domingo, 24 de junho de 2012

Doce Inferno Astral

“No seu lugar”, do Kid Abelha é o nome da música que mais gosto. Desde sempre e sem razão nenhuma. Por ninguém e nenhum motivo especial. Não lembro a primeira vez que a escutei, mas com certeza foi na época da adolescência, na casa da Mário Totta, vasculhando uns discos de meu irmão número dois. Paulinha Toller com seus três “abóboras selvagens”, morena de cabelos bem curtos e no auge dos seus vinte aninhos.

Sem dúvida é a minha música de todos os tempos. Não sei explicar por que. Sei que ela que me faz sentir os pés flutuarem, me trás uma paz infinita e uma vontade imensa de ouvir em volume bem alto. Sempre digo que existem músicas que precisam de ar e esta, indiscutivelmente é uma delas. É a trilha sonora dos meus dias.

Na época de faculdade, lembro que ela havia sido minha primeira opção para a formatura. Mas aí a dúvida surgiu porque tinha Pato Fu com a que também amo de paixão, “Depois” e acabei balançando. E, para não ser injusta com nenhuma das minhas bandas preferidas, encontrei uma terceira música. Adriana Calcanhotto e a sua “Medo de Amar nº 3” foi a vencedora ao final de tudo.

A música desde cedo me acompanha. Hoje em quase tudo, talvez para, quem sabe, buscar através delas um olhar mais generoso dos sentimentos. Se estou lendo, escrevendo, estudando ou trabalhando, tem alguma música de fundo me acompanhando, sempre. E gosto de quase todo tipo de música na mesma proporção em que ouço muita gente e bandas diferentes também. Acredito que, excetuando hip hop, funk e rap, ouço de tudo. Ou como alguns comentam, existem apenas dois tipos de músicas: a música boa e a música ruim. Eu fico com a primeira alternativa, claro!

E este mês de junho tem sido bastante musical e especial, ainda que simbolize aos que (diferente de mim) acreditam nisso, ao “Inferno Astral” da pessoa aqui. Nunca acreditei nestas “lendas” de que o tempo que anteceda de 30 dias da data do seu aniversário corresponda a um período de turbulências, uma espécie de acontecimentos negativos, ansiedades, irritabilidade ou momentos difíceis cercados de obstáculos pela frente. Como se tivessem o poder de subtrair por completo o lado bom das coisas nestes 30 dias.
Sempre fui muito cética em relação a horóscopo e coisas deste tipo.

Se fosse de fato acreditar e seguir à risca tudo o que falam sobre o tal “inferno astral”, se ele pudesse de alguma maneira despentear por completo minha tão arrumadinha certeza e surgisse encharcado de negatividade, optaria por tirar férias sempre nesta época do ano para evitar que surpresas indesejadas chegassem até mim. E ainda assim não seria garantia alguma de paz absoluta e total tranqüilidade nas férias se isso fosse mesmo tão verdade.

A gente consegue não enxergar o óbvio, mas costuma sempre acreditar em muita coisa sem sentido. Coisas que, por vezes, nos preenchem de medo, bagunçam e colocam dedos nas nossas feridas, mas definitivamente, “Inferno Astral” não faz parte da minha lista. Muito pelo contrário. Quisera eu ter todos os meses tantas coisas boas e alegrias quanto estou tendo e vivenciando neste mês de junho. Ou melhor, que todos os anos, neste período fossem iguais a este de 2012, de tão somente poder ouvir vozes de amor, com deliciosos dias e longas noites com o coração à mostra.

Assisti, na companhia de minha gêmea, ao espetacular e maravilhoso show de Marisa Monte no Teatro do Sesi, com direito a encontrar no saguão do teatro (e totalmente ao acaso) minha grande amiga e irmã de alma e coração, Dada. Meu fiozinho desencapado que tanto amo. Quer noite mais especial do que esta? Sem falar da própria Marisa, que veio para abrilhantar a noite e falar de coisas sensíveis.

Tive a oportunidade de, em pleno dia dos namorados, ir de encontro ao lançamento do DVD de Claus e Vanessa no Teatro do Bourbon Country. Simplesmente encantador e contagiante show desses dois queridíssimos que adoro de paixão, que acompanho desde sempre e que desejo muita sorte e sucesso. Noite para se conversar mais de perto com o coração.

Quase fechando o “tão temido” mês de junho, no último sábado (dia 23), fui ao Opinião na companhia da minha mais querida amiga, Ana Paula para assistir ao mágico espetáculo da trupe de Fernando Anitelly. Show vibrante, empolgante e que me fez apaixonar ainda mais pela doce melodia deste Teatro Mágico. Não bastasse o show, emendamos numa noite muito divertida com direito a encontrar Dimi, Raka e Malu e também brincarmos muito na roda de São João improvisada, ao som da sempre querida, Blanca Queiroga. Noite mágica e especial em que estive bem mais perto de mim.

Se este é meu período de inferno astral, que ele continue doce, não termine no próximo dia 4 e que esta vontade bonita ainda permaneça por todos os demais meses do calendário rsrsrs

;)

“O que prevalece agora é essa maneira nova de sentir a vida. Essa perspectiva que me faz admirar, incansáveis vezes, antigas preciosidades. Essa vontade de bendizer tantas maravilhas. Esse sentimento de gratidão pelas coisas mais simples que existem.
Esse jeito mais amigo de ouvir meu coração. O que prevalece agora é essa apreciação mais desperta que me permite reinaugurar flores e céus e pessoas no meu olhar.
Essa graça que encontro, de graça, nos detalhes mais singelos. O que prevalece agora é a confortável suposição de que, por trás de tantas e habituais nuvens, esse contentamento faz parte da nossa natureza. Os problemas, os desafios, as limitações, não deixaram de existir. Deixaram apenas de ocupar o espaço todo.”
(Ana Jácomo)

2 comentários:

  1. Não é um período de turbulências negativas, é um momento de agitação, de ondas que podem nos levar para o passado e repensá-lo ou para o futuro e projetá-lo. O meu está sendo também delicioso - exceto o butiá que caiu, hehehe.

    ResponderExcluir

Meg Ryan 🐈💓

“Há quem não mencione a palavra amor e fale sobre ele em cada gesto que diz” Falar algo diferente de AMOR INCONDICIONAL pela guriazi...