"Não sei de mim. Sei que tenho uma alegria nos olhos e que a tristeza por vezes faz eclipse, e que minha vontade é de mergulhar no que me aconchega: a palavra, a caneta... lambuzar-me na tinta preta, até me reescrever inteira" (Nanquim - Débora Tavares)
segunda-feira, 23 de maio de 2011
É saudade então!
É saudade o que sinto.
Do tipo que aperta o próprio peito.
Saudade sem razão.
Saudade que faz meu coração disparar acelerado e num código Morse, bater incansavelmente as sílabas do teu nome.
Saudade de te ter por perto, de ter ver uma vez mais e poder sentir o perfume que ainda desconheço.
Talvez esteja aí a verdadeira razão das tuas constantes visitas aos meus sonhos.
Sonhos em que teus beijos todos são meus e não há coração que fuja.
Há apenas o nosso encontro, os momentos dos versos e amores que sufocamos.
Um tempo em nos adoramos como inocentes anjos entre um jardim repleto de lírios.
Tempo em que não existem dores perdidas, não existem outros olhos e tão pouco lembranças confusas.
Somos apenas nós selando o silêncio, na noite, na nuvem, até onde os meus sonhos alcançam.
E nada impede naquele momento de buscarmos o melhor de nós, a luz que canta dentro da gente.
Somos tão somente dois corações guardando segredos, vivendo intensamente e com um mundo à parte em cada peito.
Onde o dia e a noite se confundem e entre nossos abraços, num tímido sorriso me pede silenciosamente que de ti eu não desista.
Como me convencer de que devo atender ao teu desejo se o sonho é tão somente meu?
E como te impedir de à noite surgir para roubar os meus sonhos?
Acabo seguindo a rotina de enganar este coração cansado. Sigo sonhando com teus beijos.
E em cada beijo, uma saudade e também a certeza de que ninguém recolherá o meu coração perdido.
Então, fecham-se os olhos das estrelas e aquela cruel claridade surge:
É quando o despertador (sempre ele!) avisa que mesmo em sonhos as palavras de amor expiram e aquela suavidade que mudou meu destino e o carinho imenso que se fez presente, perdem-se entre meus sentidos.
As mãos puras que me deram paz e acariciaram minha alma durante toda a noite, escapam-me diante dos olhos.
Tento em vão que cada palavra escrita voe e busque de volta a primavera que se fez nos meus pensamentos e não encontro nem mais teu sorriso.
E, mais uma vez acordo sem ter tido tempo de amarrar teu coração ao meu.
E como quem chega tarde e encontra a porta fechada, outra vez não consegui te roubar para mim.
"A vida é mesmo assim,
Dia e noite, não e sim...
Cada voz que canta o amor não diz
Tudo o que quer dizer,
Tudo o que cala fala
Mais alto ao coração.
Silenciosamente eu te falo com paixão...
Eu te amo calado,
Como quem ouve uma sinfonia
De silêncios e de luz,
Nós somos medo e desejo,
Somos feitos de silêncio e som,
Tem certas coisas que eu não sei dizer..."
(Certas Coisas - Lulu Santos)
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