriso irônico e falo o clássico eu-te-avisei. É que, em geral, eu tenho razão. Essa é a primeira –e mais importante – coisa que você precisa aprender a meu respeito. (…)
Não sei receber elogios, fico sem saber o que fazer, me atrapalho e acabo trocando de assunto – quando não troco as pernas e tropeço em algum canto de mim. Sorrio para disfarçar desconfortos. Se eu não gosto de você é bem provável que você tenha medo do meu olhar. E eu posso simplesmente não gostar de você de graça. Se eu gostar de você aviso de antemão que você é uma pessoa de sorte. Eu me entrego.
Quem vive comigo sabe. Quem convive comigo sente. Eu amo poucos. Mas esses poucos, pode apostar, amo muito .
Clarissa Corrêa

sexta-feira, 13 de abril de 2018

“A Felicidade bate na porta, mas não gira a maçaneta”

“... A felicidade é feita de tijolinhos, e inclui o equilíbrio entre mente, corpo, coração e espiritualidade. Buscar esse equilíbrio tem um preço, e requer disciplina e muita coragem. Os ingredientes tanto da felicidade quanto da infelicidade estão igualmente presentes em todos nós, cabe a cada um decidir qual irá prevalecer. Para ambos os caminhos, é preciso muito esforço e insistência.
Embora não pareça, é preciso um grande esforço para ser infeliz. O infeliz tem que se empenhar para viver no passado, remoendo suas dores, se ressentindo de seus traumas, não abandonando suas mágoas. O infeliz se recusa a sorrir, gasta sua energia planejando vinganças, carrega uma nostalgia melancólica e não consegue encontrar alegria no presente. Ele prefere criticar a acolher, julgar a aceitar, se vitimar a se transformar, fugir a enfrentar, viver de saudades a viver realizado.
Também é preciso empenho e insistência para ser feliz. A felicidade bate na porta, mas não gira a maçaneta. Quando decidimos acolher a felicidade, precisamos ter um ambiente propício para isso. Um lugar em que corpo, mente, coração e espírito estejam fortalecidos, para que a felicidade não escape pelas frestas ao primeiro sinal de contrariedade. A felicidade é consequência de um esforço pessoal, e para tanto precisa de pulmões limpos e coração tranquilo; ideias claras e pensamento positivo; desapego dos traumas e das satisfações sem volta do passado; e finalmente, de perfeita comunhão com Deus.
Que você exercite o corpo e distraia a mente. Que procure ajuda caso se encontre num estado de depressão e precise de terapia ou medicamentos. Que leia bons livros, assista a bons filmes, que evite as notícias sangrentas e sensacionalistas na tevê. Que se conecte moderadamente à internet, e que encontre amigos reais com quem possa contar. Que ouça músicas e se encante com a poesia. Que dance até ficar com o cabelo ensopado, e não se desespere por causa da política. Que se apaixone por si mesmo, e leve isso em consideração quando encontrar alguém com quem deseje dividir uma parte de sua vida. Que borrife perfume nos pulsos e espalhe shampoo nos cabelos, mas que nunca deixe de ficar arrepiado ao sentir o cheiro característico de alguém que ama. Que encontre formas de se conectar a Deus, e que isso se torne uma prática constante na sua vida. Que você encare as circunstancias desafortunadas de sua vida com jogo de cintura e otimismo e que, finalmente, escolha bem seus pensamentos, descobrindo que ninguém pode fazer tanto mal a você quanto você mesmo… Be happy!”
Fabíola Simões

terça-feira, 10 de abril de 2018

Mulher de frases


Têm coisas que, invariavelmente me ganham de imediato. Cuidado e carinho quando a gente não espera, são exemplos.

Existem várias escritoras na minha lista anual de leituras. E tudo começou anos atrás com Clarice Lispector, Cecília Meirelles e a musa Martha Medeiros.

