sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

Sr. Habib´s

Hoje no almoço, ganhei de presente um “saco plástico do Habib’s”. Sim, aquele mesmo aonde vem os talheres. E ele tava cheinho. Cheio de ar, de carinho. Cheio daquele sorriso sincero, carregando alegria pela companhia do dia. Acho muito fofos esses pequenos gestos. Guardo todos. Sou uma eterna criança e vou crescer assim.

E também choro. Não faço manha, mas choro. Fico triste, silencio por um tempo. Dia desses me peguei com essa nuvenzinha pairando sobre a cabeça. Tinha na mesa papéis de bombom que ganhei tempos atrás (e guardei, claro!) e ao organizá-los melhor, acabei rasgando um deles. Aí para não ser injusta com nenhum deles e nem decepcionar aos demais, tirei todos os três da mesa. Levei-os pra casa. Mas me entristeci com o ocorrido. Por não mais tê-los por perto, dando um colorido e graça aos meus dias no trabalho. Agora há o Sr. Habib’s rsrs

Coisas simples assim me cativam, me emocionam, me fazem rir e levar a vida com mais leveza também. Gosto quando sinto a felicidade inteira, que convida minha alma a sorrir junto. Sou do tipo que precisa abraçar apertado, sentir perto, sabe? Coração com coração. Mas com aqueles em que a sintonia é a mesma. Não abraço a todos. Só os que não carregam frescura, nem maldade. Que captam a delicadeza do toque. A sutileza do olhar sem duplo ou mais sentidos. Todas aquelas coisas que não precisam ser explicadas. Que a gente apenas sente. E sente por quem se importa. Por quem faz parte de uma parte de nós.

Sei que meu coração é infinitamente maior do que eu, e por vezes me perco nisso tudo. Mas não desisto. Nem de mim, nem dos outros. Fico sem rumo, esfolo o joelho no chão, me decepciono horrores, mas sigo em frente. A vida é isso aí. Um eterno “rasgar-se e remendar-se”, já escreveu o poeta Guimarães Rosa.

Nunca gostei de coisas mais ou menos. Tão pouco, gente meio termo. Do tipo “tanto faz”, em cima do muro, sem opinião própria. Pra falar a verdade detesto gente morna. Que não se compromete com sentimento, que se esconde, se disfarça ou se camufla. Gosto de quem não mede as palavras e enfia o pé na porta. Gente que não sabe amar em silêncio, assim feito eu. Admiro quem se arrisca, quem pula “da pedra mais alta”, como canta meu querido Anitelli. Quem vive e não apenas, sobrevive.

Quer me agradar? Deixa um bilhetinho com sua letra nada bonita. Me dá uma bala, um chocolate branco ou preto, pouco importa. Não ligo pra laço de fita ou cartãozinho enfeitado. Quero aquele mimo que vem com seu sorriso estampado, com seu carinho e perfume embrulhadinho nele, feito o Sr. Habib’s de hoje. Simples assim.

♪Meu mundo inteiro que é tão fácil de enxergar... E chegar♪

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