sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Sempre quis um amor

Sempre quis um amor que me entendesse nas entrelinhas 
e que não me cobrasse explicações pelos olhares dos outros. 

Sempre quis um amor saudável, 
sem neuras e ciúmes e que respeitasse meu silencio sem me julgar por isso mais tarde.

Sempre quis um amor que pressentisse quando não estou bem 
e, sem dizer nada, apenas me envolvesse num carinhoso abraço. 

Sempre quis um amor que me conhecesse 
muito além das coisas que digo e que me captasse no olhar, por vezes de desamparo. 

Sempre quis um amor dos pequenos gestos, do simples toque que arrepia a alma, 
do olho no olho que hipnotiza. 

Sempre quis um amor que me fizesse atravessar paredes,
assumindo a todos o que verdadeiramente sinto e que não me calasse quando eu chorasse.

Sempre quis um amor muito além de lindos olhos verdes e de sorriso fácil, 
um amor de fazer doer o fundo do peito. 

Sempre quis um amor que se encaixasse nas músicas que ouço 
e nas outras tantas que finjo cantar, que se fizesse realidade além dos meus sonhos. 

Sempre quis um amor que aturasse meus desafinos de videokê 
e, ainda assim, estivesse ao meu lado sem intimidar o meu riso. 

Sempre quis um amor como inspiração para as noites de lindas tempestades 
e fizesse meu coração se curvar em reverência. 

Sempre quis um amor que sentisse saudade, 
que me fizesse sentir insônia só admirando o seu adormecer. 

Sempre quis um amor que compartilhasse comigo os gostos e desejos 
e que coubesse nos poemas que imagino fazer. 

Sempre quis um amor que gostasse de mimos, 
mas também que arrancasse meus sorrisos mais sinceros. 

Sempre quis um amor que me queimasse o peito no primeiro olhar, 
daqueles que não passam todo dia na janela de casa. 

Sempre quis um amor carinhoso, gentil e doce nas palavras 
e que fizessem trêmulas minhas pernas com um simples beijo. 

Sempre quis um amor que me despisse com um olhar 
e que não tivesse medo de correr riscos. 

Sempre quis um amor cúmplice das carícias, do romantismo 
e que coubesse na minha paz e desassossego. 

Sempre quis um amor de sorrisos, de sonhos, de contos de fadas, 
de um tempo indefinido que leva minha alma para sorrir. 

Sempre quis um amor que me encorajasse a lutar 
e que dividisse comigo as glórias das conquistas. 

Sempre quis um amor que me ajudasse a suportar certas despedidas 
e também nos dias em que meus olhos estiverem brilhando menos. 
Daquele amor que simplesmente fica. 

Sempre quis um amor de alma e de calma, 
que me despertasse encantamento todos os dias. 

Sempre quis um amor maiúsculo de sentimentos, sem medo, 
observador dos detalhes, mas puro e atento à simplicidade dos bons momentos. 

Sempre quis um amor feliz ao meu lado. Sempre quis o seu amor, apenas isso.

2 comentários:

Meg Ryan 🐈💓

“Há quem não mencione a palavra amor e fale sobre ele em cada gesto que diz” Falar algo diferente de AMOR INCONDICIONAL pela guriazi...