Com o passar do tempo, vieram outras como Cláudia Tajes, Lya Luft e Letícia Wierzchowski que, da mesma forma, fui adquirindo ou ganhando de presente seus livros. Depois acrescentei à lista das preferências as queridíssimas Clarissa Corrêa e Elisa Lucinda.

Na era dos blogs, comecei a acompanhar também muitos textos de Cris Carvalho, Ana Jácomo e Marla de Queiroz.

Há também diversos homens que igualmente gosto muito de ler como Fabrício Carpinejar, Iandê Albuquerque, Rubem Alves, Caio Fernando Abreu, Frederico Elboni e outros.

De dois anos para cá, me deparei com textos de Fabíola Simões e Fernanda Mello (também mineiras, feito outra que gosto muito, Adélia Prado). Fiquei assídua aos seus respectivos blogs e final do ano passado me dei de presente Felicidade Realista, da Fabíola.

Eis que neste ano, resolvi presentear uma amiga muito especial com um livro da Fernanda Mello.

Encomendei pelo site. Só que perdi de dar a ela no dia do seu aniversário devido ao atraso na entrega. Isso me irritou profundamente. Cheguei a pensar que não mais receberia, tamanha demora. Mas, né? Paciência... :/

E, para colocar um fim na ansiedade e a alegria ser completa, hoje recebi o livro. E a surpresa maior veio ao abrir a correspondência e perceber que tinha outro dela, além daquele que havia encomendado. Ao abrir o livro estava escrito:

"Querida Nádia, segue esse livro como pedido de desculpas pela demora do envio!

Beijo, Fernanda"

Fofo, né? Fernanda Mello me ganhou, óbvio.

Virei fã! 💜


segunda-feira, 9 de abril de 2018

É fraude

Hoje cedo, ao levar minhas meninas para o “xixi” matinal, encontrei uma vizinha de quem gosto muito.
Paramos para conversar e falar do Grêmio que, na noite de ontem conquistou o Campeonato Gaúcho.
Ela então olhou para a minha janela da cozinha, que desde sexta à noite está com um pequeno banner que diz: Tô com Lula.
E logo pediu:

- Ah Nádia, tira isso daí.

No que, sorrindo eu gentilmente respondi:

- Não, querida. Isso é democracia. Ainda acredito nela e sou contra este golpe que está aí nos dando na cara desde 2016.

Tudo numa boa. Não comentou mais nada sobre. Que bom!

Não. Não acho que Lula seja santo. Mas está muito longe de ser este bandido que estão querendo pintar.
Lula desde sábado está preso, cumprindo a pena (12 anos e um mês de prisão) pela condenação em segunda instância por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no chamado "caso triplex".
Neste ele foi acusado de receber um apartamento triplex no Guarujá (SP) como propina da OAS.
Foi condenado SEM PROVAS pois o apartamento em questão está até hoje em nome da OAS. Sendo determinado, inclusive um leilão do mesmo, a mando do “super Juiz” Sérgio Moro.
A Justiça não respeitou os prazos nem garantias legais antes de decidir pela prisão de Lula. Ainda cabiam recursos. Esta mesma “justiça” é seletiva com decisões parciais a todo momento.

Este tipo de “aplicação da Lei” de uma forma totalmente arbitrária apenas reflete o medo que os “coxinhas” têm de ele eleger-se uma vez mais.
O medo de se verem derrotados outra vez nas urnas devido ao já anunciado favoritismo absoluto pró Lula nas intenções de voto.
Por isso a prisão, a urgência e tempo recorde em todos os processos envolvendo o Lula. Para mantê-lo fora das disputas eleitorais.
Isso é perseguição política e não a aplicação da Lei, como dizem.
Fosse a aplicação da Lei, existiriam de fato as provas e não apenas indícios sem comprovações. Prisão apenas por convicção, sem provas é fraude. 

