Todo mundo que já amou e amou direito tem algum trauma. Não tem como fugir.
Porque amar é a melhor coisa do mundo. Mas também dói pra cacete porque - infelizmente - relacionamento é um dos maiores desafios que existem.
A gente nunca sai de um amor da mesma forma que entrou e - nesses tantos fins e recomeços - a bagagem vai só aumentando. (E nossa lista de traumas também).
Haja paciência para lidar com nossas mudanças internas, inseguranças, incertezas, desconfianças, ciúmes...
Haja tolerância para entender que o outro - aquele que a gente espera que nos compreenda, acima de tudo - também tem uma pá de cicatrizes que (vez por outra) ainda sangram.
E crescer vai se resumindo a isso: por um lado a gente AMADURECE. Por outro, a gente ENDURECE.
E amar passa a ser difícil, não porque o AMOR é uma faca de dois gumes.
Mas porque onde existe MEDO (e qualquer derivado dessa forte criança), não tem como o amor chegar. E fazer casa.
Por isso, em homenagem aos meus traumas e às feridas alheias (vai me dizer que você não guarda uma?), eu escrevo esse texto.
Porque bagagem boa é bagagem leve. Que a gente segura (sem grande esforço), enquanto o outro toma fôlego.
E descansa da vida.
Fernanda Mello
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