sexta-feira, 1 de julho de 2011

Renato Portaluppi


As duas últimas semanas que antecedem ao meu aniversário e que, enfim, encerra-se amanhã (sábado) foram bem complicadas e difíceis para a pessoinha aqui.

Ora por problemas acontecidos simultaneamente, ora pela fragilidade e sensibilidade à flor da pele que se abateu em mim, ou por notícias inesperadas que me pegaram totalmente sem reação...

Mas, dentre todos os acontecimentos inevitáveis, bons ou ruins, que surgiram nesta semana, um deles, de fato me abalou profundamente.

Talvez muitos de vocês não tenham a dimensão do quanto e tão pouco possam imaginar e entender o porquê “apenas isso” pudesse ter feito tamanho estrago, mas fez.

Ontem enquanto tomava meu chimarrão às 22h, sentada em um dos bancos do condomínio, observando Bebê passear pela grama, fiquei durante uns bons minutos sem esboçar qualquer reação, apenas em silêncio, assimilando a notícia da saída de Renato Portaluppi do Grêmio.

E me dei conta de que sou muito mais Portaluppi do que gremista, isto é fato.

Queria escrever algo sobre isto, mas não consigo, desabo em prantos feito uma criança.

Assisti incontáveis vezes o vídeo de sua entrevista de despedida e em todas meus olhos verteram feito longas cachoeiras... Simplesmente, estou sem palavras, sem conseguir escrever uma linha sobre isto.

Não sei explicar.

Mas, hoje cedo lendo a ZH, me deparei com um belo e interessante texto de David Coimbra que transcrevo abaixo e que, se não diz tudo aquilo que eu gostaria de conseguir escrever sobre este cara chamado Renato Portaluppi, pelo menos, reflete em parte o sentimento que me deixou ontem de luto, num misto de impotência, raiva e de tristeza.



Vários deles beijos ;)

Saudações apaixonadamente Portaluppianas!





“O pranto de Renato em sua despedida representa tudo o que de bom se espera do futebol.

As lágrimas do maior ídolo da história do Grêmio, de certa forma, lavaram um pouco da sujeira que às vezes macula esse esporte tão popular.

Por que o futebol é assim tão popular justamente por existir gente como Renato.

Ali estava o profissional que espera ser bem remunerado, mas que faz as coisas por amor.

Ali estava o ser humano que dá importância aos outros seres humanos.

Ali estava uma pessoa capaz de se apaixonar por algo intangível como um clube de futebol.

Ali estava o homem feito que não tem vergonha de chorar em público por causa de uma decepção.

A volta de Renato ao Grêmio, o seu comportamento nesse ano de trabalho e, sobretudo, a forma como ele saiu redimem um pouco o futebol de suas mazelas.

Redimem o jogador mercenário, que beija a camisa de cada clube para o qual se transfere.

Redimem o torcedor profissional, que vende o seu grito na arquibancada.

Redimem o cartola politiqueiro, que coloca os seus interesses por dinheiro ou poder à frente inclusive do clube que comanda.

O Grêmio perde com a saída de Renato.

Mas o futebol ganha com a história de Renato no Grêmio”.



Gente como Renato (David Coimbra)

Meg Ryan 🐈💓

“Há quem não mencione a palavra amor e fale sobre ele em cada gesto que diz” Falar algo diferente de AMOR INCONDICIONAL pela guriazi...