sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Deletando

Nesta época, nada mais oportuno do que estabelecermos metas para o próximo ano. Mas isso eu deixarei para outro “post”, meus planos agora são a curto prazo mesmo ou “para ontem” como diriam muitos.


O titulo já diz tudo: estou “deletando”. Inicia o mês de dezembro e, com ele, termina o meu luto. Aquilo que não é correspondido estou jogando fora, dando adeus ao vírus de saudade, pois como canta Renata Arruda “lixo não é bom de se guardar”.

Para deixar bem claro, explico de antemão que estou deletando um sentimento e não uma pessoa. Um sentimento que nutro por uma pessoa e não a pessoa em si, que nada tem a ver com tudo o que sinto. Se vou conseguir, veremos mais adiante. Mas é preciso tentar, não é mesmo?

Nossos pensamentos sempre voltam para nós mesmos sob forma de sentimento, ou seja, se ficamos tristes é porque tivemos pensamentos tristes, negativos que ocuparam nossa mente. Então nada mais óbvio pensar em esquecer alguém, certo?

Comecei deletando o básico: o telefone da agenda de contatos para evitar que aquela ”força etílica” da madrugada nos faça cometer as insanidades de ligar ou enviar mensagens após as baladas, na eterna solidão da noite em que a saudade bate mais forte. Melhor se prevenir.

Já tentei, tempos atrás, sair sem celular para evitar estas loucuras, mas aí, sempre que retornava para casa me pegava fazendo as mesmas bobagens de olhar o celular procurando por alguma chamada ou uma mensagem qualquer e, na ânsia por noticias “embriagadas”, acabava esquecendo tudo o que havia prometido antes de sair.

Já experimentei não beber ao sair na noite e acabei por descobrir que saudade também dói quando estamos sóbrios. E pior, aí não podemos nem culpar o “álcool” pelas besteiras cometidas.

Então resolvi ser radical: a partir de hoje saio do luto. A partir de hoje me recuso a falar de amores terminados. Até sofrimento cansa. Me recuperarei da ausência que ficou em minha vida e irei em direção à próxima etapa: a cura.

Apagarei toda e qualquer recordação do passado dizendo “adeus” para então poder voltar para a vida de fato, para poder voltar a amar. Amar direito, afinal, a vida não pode ser apenas um hábito, já escreveu Katherine Mansfield.

Talvez ainda fique alguma cicatriz bem particular ao final de tudo isso, mas também, quem sabe, eu consiga “atravessar paredes” como receitou minha “musa” e, aprenda com isto, a tratar como prioridade quem realmente é importante e não quem me trata apenas como uma opção.

“Punto e Basta”: Simples assim.



“Ele está morto. Ela aos ais

Mas neste lúgubre assunto

Quem fica viúvo é o defunto

Porque esse não casa mais”

(Mário Quintana)

4 comentários:

Meg Ryan 🐈💓

“Há quem não mencione a palavra amor e fale sobre ele em cada gesto que diz” Falar algo diferente de AMOR INCONDICIONAL pela guriazi...