quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Você Arriscaria? (Parte II)


Acabo de assistir pela 9586381704782 vez meu filme preferido.
Não, não irei comentar sobre ele, até porque já fiz isso inúmeras vezes em outros posts. Hoje apenas abro parênteses para comentar sobre uma cena em que a personagem Rachel, interpretada docemente pela atriz Piper Perabo, lê para colegas de trabalho o seguinte trecho de uma matéria sobre o amor:

‘No discurso, a cientista homenageou o marido. Amanhã o casal comemora 42 anos de casamento depois de fugirem juntos no dia em que se conheceram. Quando perguntado se sabia que daria certo, o professor respondeu ao estilo de cientista: “Nunca se sabe, mas é preciso arriscar. A certeza é para pessoas que não amam o bastante”.

Adoro todo o filme, que é lindo, fofo e encantador, mas esta cena me chamou à atenção por um detalhe que sempre observo muito em filmes que assisto: as chamadas “frases fortes”.

Em meus livros tenho o hábito inclusive de sublinhar aquelas que me chamam à atenção e depois transcrevo para um caderninho. Frases que nos fazem refletir, que por vezes têm algum significado subentendido. Ou que possam ter vários sentidos, dependendo da interpretação que se dá a elas. Faço isso com as músicas que ouço também.

Muitas vezes frases simples e lá estou eu anotando tudo (sim, sempre levo meu caderninho quando vou ao cinema também, exatamente para este fim rsrsrs). Mania da pessoa aqui.

Esta frase, em especial, fala sobre arriscar por amor ainda que não se tenha certeza do que vai acontecer. Forte, não? Corajoso, bem mais.
Ainda que não saibamos onde estamos pisando, não tenhamos a menor idéia de como será o dia de amanhã. Mas, arriscar mesmo assim. E por quê? Porque desde o primeiro olhar ouve um encantamento e o coração bateu descompassado. Algo que não se explica, apenas se sente. E eu compreendo perfeitamente.

Eu sou assim. Me exponho, corro riscos, dou a cara a tapa, coloco meu coração na vitrine. Muitas vezes erro, sofro, choro feito criança, me esfolo a ponto de carregar durante dias minha alma em prantos, mas jamais lamento ter apostado, ter tentado.

Posso lamentar não ter tido chance de fazer melhor, não ter tido tempo de mostrar tudo que queria, de conhecer, não ter sido capaz de conquistar, enfim. Mas jamais por não ter arriscado.
E, da mesma forma, quando me perguntam se arriscaria novamente, a minha resposta é imediata: “sim, faria tudo exatamente igual”.

Agora vem à mente a frase da Martha Medeiros que diz “talvez você se depare com seu medo bem no meio de sua coragem”. O que digo sobre isso? Não, antes disso já arrisquei, já fui, já mergulhei naquilo que me despertou encantamento. Simples (?) assim!

Quando falo sobre arriscar ou correr riscos, tanto faz, sempre lembro da musiquinha bonitinha “Trampolim”, do Paulinho Moska que diz:

“Que pulo que eu vou ter que dar pra não me ferir?”


Não existe. A pessoa aqui pula. Depois a gente vê se a queda causou algum dano. E ferimentos cicatrizam, sempre.

2 comentários:

Meg Ryan 🐈💓

“Há quem não mencione a palavra amor e fale sobre ele em cada gesto que diz” Falar algo diferente de AMOR INCONDICIONAL pela guriazi...