quinta-feira, 30 de abril de 2015

Televisão

Não tenho o hábito de assistir televisão, exceto quando sei de alguma programação especial como jogo de futebol (do Grêmio, claro!), algum filme bom ou a Diva Torloni na tela (como é o caso atualmente na novela Alto Astral, das 19h30). Entretanto, em outras situações, geralmente a televisão permanece desligada aqui em casa. Têm dias que sequer ligo, nem mesmo para ver a Diva. Simplesmente ignoro a presença do aparelho em questão.

A programação da televisão anda tão forte e massacrante que, ultimamente prefiro evitá-la. A gente se rende quase que diariamente a tudo isso. E, por vezes somos obrigados a aceitar e encarar toda essa avalanche de informações de corrupção, operação lava jato, manifestação de todo tipo pelo País e outras tantas notícias de cunho político. Tragédias de temporais devastando casas, inundando cidades inteiras, falta de água em diversos bairros em grandes metrópoles, até tráfico de drogas através de trocas de malas em aeroportos já existe, sem falar nos costumeiros desastres aéreos que chegam através da tela em nossa casa, em nossa vida por letras garrafais.

É mais uma aeronave que cai em algum lugar de um País vitimando muitas pessoas. Uma tremenda brutalidade pelo choque, pela queda e também pela quantidade de gente envolvida. O mundo evoluindo tanto tecnologicamente, tão à frente em algumas coisas, mas ao mesmo tempo, extremamente vulnerável para assuntos desta dimensão. Por que continuam caindo aeronaves? É quase uma notícia que esperamos a qualquer momento no noticiário. Seja por descuido, por falha humana, manutenção ou terrorismo. Já não é mais novidade alguma. Está cada vez mais se tornando parte do nosso dia a dia.

E no dia seguinte, ao ler sobre os fatos da queda do avião, a gente se choca novamente pela mesma notícia porque descobre que a aeronave não caiu. Não foi um acidente em si e sim um atentado suicida, uma coisa totalmente absurda. Um louco pilotando um avião que resolve por fim à sua vida, levando junto com ele, outras tantas pessoas inocentes, que nada tem a ver com seus problemas, com sua pouca fé na vida.
Aí menos de uma semana depois, é um helicóptero que cai, onde também todos os ocupantes morrem. Desta vez é aqui no Brasil e, enquanto noticiam que há entre os passageiros o filho de um governador, ocorre um tiroteio em uma favela do Rj. E um menino de dez anos é atingido e morto por uma bala perdida. Ora... ora... Bala perdida... Não né? Fosse perdida não achava o menino.

Eis mais uma tragédia por descuido, falha humana, despreparo que entra na vida da gente pela televisão. Por vezes, a sensação que tenho é de que, se chovesse dentro de nossas casas a cada notícia na televisão, haveria um líquido a escorrer pela tela e ele seria cor de sangue, tamanha violência que atravessa nosso lar todos os dias através de um noticiário ou uma chamada de urgência na TV.

Coisas que nos fazem pensar que tanto faz, que um domingo lindo ou uma segunda-feira chuvosa, não possuem qualquer diferença. A tragédia vai invadir o seu dia, a sua casa de qualquer maneira. E olha que nem mencionei aqui os últimos acontecimentos em Salvador ou Nepal onde milhares de pessoas dependem hoje da solidariedade humana para sobreviver.

Cada vez mais, quando estou em casa, abro mão de ligar a televisão e procuro por qualquer outra forma de entretenimento. Acho que, definitivamente, não sei lidar com sofrimento. Descobri uma vez mais que desistir, por vezes, nos mostra uma outra parte da nossa força também. Porque têm coisas que não dependem da gente ou de nossa condução. E aprendemos a aceitar isso de uma forma mais suave, não permitindo que as duras verdades nos atinjam diretamente ou nos machuquem. Afinal, se não quiser ver o gênio, não esfregue a lâmpada - dizem.

De novembro pra cá, tenho feito muito isso. Além de ter me retirado de muitas redes sociais, ando optando bem mais pela leitura para respirar, para fugir daquilo que me invade tão negativamente. Seja por motivo de estudos que tenho tido, auxílios a textos ou como forma de lazer mesmo, aquele exercício da mente para acalentar a alma com coisas mais amenas. Aliás, de lá pra cá, já li 23 livros, entre eles nove releituras. Coisa que há tempos não me dedicava tanto. A tal leitura. E ela sempre muito bem acompanhada por uma música de fundo, claro! :)

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