O Brasil está sucumbindo, paralisado, engessado. E não é de hoje. Este golpe teve início na verdade lá em 2014, quando os então derrotados nas eleições gerais articularam tudo e mais um pouco para afastar Dilma,
destituindo do cargo uma presidenta legitimamente eleita pelo voto popular. E qual crime? “pedaladas fiscais”.
Crime este que valeu apenas para a condenação dela, né? Dois meses depois votaram a aprovação das tais “pedaladas” de maneira liberada a todos.

Hoje cedo li a publicação de Maria Casadeval que reflete muito bem esta foto aí, de Lula nos braços do povo.

Aproveito então para fazer minhas as palavras dela por aqui:

“A legitimidade de quem vence nas urnas não no golpe”

#EleiçãoSemLulaÉFraude

domingo, 8 de abril de 2018

Ser intenso é a minha maior força e ao mesmo tempo, minha maior fraqueza.

Sabe qual é a minha maior força e ao mesmo tempo, a minha maior fraqueza? Ser intenso. 

Ser intenso te faz querer viver ao máximo os momentos, e às vezes você não entende que são só instantes. Ser intenso te faz se importar demais, não que se importar seja ruim, mas às vezes eu me importo tanto, me importo mais do que devia, e isso acaba comigo. Ser intenso é ser forte, e ao mesmo tempo perder as forças porque uma vez ou outra, as expectativas extrapolam os limites. E por mais que eu tente dizer pra mim mesmo: ''está tudo bem, a tempestade vai passar'' às vezes, eu quem sou a tempestade.

Ser intenso é ser profundo demais, imenso demais, vivo demais e hoje em dia, as pessoas têm um medo danado disso. Ser intenso é sentir o gosto, o cheiro, o toque, a textura da pele de um jeito diferente. O coração é grande demais e às vezes isso dói, é que ao mesmo tempo que há espaço de sobra há muita gente pequena no mundo.

Tenho uma mania absurda de achar que o outro vai agir da mesma maneira transparente que eu, que o outro vai se preocupar comigo do mesmo modo que me preocupo, que o outro vai querer na mesma intensidade que quero, e isso é uma droga.

Não sei ser pouco, não sei gostar um pouquinho e guardar pra si o que sinto. Sou intenso, sinto muito, sinto grande, feito fogo. Sinto tanto que sempre acho que o problema está em mim por sentir demais, quando na verdade, as pessoas que não estão prontas pra tamanha imensidão.

Iandê Albuquerque

sexta-feira, 6 de abril de 2018

Já faz tempo que escolhi


JÁ FAZ TEMPO QUE ESCOLHI


A luz que me abriu os olhos 
para a dor dos deserdados 
e os feridos de injustiça, 
não me permite fechá-los 
nunca mais, enquanto viva.

Mesmo que de asco ou fadiga 
me disponha a não ver mais, 
ainda que o medo costure 
os meus olhos, já não posso 
deixar de ver: a verdade 
me tocou, com sua lâmina 
de amor, o centro do ser.

Não se trata de escolher 
entre cegueira e traição. 
Mas entre ver e fazer 
de conta que nada vi 
ou dizer da dor que vejo 
para ajudá-la a ter fim, 
já faz tempo que escolhi

Thiago de Mello

#PelaDemocracia
#VamosPraLuta
#LulaLivre

quarta-feira, 4 de abril de 2018

🎶A noite passada você veio me ver🎶

Passado já alguns meses, enfim nos reencontramos.

Era noite de lua cheia, havia mais gente no local, e tudo totalmente ao acaso.

Não sei bem precisar do por que ou qual a situação em si, só lembro que, por alguma razão, eu não estava sozinha.

Quando por mim passou, com um sorriso de canto de boca, como quem tenta disfarçar um certo ar de tristeza, me puxou pela mão e disse:

- Tu não cumpriu com o combinado!

Eu, sem entender sobre o que se referia e também um tanto quanto impactada por tamanha emoção que me traduziam seus olhos, perguntei:

- Como assim? O que houve? O que eu deixei de fazer?

