Eu só queria saber quando é que vai ficar menos difícil. Ou mais fácil, se assim soar positivo.
Mas, aqui, dentro de mim, a palavra machuca, o silêncio fere e uma frase antiga (que eu mesma escrevi) ecoa na minha cabeça, feito disco arranhado:
SERÁ QUE AMAR É MESMO TUDO?
E não falo só de amor romântico, fraternal ou familiar. Estou falando - na verdade - DOS AMORES QUE NOS MANTÊM VIVOS.
O amor pela arte. Por um objetivo. Por um sonho. Por uma causa. Pela literatura. Ou - no meu caso - pelas palavras. (E por tudo o que isso envolve).
Escrevendo esse texto, às 18:23, horário de Brasília, já encontro, sem querer minha resposta. Que é clara. Dura. E danada de filha da puta: AMAR, MINHA AMIGA, É TUDO, SIM. MAS TER PAZ TAMBÉM.
Por isso, sigo sangrando. E sentindo tantas dores (que não são só minhas, mas também de outros). Esse, talvez, seja o maior desafio que me encara: amar a vida de todo coração. E ainda viver em pura - e completa - paz.
Fernanda Mello
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