Você então me puxou contra o peito e, num abraço bem forte, sussurrou ao meu ouvido:

- Não esperou abril passar.

Naquele momento entendi que a história do mês de abril poderia ser séria mesmo. Que todo aparente "descuido" ou "indiferença" comigo que se arrastava até então era apenas um teste.

Uma maneira de enxergar com mais clareza se aquele meu encantamento inicial seria pra valer. Talvez por medo de se machucar ou simplesmente pra poder observar até onde minha suposta paciência da espera iria. Pra que eu não alimentasse qualquer expectativa durante este tempo indefinido.

Sem que eu percebesse qualquer vestígio daquele seu amor antigo, pra não me dar esperanças de que ele ainda existisse. Fez questão de parecer invisível quando mais te quis perto. Num esforço tremendo em me deixar por vezes no vácuo.

Me deixou crer em confusões e incertezas demais para uma pessoa só. A bem da verdade, talvez quisesse que eu fugisse, desistisse de vez por conta de tamanha indecisão, insegurança.

Foi quando olhei bem dentro dos seus olhos marejados, acariciei suavemente seu rosto e falei:

- Estou aqui te esperando, meu bem. Sei que abril ainda não passou, mas enquanto isso vou vivendo. É um risco que corremos, lembra?

E, delicadamente nos beijamos. E aquele foi um beijo demorado, intenso e carregado de saudade. Do amor que quis que eu deixasse pra lá. Que não acreditou que pudesse ser possível.

Não lembro o que aconteceu com a terceira pessoa a partir daí. Tudo que sei é que acordei deste sonho bem feliz, desejando que abril logo passe. E assim, quem sabe, alguém aí resolva vir de vez ao meu encontro e buscar o que ainda é teu.

Ao menos nos sonhos a sorte tem te trazido pra junto de mim.💜🌻🙏



 


terça-feira, 3 de abril de 2018

A flor e o beija-flor 🌻💜

Coisa mais amada e fofa deste mundo é esta música! 😍E eu ainda não conheciaaaaa😱
Essa é uma velha história
De uma flor e um beija-flor
Que conheceram o amor
Numa noite fria de outono
E as folhas caídas no chão
Da estação que não tem cor

E a flor conhece o beija-flor
E ele lhe apresenta o amor
E diz que o frio é uma fase ruim
Que ela era a flor mais linda do jardim
E a única que suportou
Merece conhecer o amor e todo seu calor

Ai, que saudade de um beija-flor
Que me beijou, depois voou
Pra longe demais
Pra longe de nós

Saudade de um beija-flor
Lembranças de um antigo amor
O dia amanheceu tão lindo
Eu durmo e acordo sorrindo

O dia amanheceu tão lindo
Eu durmo e acordo sorrindo
🌻💜

segunda-feira, 2 de abril de 2018

Como um rio

Ser capaz, como um rio
que leva sozinho
a canoa que se cansa,
de servir de caminho
para a esperança.

E de lavar no límpido
a mágoa da mancha,
como o rio que leva
e lava.

Crescer para entregar
na distância calada
um poder de canção,
como o rio decifra
o segredo do chão.

Se tempo é de descer,
reter o dom da força
sem deixar de seguir.

E até mesmo sumir
para, subterrâneo,
aprender a voltar
e cumprir, no seu curso,
o ofício de amar.

Como um rio, aceitar
essas súbitas ondas
feitas de águas impuras
que afloram a escondida
verdade nas funduras.

Como um rio, que nasce
de outros, saber seguir
junto com outros sendo
e noutros se prolongando
e construir o encontro
com as águas grandes
do oceano sem fim.

Mudar em movimento,
mas sem deixar de ser
o mesmo ser que muda.
Como um rio.

Thiago de Mello

Meg Ryan 🐈💓

“Há quem não mencione a palavra amor e fale sobre ele em cada gesto que diz” Falar algo diferente de AMOR INCONDICIONAL pela guriazi...